amar en tiempos de pandemia

Posted On 2021-03-16 In José Kentenich

Amar em tempos de pandemia

Paz Leiva e Miguel Ángel Rubio, do 2º curso da União de Famílias da Espanha •

Psicólogos, sociólogos e até mesmo políticos concordam que sairemos da pandemia diferentes: mais fortes, mais saudáveis e renovados. Aqueles que sobrevivam, é claro. Se a pandemia se estende a muitos países e ataca quase todos os indivíduos, nós schoenstattianos estamos sofrendo uma dupla pandemia: a do coronavírus e a desencadeada pelos documentos publicados por Alexandra von Teuffenbach a partir de 1º de julho do ano passado. Não vamos sair de nenhuma das duas da mesma forma que estávamos. —

Há anos trabalhamos na equipe editorial de schoenstatt.org, servindo à vida da Família de Schoenstatt internacional, em um projeto comunicacional livre. Somente por esta razão, estamos na “lista negra”. Somos acusados de não sermos bons para o Movimento ou para a Igreja. Por quê? Buscar a verdade não é evangélico?

Desde que lemos o livro e declaramos publicamente que buscaríamos a verdade, recebemos muitas críticas e ataques (que aceitamos em nome da liberdade de expressão), bem como desqualificações (que não aceitamos em nenhum caso por uma simples questão de respeito). Mas o que mais nos machuca é a forma como esta questão tem sido tratada pelos órgãos oficiais.

As primeiras reações a estes documentos, que aparentemente todos conheciam, não foram para refutá-los com provas, documentos ou raciocínios. As primeiras reações foram para matar o mensageiro, apelar para a calúnia, a injúria e desqualificar a autora do livro.

Nestes meses, a defesa de nosso fundador não fez outra coisa senão semear a desconfiança. Quando algo foi escondido por tanto tempo, e quando se pretende continuar fazendo isso, a dúvida é fomentada e, por sua vez, isso gera insegurança e suspeita.

As reações de muitas pessoas perante aqueles que não pensam da mesma maneira são surpreendentes para nós. Estamos no “Schoenstatt organizado” (embora para ser schoenstattiano não seja necessário nem essencial estar dentro da organização – existe o Movimento dos Peregrinos) e fazendo uso de nossa liberdade, expressamos nossa opinião e escrevemos com respeito, sem desqualificar, sem tentar convencer ninguém, buscando a verdade e o diálogo.

Há anos trabalhamos na equipe editorial de schoenstatt.org, servindo à vida da Família de Schoenstatt internacional, em um projeto comunicacional livre.

Somente por esta razão, estamos na “lista negra”. Somos acusados de não sermos bons para o Movimento ou para a Igreja. Por quê? Buscar a verdade não é evangélico? Buscar a verdade é bom para o Movimento. O Pe. Kentenich nos mostrou isso como um “fanático da verdade”. Há muitos que se sentem enganados. Não semeamos a desunião. Simplesmente não queremos uma unidade que se baseie em mentiras e injustiças.

Não perdemos o rumo. Nosso rumo é definido pelo que aprendemos em Schoenstatt desde a nossa adolescência. Schoenstatt nos ensinou que um dos tesouros mais preciosos de uma pessoa é a liberdade interior. E não há instruções ou pressões que nos façam renunciar a ela.

Amar en tiempos de pandemia

Devemos isso a nosso pai fundador, que assumiu uma grande tarefa, mostrando um caminho e uma pedagogia que muitos de seus filhos espirituais têm seguido. Sentimos que participamos de seu carisma e não vamos renunciar ao Schoenstatt pelo qual nos apaixonamos há 50 anos.

Devemos isso a nosso pai fundador, que assumiu uma grande tarefa, mostrando um caminho e uma pedagogia que muitos de seus filhos espirituais têm seguido. Sentimos que participamos de seu carisma e não vamos renunciar ao Schoenstatt pelo qual nos apaixonamos há 50 anos. Por amor e respeito a sua pessoa (quer seja ou não declarado santo – não nos importamos com esse detalhe), queremos ser fiéis à nossa consciência. Por amor e respeito à Família de Schoenstatt, queremos a transparência para a Família que o Papa pede na Igreja.

Enche-se de folhetinhos, peregrinações virtuais e orações para a canonização. Parece pouco prudente, sabendo da entrevista que foi feita com  Dom Ackermann.

São dadas oficinas sobre o livro de von Teuffenbach: isto é o que vocês devem saber… não leiam mais. Desde quando são dadas instruções de cima, para que haja um único pensamento na Família de Schoenstatt?

Um processo legal é aberto. Felizmente, a organização federativa permite que apenas uma comunidade o realize, sem arrastar as outras junto com ela.

Tudo o que foi dito acima é feito de uma forma persistente e quando alguém sai dos trilhos, é criticado, depreciado e o que é pior: os emissários são enviados para tentar que se redimam. Do que temos que nos redimir? De amar Schoenstatt e nosso fundador em tempos de pandemia?

Sempre esperamos que a Igreja canonizasse o Pe. Kentenich. Como não o fez, nunca o elevamos aos altares. Portanto, não teremos que descê-lo se a Igreja decidir não continuar o processo. Com um fundador de carne e osso, inclusive com um fundador com pés de barro, a missão pode continuar.

O problema é que se perguntássemos em uma pesquisa aberta qual é a missão de Schoenstatt, poderíamos ter algumas surpresas. Talvez não tenhamos tanta claridade sobre isso e então teríamos todos perdido o rumo.

O problema é que se perguntássemos em uma pesquisa aberta qual é a missão de Schoenstatt, poderíamos ter algumas surpresas. Talvez não tenhamos tanta claridade sobre isso e então teríamos todos perdido o rumo.

Graças a Deus, alguns têm uma missão clara e contamos com schoenstattianos comprometidos com a Igreja e a sociedade em diferentes partes do mundo. Uma grande esperança de que não desapareceremos como Movimento após a pandemia.

E tudo o que está escrito neste texto, nós o compartilhamos em tempos de pandemia, por amor ao fundador e à Família, a partir de um espaço livre, no qual a diversidade é admitida e valorizada e a discrepância é admitida.

Que Deus nos conceda que saiamos da pandemia diferentes, mais fortes, mais saudáveis e renovados.

A Aliança de Amor nos impulsiona.

Amar en tiempos de pandemia

Fotos: Pont de Normandie, Le Havre, Francia

Original: Espanhol (15/3/2021). Tradução: Luciana Rosas, Curitiba, Brasil

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