Bündnisfeier Marienberg Bamberg

Posted On 2024-04-25 In Vida em Aliança

Uma celebração de Aliança entre a guerra e a Páscoa

ALEMANHA, Renate Siebenkäs • 

É Dia da Aliança em tempo de Páscoa, e é Dia da Aliança em tempo de guerra e de guerra civil. Quando é que a leitura dos Actos dos Apóstolos (Act 8,26-40) teve uma referência tão directa aos tempos actuais: “Um anjo do Senhor disse a Filipe: Levanta-te e vai para o sul, pelo caminho de Jerusalém até Gaza.” O Pe. Andreas Hornung retoma este facto na celebração da Aliança em Marienberg, Bamberg, e é muito comovente, porque indica destinos concretos na Faixa de Gaza. —

Gaza e a terra que a rodeia (“Faixa” é o nome que lhe é dado por se encontrar entre as fronteiras de Israel e do Mediterrâneo), uma terra povoada há 3000 anos. O Pároco Hornung utilizou casos concretos para ilustrar a força total da guerra. Como as crianças, em particular, vivem de forma dramática o facto de serem privadas de quase tudo. A consternação foi grande. A região a que chamamos Terra Santa está profundamente dilacerada. O sofrimento é indescritível. E onde está Jesus?

O Ressuscitado cura as fissuras da tristeza, da morte e da culpa

Heiligtum Marienberg Bamberg

Santuário durante o tempo pascal

O Ressuscitado cura a fissura da tristeza: os discípulos, que estavam em profunda dor, alegram-se quando vêem e reconhecem Jesus, o Ressuscitado. A alegria enche-os de todo o coração.

O Ressuscitado cura a ferida da morte: na sua ressurreição, Jesus revela-se o Salvador do pecado e da morte. O medo da morte é vencido, como dizem repetidamente os hinos pascais.

O Ressuscitado cura a fissura da culpa, do pecado: Jesus instrui os seus discípulos: “A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados”. Desde a ressurreição de Jesus, não há mais culpa que não possa ser perdoada.

Portas fechadas que se abrem

A manhã de Páscoa foi a mais diferente que poderia ter sido, segundo o julgamento humano. A forma como o Ressuscitado enfrentou a injustiça dos últimos dias e o fracasso dos discípulos foi tão libertadora. E como ele abriu portas fechadas em palavras e acções, então e agora.

O Pároco Hornung disse:

“No texto bíblico do Evangelho da Páscoa, tenho a impressão de que o Ressuscitado não estende apenas um dedo em direcção aos discípulos, mas os cinco dedos, ou seja, toda a sua mão, para os ajudar:

  • Como uma promessa de paz: A paz esteja convosco!
  • Como revelação de vulnerabilidade: aqui não há nada a esconder.
  • Como sinal da sua missão e do seu destino: Como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
  • Como orientação e capacitação para tudo o que está para vir: Recebei o Espírito Santo.
  • Como autoridade explícita para perdoar os pecados”.

Jesus rompe assim o ciclo das fantasias de vingança e das acusações de culpa. Não se limita a apontar o dedo aos discípulos e a nós. Estende-lhes a mão, a eles e a nós. As suas mãos estendem-se para além do abismo da traição e da morte, para um futuro novo e diferente. Aí, o que aconteceu já não precisa de ser tido em conta.

As feridas do Ressuscitado ajudam os discípulos a não reprimir o passado sombrio dos últimos dias e a não ficarem presos ao fracasso e à culpa para o resto das suas vidas.

O milagre da ressurreição permite que as feridas dolorosas se tornem um sinal de reconciliação e de fidelidade. Foi o que aconteceu na primeira manhã de Páscoa: das feridas do amor ao milagre do amor.

Para que haja paz, entre Israel e a Palestina, entre a China e o Ocidente, entre a Rússia e o Ocidente, só se a culpa for perdoada, porque Cristo, a própria paz, vem até nós e reforça a vontade de paz, quando Ele mesmo diz no meio das guerras entre os povos e entre vizinhos, parentes, colegas, paroquianos…: A paz esteja convosco!

Bündnisfeier Marienberg Bamberg

Original: alemão (21/4/2024). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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