CHILE, Ignacio Serrano •
Na quinta-feira, 28 de Outubro, foi lançado o livro “José Kentenich: autenticamente humano”, uma obra escrita pelo sacerdote Heriberto King sobre as lutas interiores que o fundador de Schoenstatt sofreu durante os seus anos como seminarista palotino. Esta recente publicação da Editorial Nueva Patris foi apresentada pela filósofa argentina Cecilia Sturla e pela psicóloga chilena Alejandra García-Huidobro. —
Trata-se de um pequeno texto de 110 páginas, uma tradução de Der Mensch Joseph Kentenich, publicado pela Patris Verlag em 1996. Em contraste com outras obras do Pe. Heriberto King dedicadas à apresentação do pensamento de Kentenich em textos, esta obra centra-se no processo interior pelo qual o jovem Kentenich passou antes da sua Ordenação Sacerdotal, lido como uma crise de individualismo, cepticismo, racionalismo e “desvinculação do terreno”.
A segunda parte do livro também explica como superou esta crise graças ao seu encontro com a Virgem Maria e ao desenvolvimento de uma dedicação filial. Foi este contacto com uma pessoa concreta que despertou no pai fundador a sua capacidade de dar e receber amor.
Cecilia Sturla centrou a sua apresentação na atmosfera rigorista dos seminários europeus do início do século XX, cuja formação estava centrada no dever kantiano e na teologia racionalista, com um elevado nível de desconfiança em relação ao mundo do afecto e das relações interpessoais, que eram vistos como impedimentos à vida religiosa.
Por seu lado, Alejandra García-Huidobro olhou para a mesma crise da perspectiva da psicologia do desenvolvimento, uma vez que só pode ser compreendida se, se prestar atenção à vida do pequeno José. O abandono da sua mãe num orfanato e o não reconhecimento do seu pai biológico são factores chave na compreensão de, onde grande parte do seu desequilíbrio interior inicial se baseava.
Finalmente, ambas apresentadoras dedicaram a sua reflexão final a analisar como este livro nos ajuda a desvendar o autêntico Kentenich, cuja mensagem de santidade passa, precisamente, pelo reconhecimento da fragilidade humana e pela abertura aos vínculos de dependência.
Fonte: Revista Vínculo. Com autorização dos editores e do autor.
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Ficha tecnica
12,3 x 18 cms
108 pags.
Papel interior: bond 80 grs branco e preto
Capa: couché 300 grs, a cores
Original: espanhol (12/11/2021). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal