COSTA RICA, Maria Fischer •
Tinha chegado o momento. Na véspera da Festa de Cristo Rei, e já no início do Advento, a Família de Schoenstatt da Costa Rica despediu-se formalmente do Padre José Luis Correa, que recebeu um Movimento em desenvolvimento e, na tarde de sexta-feira, 24 de Novembro de 2023, entregou “um Movimento maduro, autónomo, grande, generoso, missionário, profundamente eclesial…”. O servo fiel que recebeu um grande número de “talentos” e os entregou, após tempo fecundo(mais do que) multiplicados. —
“Convencido”, assim o descreveu um dos membros do Movimento nessa noite.
“Convencido da tua fé.
Convencido das tuas alianças e de Schoenstatt.
Convencido de ti mesmo.
Convencido de alcançar os teus objectivos.
Mil vezes obrigado por este testemunho de segurança e confiança (de “homem novo”) que ofereces à Família.
Construímos juntos um Movimento maduro, autónomo, grande, generoso, missionário, profundamente eclesial…
“Construímos juntos um Movimento maduro, autónomo, grande, generoso, missionário, profundamente eclesial…”, disse o Pe. José Luis Correa nas suas palavras de despedida.
“Alegrámo-nos com todas as conquistas.
Também chorámos a morte de irmãos e amigos (estou a pensar, por exemplo, no querido Isidro, em Asunción, na mãe da querida Lali, e outros).
Recordo e agradeço a cada casal de noivos que se confiaram a mim para os acompanhar e abençoar o seu casamento. Agradeço também a Deus por tantos jovens casais que foram encorajados a iniciar o famoso “Ano Zero“. Obrigado a cada geração e aos seus monitores e assessores.
A mesma gratidão aos Ramos femininos que pude orientar:
As Mães que agora são centenas! E os grupos das Mães da noite… e como a Liga Apostólica Feminina e as Jovens Profissionais se consolidaram….
Espero que em breve surjam a União das Mães e a União das Mulheres.
Às jovens universitárias e escolares (Aliadas e Apóstolas de Maria): Obrigado pelo vosso entusiasmo e empenho, pelas vezes que participámos nas Jornadas Mundiais da Juventude (na Polónia, Panamá e Portugal), pelas Missas Jovens que começámos nas tardes dos primeiros Domingos do mês no Santuário e que agora se estenderam aos terceiros Domingos na Casa Sede del Este, com o serviço e atenção do Padre Juan Francisco. Também a todos aqueles que ajudaram a tornar possível a minha presença nas escolas.
Aos Ramos masculinos, que não assessorei directamente, reconheço e agradeço o seu crescimento: que honra ter um Ramo dos Homens tão grande, tanto em San José como em Cartago, e mil heróicos Madrugadores… que exemplo! (Não poderia ser também uma sementeira para a União dos Homens?
Alegra-me muito entregar a Assessoria do Ramo dos Casais aos meus irmãos de Comunidade, Padres Marcel e Raimundo, que continuarão e aprofundarão este serviço em todas as Dioceses onde o Ramo está presente, com os seus grupos tradicionais e os seus grupos da Pastoral da Esperança (Divorciados em nova união), de noivos e serviços de acompanhamento em situações difíceis, mas não impossíveis para Deus, que é todo-poderoso. Felicito, mais uma vez, tantos monitores, responsáveis e assessores.
Fico maravilhado com o que foi realizado com o Fortalecimento Matrimonial, um 2.0, e pelos Reencantándonos (Divorciados em nova união), e o Forta para Jovens Casados já instalados na agenda anual.
À Central de Assessores e ao seu Conselho, esse grupo de tantos assessores leigos, a minha enorme e eterna gratidão pelo trabalho de equipa, complementando-se mutuamente. Continuem o bom trabalho e colaborem de igual para igual com os novos Assessores Sacerdotais e as Consagradas, quando as houver.
No fim de contas, antes de mais:
Obrigado a Deus e à Mater!
Obrigado por nos terem permitido ter este Santuário, Família de Esperança com toda a sua vida.
Que maravilha ver tanta gente em cada Missa dominical. Começámos com uma só, ao meio-dia, e depois, por “violência suave” e insistência, acrescentámos a Missa das Crianças, que atrai um tão grande número de crianças e pais.
Admitamos que a pandemia nos motivou a acrescentar uma terceira Missa: a das 8h30 e a Missa de sábado à noite, nos sábados em que não chove.
E o que dizer das Missas do meio-dia de segunda a sábado, que são cada vez mais frequentes? Repito-vos a exortação do santo chileno: “Rezemos pela comunhão quotidiana!
A Igreja vive da Eucaristia!
Obrigado a todos os que participam e contribuem para as várias comissões da Pastoral do Santuário! Obrigado também à “pastoral da saúde” do Santuário. Sem eles, nada disto seria o que é: uma fonte de felicidade e fecundidade. Obrigado pela vossa fé e fidelidade.
Como não dizer e agradecer aos missionários da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt que levam aos lares e locais de estudo e trabalho, hospitais e prisões, etc. as graças que Deus concede aos que peregrinam ao Santuário.
Obrigado a todos os coordenadores diocesanos e zonais (como foi acertada a criação das três zonas na Arquidiocese!) do Movimento.
Estou particularmente grato à União das Famílias. Eu recebi-a, como responsável pela sua fundação e formação (juntamente com Ir. Maria Auxiliadora e Ir. Lorena agora) com os seus dois primeiros Cursos, que têm a sua consagração perpétua. Entrego-a com confiança e certeza nos seus dirigentes, Conselho, Educadores, 11 Cursos e Grupos, acreditando na sua maturidade para alcançar a autonomia em breve.
Obrigado a todos os que me ajudaram e complementaram na assessoria aos outros países da América Central. Sem eles, a expansão e consolidação gradual de Schoenstatt em todos os países da região não teria sido possível.
Um agradecimento especial aos nossos Pastores, aos Bispos que conheci e servi, especialmente a D. José Rafael, por ter autorizado a construção do Santuário e por o ter abençoado. Obrigado pela vossa confiança, proximidade, apoio e amizade. E nele aos outros Bispos diocesanos (Mario, em Cartago, especialmente) e a cada sacerdote diocesano ou religioso, pela sua amizade e colaboração.
A todos vós, mais uma vez, muito obrigado
Pela vossa amizade e lealdade, especialmente nos momentos difíceis dos últimos tempos. Juntamente com os queridos irmãos do meu Curso, especialmente os Padres Pancho e José Agustín, e da comunidade, o Padre José María García e o Padre Eduardo Aguirre, as vossas visitas e cartas foram muito importantes. Todos eles, leigos e sacerdotes, foram os meus Cireneus que me ajudaram a carregar, suportar e oferecer a cruz. Lembrem-se que sem crises e cruzes não se cresce.
Não é por acaso que Schoenstatt Costa Rica se transformou nestes anos num modelo, num caso preclaro, como diria o nosso pai e fundador, para Schoenstatt para além da América Central.
Cuidai, guardai, cultivai e partilhai este tesouro, pois a herança que deixamos terá de ser conquistada por aqueles que vierem a possuí-la, a desfrutá-la e a dá-la a outros.
Perdoem-me as faltas e os erros que cometi. Não sou perfeito e reconheço os meus limites. Espero a vossa compreensão e a vossa atitude misericordiosa na verdade com transparência, respeito e caridade.
Termino com as palavras do nosso pai fundador, proferidas há 60 anos, quando ainda estava no exílio em Milwaukee:
“Como sempre faço quando algo se aproxima, assumo-o: Mater perfectam habebit curam (A Mãe cuidará perfeitamente) e, mais recentemente, acrescentámos: et victoriam (e vitoriosa)”.
Muito obrigado, de facto, e do fundo do meu coração,
Pe. José Luis Correa”.
Não pode faltar a gratidão da equipa editorial de schoenstatt.org
Ao ler estas palavras do Pe. José Luis Correa, só podemos pensar em assombro e gratidão: De todos estes grupos e actividades que ele menciona, temos artigos publicados. Tudo isto faz parte desta crónica da vida real de Schoenstatt que é schoenstatt.org há 25 anos. Grande, grande parte destes artigos devemo-los ao próprio Pe. José Luis, que às vezes escrevia alguma coisa, outras vezes deixava-nos um par de frases para compor uma crónica, e muitas vezes dava-nos um nome “para pedir um artigo”. Quase sempre os seus “escolhidos” ao serviço da comunicação das histórias reais da vida de Schoenstatt na Costa Rica e nos países da América Central assumiam o compromisso. Agora esperamos que continuem, “convencidos”, como o Pe. José Luis, de que há vida real e que esta tem de ser partilhada, para inspiração mútua, para irradiar e contagiar Schoenstatt feito vida.
E como não há lugar no mundo onde não existam histórias reais, em schoenstatt.org não nos “despedimos” do Pe. José Luis.
Original: castelhano (26/11/2023). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal