31.05.

Posted On 2021-05-30 In Artigos de Opinião, José Kentenich

Nada sem Ti, nada sem nós? Cinco grandes cenários para o 31 de Maio depois do 2 de Julho de 2020

Ignacio Luciano Quintanilla, União de Famílias de Espanha •

Em 2 de Julho de 2020, a nossa “zona de conforto” de Schoenstatt desapareceu. A nível pessoal, surgiram questões prementes que, ainda estão à espera de esclarecimento histórico. Pela primeira vez para muitos, embora pela segunda vez na nossa história, a possibilidade de o Movimento poder estar a caminhar para uma cisão ou desaparecimento começou a ser considerada —

Creio que estes dois cenários ainda estão distantes e são evitáveis, mas não devemos perdê-los de vista se, quisermos trazer ao mundo a luz que a Igreja espera de nós. O que quero partilhar agora não é um olhar sobre o nosso presente a partir desses acontecimentos passados – certamente cruciais e cuja investigação pelos organismos correspondentes nos desafia todos os dias – mas a partir dos cenários futuros perante os quais esta mesma investigação nos coloca. Porque estes dois horizontes que, acabo de mencionar: desaparecimento ou fractura, não são os únicos a serem considerados, nem necessariamente os piores, mas apenas mais dois entre outros que também devem ser contemplados. A partir da convicção de que estamos todos a tentar dar uma resposta honesta ao desafio que enfrentamos, gostaria de partilhar o início de uma reflexão geral baseada em cinco cenários possíveis que enumero do pior para o melhor.

1Tornarmo-nos uma seita

O cenário número 1, e o pior de todos para a Igreja e para nós, é o de nos tornarmos uma seita, flutuante ou não. Creio que, sem perder a consciência do nosso impulso inovador – ser schoenstatteano é querer renovar a Igreja, não só querer estar nela – este risco é o que devemos combater, antes de mais nada, porque sucumbir a ele seria o nosso principal fracasso e a principal traição a este carisma de renovação eclesial. As seitas não renovam a Igreja, fracturam-na. Assim, enfrentar este perigo, meditando seriamente sobre ele, sem renunciar à nossa originalidade, é também uma parte essencial do que chamamos o Marco Histórico de 31 de Maio.

2Política de encobrimento

O cenário número 2 – o segundo pior de todos – é o de entrar na história do século XXI como paradigma daquela “política de encobrimento” que pesa tanto na história do cristianismo de hoje e, que afasta tantos jovens da Igreja. Parece que estamos a trabalhar para o evitar e, além disso, temos aqui a paz de espírito adicional de que já não está apenas nas nossas mãos.

3Desaparecer

O número 3 é o de desaparecer – de jure ou de facto – do panorama dos Movimentos da Igreja Católica, ou, pelo menos, de entre os seus Movimentos significativos.

4Secessão

O número 4 é o de uma secessão, formal ou encoberta, fraternal ou pouco amistosa, dentro do Movimento.

Talvez seja verdade que o carisma central de algumas partes do Movimento não deva ser o das outras partes.

5Refundação

E o número 5, finalmente, é o de uma refundação, ou segunda fase fundacional do Movimento, ou, porque não, de um renascimento. Uma leitura providencial dos acontecimentos, através da fé prática na Divina Providência, exigiria que, nos perguntássemos o que quer Deus de nós à luz de factos novos ou, até agora desconhecidos ou simplesmente negligenciados.

A primeira coisa que quero partilhar aqui é a minha convicção de que não há alternativa ao triunfo final de uma, ou várias, destas cinco saídas. Estas são todas as cartas que temos na mesa, e não há maneira de alguém conseguir tirar uma sexta da cartola. Tudo o que podemos fazer é escolher, durante algum tempo, entre pegar o touro de frente, ou andar com rodeios. A segunda coisa que quero partilhar é que este não é o momento de ceder à confusão ou à preguiça, que não são características essenciais da “vida” em qualquer sentido que lhe queiramos dar. A vida é sábia e paciente, não confusa ou preguiçosa. A terceira coisa é que me vou concentrar em reflectir apenas sobre os cenários 1 e 5, que, na minha opinião, estão intimamente ligados. E, vou fazê-lo a partir da consciência declarada de que sou um dos membros do Movimento menos capaz de estar à altura dos seus compromissos e mais exposto à confusão ou à preguiça. Há, portanto, uma probabilidade muito elevada de que este texto possa conter ideias erradas ou mesmo disparates. Assumo, voluntariamente, estes riscos de modo a não ficar à margem de um debate que não posso evitar.

Uma nova leitura e uma nova colocação

Obviamente, penso que o cenário 5 não é apenas o menos mau, mas não é de todo mau. É extraordinariamente bom porque responde à voz que temos de ouvir. Independentemente dos resultados da nossa investigação histórica sobre os acontecimentos que, dizem respeito ao Fundador, enquanto se aguarda por eles, e consciente de que talvez a Igreja de hoje já não precise de tantos fundadores mas, de muitos mais cristãos autónomos e completos, é uma questão de culminar o impulso original do Movimento. Um impulso que, como acreditamos em Schoenstatt, não foi principalmente de José Kentenich, mas do Espírito Santo e de Maria, que usaram a sua pessoa e a sua vida, e também a de muitas outras pessoas além dele, como causas segundas para o pôr em marcha.

Aqui tratar-se-ia, simplesmente, de uma questão de se aplicar, de verdade, esse nada sem nós, que está escrito em muitos dos nossos Santuários. Mas, tratar-se-ia também de aplicar um nada sem Ti que, quer se refira à Mãe de Deus, quer directamente a Deus Pai, ou a Cristo presente no Tabernáculo, nos remete sempre para a acção do Espírito Santo na Sua Igreja. Se pensamos realmente que Kentenich amava a Igreja e compreendeu algo de causas segundas, não deveríamos ter qualquer problema em colocar, correctamente, todas as causas segundas que nos conduzem a Deus na sua devida ordem de prevalência. Deus Pai num extremo e os nossos entes queridos, os nossos amigos, vizinhos e nós próprios no outro. Seria absurdo que, qualquer elo intermédio desta cadeia nos levasse a desvalorizar todos os outros.

Portanto, não é arriscado afirmar que o Padre Kentenich não pretendeu saber tudo nem dizer tudo para sempre. Não era isso que o Fundador queria e foi por isso que insistiu que cada geração deveria fundar de novo o Movimento. Isto supõe que, na nossa tarefa de hoje, na nossa formação, na nossa mensagem, não podemos nem devemos basear-nos exclusivamente em textos ou conferências de José Kentenich, qualquer que seja a sua qualidade humana ou sobrenatural. Além disso, alguns dos textos ou conferências do Padre José Kentenich devem ser significativamente desenvolvidos, matizados ou corrigidos, ou seja, aperfeiçoados por quem? Bem, naturalmente por nós, para começar, e depois também por todas as outras pessoas que a Providência disponha. Chamem-se Stein, Tromp, ou o que quer que se lhes chame. E, a propósito, não me parece acidental que a Mariologia do Padre Tromp pareça, do que pouco sei, tão interessante do ponto de vista das nossas ideias.

Para começar, grande parte dos escritos do Padre Kentenich provêm de conversas, e sabemos que ele era especialista em falar sempre na perspectiva dos interesses daqueles que se encontravam à sua frente. Para continuar, José Kentenich não foi, nem pretendeu ser, um escritor muito preciso. Portanto, todo este material deve ser sempre tomado no contexto em que foi expresso, muitas vezes a partir da consciência – errada como vemos – de que não era material que pudesse ser publicado ou definitivo. Mas não é apenas uma questão de contextualizar. O nosso Fundador descobriu ou foi claro sobre coisas muito importantes, mas não só não sabia tudo, como nem sequer sabia tudo o que era essencial para a vida da nossa comunidade, e por vezes estava enganado. E as provas destas realidades não provêm de qualquer investigação recente. Vêm da sabedoria secular da Igreja e do senso comum. Todo o ser humano, por vezes, comete erros, e pedir a uma pessoa – canonizada ou não – para estar acima desta limitação é puro mecanicismo. A fidelidade ou amor de um humano para com outro, quando maduro e saudável, nunca implica assumir a sua infalibilidade. E, no que pode ser preguiça, recusa da verdade ou recusa do crescimento desejado por Deus na história de uma comunidade ou na vida de uma pessoa, a atitude de tornar alguém infalível também pode ser um fruto de orgulho ou medo, em vez de confiança ou amor.

Já nos entendemos? Não nos podem compreender?

Mas, não era apenas do quinto cenário que eu queria falar, mas de outro que não creio que estejamos a considerar como merece: o de nos tornarmos uma seita, ou de nos aproximarmos dela. Por seita não me refiro apenas à atitude perniciosa de pensar que não precisamos de nada dos outros, ou que, se formos criticados ou mal compreendidos, isso prova que estamos certos. Nem estou a falar apenas daquela auto-referencialidade contra a qual o Papa nos advertiu recentemente, e que assombra todas as Ordens e Movimentos da Igreja. Refiro-me a uma seita no sentido da adopção de princípios doutrinários ou práticas recorrentes que, são erradas para o comum sentir da Igreja.

Agora, pelo que estamos a ver, muitos Bispos, teólogos e sábios da Igreja, e finalmente dois Papas, tiveram no final dos anos 40 e início dos anos 50 a “impressão” da iminência deste perigo na nossa comunidade. Foi precisamente esta impressão que motivou os acontecimentos que recordamos como o Marco histórico do 31 de Maio. Creio que, há anos que Schoenstatt tem vindo a reprimir excessivamente os seus deveres de criação e consolidação teológica e doutrinária com o argumento de atender ao coração; e também os seus deveres de consolidação e organização interna formal com o argumento de ter um estilo de pensamento e de ser orgânico. E, é verdade que o nosso Movimento é essencialmente cordial e orgânico, mas não existe um verdadeiro coração humano sem linguagem, nem existe um organismo sem forma. É por isso que a palavra, o logos, desempenham um papel essencial na Obra da Redenção como coração da relação humana com Deus, da Sagrada Escritura e da Liturgia. E, é também por isso que o “orgânico” é, correctamente falando, o triunfo da forma sobre o caos. Esquecer tudo isto torna o cordial um perigo para a sabedoria e justiça e, o orgânico um termo confuso e perigoso que, não por nada, era também um dos favoritos do Nacional-socialismo.

Além disso, os textos do Fundador que dão suporte ao 31 de Maio não só dizem que o cultivo do coração e o vínculo orgânico são fundamentais para o futuro da espiritualidade cristã, mas também questionam duramente elementos importantes da mentalidade e doutrina da Igreja da época e exortam-na a renovar-se. E, quando alguém o faz, tem em mente uma tarefa argumentativa e doutrinal que, deve ser desenvolvida com clareza e rigor. Assim, evitar este ponto de tensão criativa refugiando-se no mero cultivo comunitário da afectividade ou no simples activismo social, sem ter um carisma suficientemente esclarecido – esclarecido para toda a Igreja – não é apenas olhar para o outro lado, é também “saltar” este terceiro marco. É precisamente o que Kentenich poderia ter feito em 31 de Maio e que não quis fazer.

Assim, a questão parece-me bastante simples: se Schoenstatt tem realmente algo importante a dar em contribuição à Igreja, seria bom que a Igreja pudesse compreender bem com o que queremos contribuir. Assim, a atitude de: já nos entendemos, não nos podem compreender, é o principal erro em que nos poderíamos reafirmar. Foi-o no primeiro 31 de Maio e parece que ainda o é hoje. Entre outras razões, porque se a Igreja não nos compreende de todo, ou não compreendeu o nosso Fundador, então não é verdade que nos compreendamos a nós próprios ou que o compreendamos a ele.

 

Será possível que em todos estes anos não tenhamos aprendido a explicar-nos melhor sobre estas questões?

Um exemplo recente do que estou a tentar dizer pode ser encontrado no debate sobre o exame filial, sobre o qual apareceu um documento no site schoenstatt.com no dia 15 de Janeiro deste ano. Na minha opinião, o significado do documento era justificar a ortodoxia de uma prática espiritual: o exame filial, nos termos que o documento descreve e com as precauções que contém. Precauções como a plena voluntariedade, carácter excepcional, adesão a um formato prefixado ou uma clara redução da figura de autoridade perante a qual é levada a cabo para a de um vigário que, não é indispensável como pessoa individual. Neste sentido, a argumentação do texto parece-me ser correcta e consistente. A determinação de, se estes princípios foram ou não realmente respeitados pelo Fundador estaria, portanto, noutra ordem de discussão que o texto não aborda.

No entanto, no final desse mesmo texto, é introduzida uma analogia entre os fiéis que rezam o Pai Nosso durante a Santa Missa e o exame filial, e é feita em termos cuja ambiguidade – certamente devido à brevidade e impossibilidade editorial de desenvolvimento – poderia deixar a muitos de nós a mesma impressão de confusão que, talvez Monsenhor Stein ou Tromp tivessem no seu tempo, à luz dos documentos já disponíveis. E, o facto é que alguns cristãos bem formados, que estão benevolentemente predispostos em relação a José Kentenich, também ficaram confusos e perplexos com estas linhas. Claro que – mais uma vez tem que ser escrito – não parece que, na mensagem do Movimento, nem a ortodoxia nem a originalidade da substância estejam em questão. Mas será possível que em todos estes anos não tenhamos aprendido a explicar-nos melhor sobre estas questões?

E não me refiro a circunstâncias óbvias como o facto de a primeira oração ter sido instituída por Jesus Cristo e fazer parte da Liturgia, que são diferenças muito óbvias e que, sem dúvida, ninguém tentou minimizar – não acredito que alguém no Movimento queira atribuir a José Kentenich a mesma função mediadora que a Jesus Cristo, nem a uma prática de espiritualidade privada, a mesma função da Missa. Vamos continuar a fazer malabarismos com esta questão. Refiro-me à possível confusão subjacente entre Sacramento e Sacramental, entre filialidade e infância espiritual, ou entre o ministro de um Sacramento e a pessoa que exerce o ministério. Definições como estas podem não só produzir perplexidade legítima sobre a nossa ortodoxia, mas – mesmo uma vez estabelecida – também nos impedem de transferir efectivamente para a Igreja como um todo o que Kentenich mais originalmente queria dizer sobre o carácter sacramental da nossa vida quotidiana, sobre a necessidade que a nossa espiritualidade contemporânea tem de reavivar a figura paterna, ou sobre a importância que a nossa própria liberdade e iniciativa têm na nossa relação com Deus.

Um tesouro e um perigo em todos os carismas

Todos os Movimentos da Igreja Católica, assim como todos os seus santos e doutores, contêm no seu carisma um tesouro e um perigo, e os dois estão muitas vezes intimamente ligados. A grande tarefa das gerações que sucederam à fundação é, não só dar este tesouro ao mundo, mas também saber como manter estes perigos à distância. Com singular sabedoria, José Kentenich percebe que a correcta vinculação às causas segundas e a superação de um dualismo errado entre o natural e o sobrenatural é fundamental para a espiritualidade do ser humano pós-moderno. A importância de um exercício renovado de paternidade numa cultura sem pais é apenas um aspecto notável desta brilhante intuição. Mas esta intuição implica riscos. O primeiro entre eles é um certo Pelagianismo (doutrina defendida por Pelágio, frade britânico do século V, que foi considerada herética pela Igreja católica por defender que o pecado original apenas comprometera Adão – e não o conjunto da humanidade – e por afirmar que cada homem é totalmente responsável pela própria salvação, sem necessidade da graça divina) ou minimização do papel da graça – e da Igreja – na cura da natureza.

A necessidade que o século XX tem de renovar e curar a relação entre natureza e graça, entre humanidade e divindade, é uma tarefa luminosa e uma revelação dada ao nosso Fundador – embora não só a ele – de uma forma eminente. Mas a Igreja de Cristo já existe, já está aí, pelo menos em construção permanente, e o cristianismo e a cristandade são obras que transcendem o carisma de qualquer santo e, mesmo o de todos os santos juntos. Muito menos a de qualquer fundador. Agora, é preciso amar e conhecer muito bem a doutrina que, se quer aperfeiçoar para se poder aperfeiçoá-la. Podemos queixar-nos de que a Igreja não nos ouve, mas não podemos queixar-nos de que a Igreja não nos compreende. A incompreensão não pode continuar a fazer parte da essência do 31 de Maio e, nela, não há nada para celebrar.

Por exemplo, propor a necessidade de uma cristianização do subconsciente é correcto, audacioso e visionário. Por outro lado, supor que, com uma infância ou uma experiência familiar vivida de acordo com a sabedoria do nosso Fundador ou dos seus métodos formativos, teremos acesso a uma vida emocional ou sexual perfeitamente saudável, ordenada e livre dos efeitos do pecado original é simplesmente um grave erro doutrinário. Insistir que a nossa vinculação autêntica a Deus é também uma vinculação natural a determinadas pessoas, lugares, ou ideias, é uma ideia formidável. Por outro lado, fixar certas ideias ou lugares concretos, para além daqueles estabelecidos pela Liturgia e pelos Sacramentos, como causas segundas obrigatórias de relação com Deus, é outro erro grave. E, brincar com ambiguidade nestes assuntos é um erro ainda mais grave.

O facto de, ainda não termos desenvolvido com suficiente criatividade e clareza doutrinal – e para o cristão comum – todos estes grandes motivos antropológicos e teológicos, iniciados na obra do nosso Fundador, mas necessitados da nossa própria luz, da nossa própria vida e inteligência, expõe-nos, portanto, a numerosas confusões. Por exemplo, quando se trata de estabelecer uma distinção clara entre Sacramentos e Sacramentais, quando se trata de desenvolver uma boa Mariologia para o século XXI que ainda tem de ser feita, ou quando se trata de clarificar se, uma prática espiritual concreta é:

a) uma recomendação para uso particular,

b) uma obrigação para uma comunidade determinada,

c) uma obrigação para todo o Movimento ou

d) uma contribuição para o Magistério universal da Igreja.

Estas quatro coisas são muito diferentes e a principal preocupação aqui, não é qual destas quatro respostas queremos dar, mas que o Movimento, enquanto tal, não parece ter realmente uma resposta clara para este tipo de questões.

A possibilidade real de fracassar como Movimento

Só a partir de um tratamento natural, consistente e rigoroso da tradição teológica e doutrinal da Igreja, e do amor mais absoluto por Ela – um amor que Lhe é devido como cristãos sem a mediação de qualquer pessoa – é que estaremos em condições de A aperfeiçoar, de A engrandecer ou de A curar como eu entendo que Kentenich sonhou. Assim, em paralelo com o esclarecimento histórico de alguns factos que nos têm perturbado desde 2 de Julho, podemos já extrair, na minha opinião, uma conclusão importante: na mesma medida em que somos incapazes de expandir, renovar ou curar qualquer coisa importante na mensagem e na doutrina do nosso Fundador, por razões idênticas seremos também incapazes de expandir, curar ou renovar qualquer coisa importante na doutrina da Igreja e, portanto, teremos falhado como Movimento.

Isto não implica, claro, que falhemos como cristãos. Deus, a Mãe ou a Igreja estarão sempre presentes, acolhendo-nos, transformando-nos e enviando-nos, como faziam com o próprio José Kentenich, antes de Schoenstatt existir, e como fazem todos os dias com milhões de cristãos, e também com não-cristãos. Haverá sempre pobres connosco, nós próprios seremos sempre pobres, e haverá sempre casais para apoiar, vizinhos para consolar, e crianças para educar na fé, mas, algo importante pelo qual vale a pena lutar, terá sido perdido.

31.05.

Original: espanhol (26/5/2021). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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