Posted On 2014-11-06 In Jubileo 2014

Queremos partilhar a nossa experiência de aliança com Deus, com a Virgem e com Pedro…

JUBILEU ROMA 2014, mda. “Queremos partilhar, com espírito missionário, a nossa experiência vivificante e gozosa de aliança com Deus, com a Virgem e com Pedro, para que na Igreja desperte uma primavera missionária, e juntos configuremos uma cultura nova, fruto da aliança”. O fim da homilia do Cardeal Errázuriz, membro do círculo de cardeais do Santo Padre Francisco, ressoa como uma resposta, mais ainda, como um compromisso com o núcleo da mensagem de Francisco a Schoenstatt no dia anterior: “Cultura do encontro é cultura da aliança. E isso cria solidariedade. Solidariedade eclesial. Sabeis que é uma palavra que está em risco. Assim como todos os anos ou em cada três anos a Real Academia Espanhola se reúne para ver as novas palavras que se vão criando porque somos uma língua viva – sucede com todas as línguas vivas – assim também algumas vão desaparecendo porque são línguas mortas, isto é, morrem e já não se usam. E sendo uma língua viva, tem palavras mortas. A que está prestes a morrer, ou porque a querem matar, querem apagá-la do dicionário, é a palavra “solidariedade”. E aliança significa solidariedade. Significa criação de vínculos, não destruição de vínculos. E hoje em dia estamos a viver nessa cultura, nesta cultura do provisório, que é uma cultura de destruição de vínculos.” Schoenstatt caminha para o seu segundo século, enviada como missionária, em aliança com Deus, com a Virgem e com o Santo Padre Francisco. – Agora com texto completo e autorizado da homília em espanhol.

“É uma coisa importante, importante!”. Com a sua Mãe peregrina erguida, uma chilena tenta entrar na parte da Basílica de São Pedro onde o Cardeal Errázuriz, junto a centenas de sacerdotes, celebra a Missa de envio com o Movimento de Schoenstatt, finalizado definitivamente o jubileu e chegado o momento de construir cultura de aliança nos países, nas situações de vida que a cada um lhe toca viver. Dons são tarefas. Os dons do jubileu, os dons da mensagem de Francisco, agora são tarefas. São a tarefa de traduzir na vida real, descendo do Tabor e pisando terreno de sofrimento, de anseio, de esperanças, de respostas concretas, desde a aliança, às perguntas de tantos homens: Schoenstatt o que fazes para nós?

Em “solidariedade eclesial”

É impressionante ver como de todos os lados os peregrinos de Schoenstatt se dirigem para São Pedro na manhã radiosa de 26 de outubro. Formam longas filas para poder entrar no Santuário de São Pedro, centro da Igreja. Vêm com as suas bandeiras, as suas Mães peregrinas, vêm com as cruzes missionárias que receberam no envio pelo Santo Padre.

Centenas de sacerdotes vão em procissão até ao altar; Ali, foi colocada a imagem da Mãe três vezes Admirável de Schoenstatt. Uma vez mais, entram a Cruz da Unidade original e a Mãe Peregrina original, sinais de um Schoenstatt missionário, um Schoenstatt em saída.

“Impressiona constatar a condução do Espírito Santo nesta etapa da história”, destaca o Cardeal Errázuriz na sua homília pronunciada em espanhol, alemão e italiano. “Impulsionou os Bispos reunidos em Aparecida a iniciar uma nova época da vida da Igreja, tirando-a, na América Latina, da sua letargia missionária para a transformar numa Igreja ‘em estado de missão’. Pouco depois inspirou o Conclave para que elegesse Sumo Pontífice o Papa Francisco, o qual nos escreveu na sua primeira exortação apostólica, que quer convidar toda a Igreja ‘para uma nova etapa evangelizadora’, para uma nova etapa marcada pela alegria do Evangelho, e para participar no dinamismo de uma Igreja missionária, de uma ‘Igreja em saída missionária’. E também nós, ao celebrar o primeiro centenário da fundação, reconhecemos a ação do Espírito de Jesus Cristo, que nos convida a entrar “numa nova etapa do nosso Movimento”, com a cruz da missão no nosso interior e nas nossas iniciativas. Ela impulsiona-nos a fundar novamente a Família com fidelidade criadora, tomando plena consciência do nosso compromisso missionário, e de ser um carisma para o bem de toda a Igreja; um carisma unido a todos os carismas apostólicos que o Espírito Santo oferece à Família de Deus, e em colaboração com todos eles, conforme o espírito e a missão de São Vicente Pallotti”.

A Aliança de Amor que o nosso fundador viveu com a Igreja e com os seus pastores

A saída da basílica de São Pedro, depois dos agradecimentos, palavras finais e a bênção foi feita mais apressada do que pensada – tão apressada, que um dos casais da União das Famílias de Espanha estava lá fora, na rua, antes de poder selar a aliança de amor com Francisco, para a qual se tinham preparado durante meses… Os guardas tiveram que fechar a basílica antes da recitação do Ângelus. Um sinal bonito, no fim. Como a Virgem apressada, também Schoenstatt se apressa para sair para a rua para criar cultura de aliança. Durante a recitação do Ângelus, o Papa Francisco saúda o Movimento de Schoenstatt, uma vez mais, indicando a imagem gigante da Mãe três vezes Admirável que estava na Praça de São Pedro.

“Compromete-nos”, comentam os colaboradores de schoenstatt.org, pouco depois, de ter o privilégio de renovar a sua aliança solidária com Francisco na “sua” capela de Santa Marta. Ressoa o que o Cardeal Errázuriz proferiu na sua homilia:

“Como expressão e caminho da nossa colaboração com o Papa Francisco, não podemos esquecer a Aliança de Amor que o nosso fundador viveu com a Igreja e com os seus pastores. Aqui em Roma, abençoou o lugar no qual, se construiu um santuário. Que o santuário de Belmonte, em união com o santuário Cor Ecclesiae, seja uma fonte de graças, para que essa aliança traga abundantes frutos no segundo século da nossa história sagrada”.

Homília do Cardeal Francisco Javier Errázuriz (alemão, espanhol, italiano)

Homília do Cardeal Francisco Javier Errázuriz (portugués)


Original: espanhol – Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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