Posted On 2011-03-29 In Jubileo 2014

O Símbolo do Pai estará no Brasil de julho a dezembro de 2011

Simbolo do PaiBRASIL, Ir. M. Lubia Bonfante. Um ponto marcante na preparação do grande jubileu da Aliança em 2014 é a peregrinação do Símbolo do Pai para o Santuário original por todos os países onde está radicado o Movimento de Schoenstatt. Logo após o encerramento da “Conferência 2014”, já no dia 18 de fevereiro de 2009, o símbolo iniciou sua peregrinação pelas comunidades no lugar Schoenstatt. Entretanto já visitou vários países e estará no Brasil no segundo semestre de 2011, visitando nossos 22 Santuários. A previsão é que permaneça uma semana junto a cada Santuário.

Como Família de Schoenstatt do Brasil, queremos incluir-nos neste grande momento de graças, preparando nosso coração para recebê-lo e para enriquecê-lo com o nosso Capital de Graças.

Roteiro de viagem do Símbolo do Pai

Julho
05-06 Chegada a Porto Alegre/RS
07-13 Santa Cruz do Sul/RS
14-20 Porto Alegre
21-27 Santo Angelo

Agosto
28-03 Frederico Westphalen
04-08 Itaára
09-17 Santa Maria
18-24 Santa Catarina (Criciuma, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Joinvile)
25-31 Curitiba/PR

Setembro
01-07 Guarapuava
08-14 Cornélio Procópio
15-21 Jacarezinho
22-27 Londrina
29-05/10 Vila Mariana/SP

Outubro
06-12 Jaraguá
13-19 Araraquara
20-02/11 Atibaia

Novembro
03-09 Poços de Caldas/MG
10-16 Belo Horizonte/MG
17-23 Rio e Janeiro
24-29 Brasília
08-14 Fortaleza/CE
15-20 Recife/PE
21-27 Garanhuns/PE
28-12 retorna a Santa Maria/RS de onde será buscado pela Argentina. Cada Família de Schoenstatt irá buscar o símbolo onde ele estiver anteriormente.

Símbolo do Olho de Deus

Aachen, AlemanhaNos primeiros séculos do cristianismo a arte cristã não se ocupou em representar Deus. As pinturas, ícones ou esculturas diziam respeito a Jesus Cristo, a Nossa Senhora e aos santos. A partir da Idade Média aparecem as primeiras representações, salientando Deus criador, envolto em nuvens, em grande majestade e poder, tendo a mão direita estendida e o dedo anular apontando o universo. É a mão direita de Deus que opera prodígios, segundo a expressão: Digitus Dei est hic. [Vulgata, Êxodo 8.19] O dedo de Deus está aqui. Em muitas oportunidades Deus foi representado simplesmente pela mão saindo de uma nuvem. Nos séculos XVIII e XIX, Idade Contemporânea, a arte cristã começou a representar o olho como símbolo de Deus, nas igrejas e capelas, especialmente nos portais, acima dos púlpitos, nos altares e nas pinturas do teto. O olho de Deus geralmente era representado no meio de raios luzentes, também sobre uma nuvem e, em geral, associados a um triângulo simbolizando a Santíssima Trindade. Era o esforço da Igreja para trazer novamente ao coração e à vida do homem a realidade da presença de Deus, numa época marcada pela fuga de Deus.

O olho de Deus geralmente era representado dentro de um triângulo. Os ângulos iguais do triângulo servem muito bem para explicar o mistério de Deus uno e trino. Um só Deus, em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não são três Deuses, mas um só. “A unidade divina é trina”, diz-nos o catecismo da Igreja católica, no nº 254.

No centro do triângulo está o olho, representando a onipresença de Deus, à qual nada fica oculto aos seus olhos, tal como lemos na Escritura.

1. “Os olhos do Senhor observam os caminhos do homem e vigiam todos os seus trilhos.” (Provérbios 5,21)
2. “Os olhos do Senhor são infinitamente mais luminosos do que o sol, vêem todos os caminhos dos homens e penetram os lugares mais secretos. Antes de serem criadas, ele já conhecia todas as coisas.” (Eclesiástico 23,19s)
3. “Teus olhos viam como fui formado. No teu livro estão todos inscritos os dias que foram fixados e cada um deles nele figura.” (Cf. Salmo 139, 16)

Desde quando temos o símbolo do olho de Deus nos Santuários de Schoenstatt?

Sua história teve início na América do Sul, quando, em 1947, nosso Pai e Fundador visitou as Províncias das Irmãs. Cada Província escolheu seu ideal e fez a sua bandeira. A Província do Uruguai/ Argentina, que desejava ser Família de Nazaré, Província do Pai, resolveu bordar na bandeira também um olho de Deus Pai. Na Noite de Natal de 1948, junto com o Pai e Fundador, colocaram um Símbolo do olho de Deus Pai no Santuário. Este primeiro símbolo, feito em madeira, foi pintado pela artista Irma Ulmer. Nosso Fundador alegrou-se muito com isto e deu grande importância a esse acontecimento, porque expressava o surgir de uma corrente de Pai na Família, isto é, de Deus como Pai, mas também uma corrente em torno do Fundador como Pai desta Família.

Em 1950, a Província das Irmãs chamada Providentia em Metternich, Alemanha, da qual Irmã Emílie era Provincial, também colocou, na noite de Natal, o Símbolo de Deus Pai, no Santuário, pelas mãos do Padre Kentenich. Como Província Providência escolheram o olho de Deus, para expressar que deviam viver sob o olha amoroso de Deus Pai, providente.

Iniciava, nesta época, na Família, uma corrente do Pai e com ela também o impulso de expressá-la por uma imagem, um símbolo visível.

Além destes dois Santuários, nosso Pai e Fundador entronizou o olho do Pai, nos seguintes Santuários:

em 1952 em Santa Maria/RS,
em 1952 em Florencio Varela, Argentina,
em 1966 na Liebfrauenhöhe, em Colônia e no Monte Schoenstatt,
em 1967 em Dietershausen.

Qual é, pois, a originalidade do símbolo de Deus, em Schoenstatt?

SantA MariaEnquanto a arte e a literatura cristãs falam do olho de Deus, nós acentuamos que este é um olho do Pai. Nesta terminologia se expressa algo decisivo: esta é a missão de nosso Pai e Fundador, e todos nós participamos dessa missão de anunciar a imagem de Deus como a imagem do Pai. O olho de Deus não é o olho de um juiz severo, mas o olho de um Pai. Certa vez, nosso Pai Fundador disse, aqui no Brasil, que este olho não é o do “policial”, que quer pegar-nos em flagrante. É o olhar amoroso do Pai que contempla seu filho querido. E nos ensinou que deveríamos viver da pequena verdade: “O Pai me vê, o Pai me ama, o Pai precisa de mim!”

O Pai me vê: “Acho que deveis dizer muitas vezes: Ele me vê, ele sabe de mim. Ele não me vê com um olho de fiscal ou policial, mas com os olhos de um amigo, de um Pai. Por isso, nunca estou sozinho… Ele me vê. Mais ainda: Ele não me vê à distância. Ele me vê, porque está em torno de mim, está comigo. Recordemos: onipresença de Deus, quer dizer: Deus está em toda a parte, não só por seu ser e seu poder. Deus está mais próximo de mim do que o ar que respiro ou a água, na qual estou nadando. Onde eu estou e o que eu fizer, Deus, meu Pai, está a me ver… Se é verdade que ele me vê, é verdade, também, que eu o vejo. Ambos os olhares devem encontrar-se constantemente. Não só os olhares dos olhos, mas também os do coração (J. Kentenich, Santa Maria, abril de 1948).

O Pai me ama. Deus é amor, sua essência é amor. Todo amor verdadeiro procede do Pai. O Pai nos ama sempre! Não porque somos bons, perfeitos, belos, mas porque ele é Pai, porque gravou em nós os traços de seu Filho, Jesus. Em cada um de nós, Ele encontra o seu Filho muito amado.

O Pai precisa de mim. Sim, apesar de Deus ser todo poderoso, ele não quer atuar no mundo sem a nossa colaboração. Ele criou-nos livres e não nos salvará se nós não o quisermos. Ele precisa de nós para ir ao encontro do outro, para dizer-lhe que o ama. Deus precisa de nossa disponibilidade, de nosso empenho apostólico, do nosso sacrifício “para completar em nosso corpo o que falta à paixão de Cristo”.

Esta pequena frase “o Pai me vê, me ama, precisa de mim”, é aplicável ao bom Deus, mas também à Mãe de Deus e ao nosso Pai e Fundador! Trata-se de uma linguagem simbólica, característica do pensar orgânico, que une harmoniosamente o natural e o sobrenatural, a idéia e a vida, a causa primeira (Deus) e a causa segunda (o homem e todo o criado).

Como filhos de Schoenstatt: temos um Pai, uma Mãe e uma missão! E para esta missão, o Fundador precisa de nós! Cada um de nós deveria dizer: Eu sou Schoenstatt! Nada em Schoenstatt deve acontecer sem a minha colaboração! Sim a Mãe de Deus e nosso Pai Fundador precisam de cada um de nós! Este é o grande sentido do Capital de Graças. Tudo o que fazemos é colocado nas mãos da Mãe de Deus para que ela atraia a si os corações, os transforme e leve a Jesus.

Certa vez, falando da Mãe de Deus, Padre Kentenich explicou: “Ela nos vê como por um espelho. Ela não é onipresente, como Deus, mas, em Deus, ela nos vê e nos acompanha e sabe tudo de nós”. O mesmo pensamento pode ser aplicado ao nosso Fundador. Em Deus ele nos vê, nos acompanha, sabe e quer saber tudo sobre nós.

A Igreja ensina que as pessoas que morreram continuam sua missão a partir da eternidade. Nosso Pai e Fundador, que recebeu de Deus o carisma e a missão da paternidade, continua a acompanhar seus filhos a partir do céu.

E quando recebermos o símbolo de Deus Pai, acreditamos que, nele, também nosso Pai e Fundador nos visita, vem buscar o nosso capital de graças e nosso empenho por Schoenstatt, para o grande jubileu da Aliança!

Nós não separamos o bom Deus dos homens e nem os homens do bom Deus. Nós os vemos tudo numa unidade. Para que seja mais fácil para nós crermos no amor de Deus Pai, Deus nos enviou um transparente dele: nosso Pai e Fundador. Em Deus ele nos vê! Podemos vê-lo também representado no símbolo do Pai, neste sinal encontrá-lo, e presentear-lhe nosso coração. Podemos dizer que pelos olhos de nosso Pai e Fundador, os olhos paternos de Deus nos contemplam.

No decorrer de sua vida, nosso Pai queria proporcionar a inúmeras pessoas o infindamente grande amor paternal de Deus. Agora, do céu, independente de espaço e tempo, ele pode desempenhar esta atividade.

Em todos os Santuários o olho do Pai nos lembra que ali nosso Pai nos espera, ele quer acolher-nos profundamente em seu coração e, juntamente com a Mãe de Deus, transformar-nos em filhos do Pai, livres e felizes.

Texto: Irmãs de Maria

Fonte: tabormta.org

 

 

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