ARGENTINA, La Plata, Héctor e Norma Pavia •
Há alguns meses atrás decidimos colocar uma majólica com a imagem da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt no pátio da nossa casa, que também é utilizada como um lugar de estacionamento. Este lugar tem duas peculiaridades; uma delas é que quase na parte de trás, há uma balaustrada com um pequeno mármore usado para o decorar com pequenos vasos de flores. A segunda peculiaridade é que pode ser vista da rua e aqueles que o desejem podem observá-la. —
Nestes tempos de pandemia, em que era difícil para a nossa Mãe Peregrina cumprir a sua missão e, praticamente, Ela só saía do nosso Santuário-Lar quando A levávamos a carregar mais “baterias”, mais graças ao Santuário Filial, ocorreu-nos copiar uma velha prática que era muito comum nas casas dos bairros da cidade de La Plata há alguns anos atrás. Nas suas entradas, tinham uma pequena Ermida na parede com a imagem da Virgem Maria nas suas diferentes invocações, bem como a veneração de muitos santos. Esta prática – também conhecida, por exemplo, em Roma e no sul da Alemanha – foi-se perdendo com o tempo na nossa cidade, mas a Mãe Santíssima – não nós – utilizou-a como estratégia para tornar a Sua presença conhecida. Daquele pequeno lugar de flores e plantas, Ela olharia para o passeio e abençoaria aqueles que passassem por ali.
A imagem de Maria aparecia em todo o lado
Ficámos entusiasmados com a ideia e, junto a Ela, a imagem de Maria aparecia em todo o lado. A poucos metros da nossa casa, uma Virgem de Luján acompanhava-nos numa das casas mais antigas do bairro. Numa esquina próxima do bairro havia uma outra majólica de Maria Rosa Mística. Coincidência? Não, de forma alguma. A um quarteirão da minha casa, convivi desde criança com o mosteiro das Irmãs Carmelitas Descalças, pelas quais me tornei muito afeiçoado. Desde esses anos, e até hoje, o acompanhamento dos seus sinos lembra-nos as suas orações por todos nós.
Pouco antes destes tempos e sem conhecer a pandemia que esperava a Humanidade, a minha mulher Norma e eu, decidimos dar às freiras um tríptico de madeira de Nossa Senhora de Schoenstatt, de modo a que estivesse ao lado da venerada Santa Teresa do Menino Jesus, Padroeira das Missões e daí, na companhia da grande “missionária e peregrina”, chegasse ao mundo inteiro a partir das paredes de um convento, fazendo chegar a sua chuva de rosas junto da santa.
A nossa “saída” e a nossa “chegada”
Assim, esta pequena história está a começar, lentamente, a viver no bairro, de modo que, com outras Ermidas privadas, de Infantários e de bairro, que outros irmãos e irmãs da nossa Família promoveram, Ela faça os Seus milagres mais preciosos. Ela já foi vista por aqueles que andam pelo local, alguns falaram da Sua presença e outros irão descobri-la. É a nossa porta da rua, a nossa “saída” e a nossa “chegada”. E, se no futuro fizermos quaisquer alterações à casa, a porta estará sempre aberta ao lado do portão nos dias das Solenidades da Santíssima Virgem para aqueles que A desejarem vir cumprimentar.
Original: espanhol (29/12/2021). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal
