Posted On 2018-05-12 In Vida em Aliança

Com as peregrinações a pé, Gymnich começou a apaixonar-nos

ALEMANHA, Loni Rick e Maria Fischer •

Quando apareceu no correio do escritório editorial de schoenstatt.org o convite para a peregrinação desde a casa de nascimento do Padre Kentenich em Gymnich, através de Marienfeld até à Igreja de Peregrinos de María de los Dolores em Grefrath, no próximo dia 9 de junho, lembrei-me de Camilo Ardissone do Paraguai e da nossa “excursão pelos santuários”, durante as semanas em que ele esteve em intercâmbio escolar perto de Colónia, na Alemanha. —

GymnichContagiada pelo entusiasmo deste jovem de quinze anos pelo Santuário Original e a visita a todos os santuários possíveis, fui capaz de fazer a loucura de conduzir o meu carro apesar da neve e das estradas congeladas, visitando numa só tarde de fevereiro o santuário de Kreuzberg em Bonn e Maria Rast. Conduzi com chuva e temperaturas abaixo de zero fazendo uma maratona de santuários em Schoenstatt, inclusive sonhar em visitar Cambrai e depois nesse solarengo dia de março, uma semana antes do seu regresso ao Paraguai, viajar com ele até Gymnich. “Há lá um santuário?” perguntou-me enquanto viajávamos. Nenhum santuário. E contudo, Gymnich é um santuário. Porquê?, perguntou-me Camilo.

Quando peregrinámos a Gymnich…

E contei-lhe sobre aquelas lendárias peregrinações a pé, no final dos anos setenta e princípio dos anos 80 do século passado (sim, pouco depois da extinção dos dinossauros e muito antes da invenção da internet, Camilo ficou muito surpreendido sobre a vida sem internet), sobre essas peregrinações a pé da juventude e de toda essa viva e grande família de Colónia desses anos, numa época em que não se falava de Gymnich nem da infância de José Kentenich em Schoenstatt. Contei-lhe quando os jovens ficaram uma noite toda na igreja de San Cuniberto, para tirar fotos e santificarem-se com a água benta da pia batismal onde foi batizado José Kentenich e assim, renovar uma Aliança de Amor que sabia muito a aventura, a espírito de cumplicidade e a espírito pioneiro. Falei-lhe sobre as missas nos jardins da casa natal de José Kentenich, que se converteram em tema de conversa na povoação, porque éramos muitos, fazíamos barulho e éramos muito alegres. Contei-lhe histórias destas visitas ao lugar que fala tanto de José Kentenich e de uma geração que se dirigia para essa festa dos 100 anos do nascimento de José Kentenich e que queria conquistar algo dele e da sua missão. Também lhe relatei de como nos esquecemos de levar proteções contra a chuva e da “cozinha de campanha”, já que a gastronomia de Gymnich não estava preparada para visitantes. Camilo e eu esquecemo-nos que ele ainda não tinha nascido nessa época.

Graças à associação de apoio da casa de nascimento do Padre José Kentenich, tem havido várias mudanças: o jardim é um primor, bem como a casa. A ermida no final do jardim é um lugar de encontro: de recordações, do presente e de gerações. Gymnich e a infância de José Kentenich hoje fazem parte de Schoenstatt.

E eles voltam a peregrinar…

Tudo isto tem vida com o poster e o convite nos quais Loni Rick escreve o nome da associação de apoio:

“A peregrinação começa às 9:00 h na casa de nascimento do Padre Kentenich em Gymnich, Kunibertusplatz 9 e a sua primeira estação será Papsthügel em Marienfeld. Ali se celebrará a santa missa.”

Em seguida iremos à  igreja de Peregrinos de María de los Dolores em Grefrath, onde se celebrará a liturgia final. Depois, a “Associação de apoio Padre J. Kentenich” convida a todos os peregrinos para um café com bolo. Para o regresso a Gymnich, há um autocarro a partir das 16:30 h. (custa 5 euros por pessoa). A distância total é de aproximadamente 13 quilómetros. Pedimos que cada um se preocupe em levar água e talvez uma proteção contra a chuva”.

Com as peregrinações a pé, Gymnich começou a apaixonar-nos.

 

Fotos: Camilo Ardissone (Gymnich) e Wikipedia (Papsthügel).

Schoenstatt- Peregrinación 2018- cartel

Original: Alemão 10/5/2018. Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

 

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