ITÁLIA, Pamela Fabiano •
No dia 18 de Dezembro passado, no Santuário Cor Ecclesiae da Via Aurelia Antica, em Roma, a Família romana participou na Aliança de Amor de três meninas da Juventude Feminina.
Há já, alguns anos que, não se selavam Alianças de Amor no Ramo da Juventude Feminina italiana e, não porque a Mater não chamasse a Si os corações das meninas, pelo contrário! O desejo de confiar a vida, com toda a bagagem que isso traz consigo, a Nossa Senhora e, de se deixar educar por Ela, era muito forte na Rossella, na Chiara e na Claudia – estes são os seus nomes – mas, várias circunstâncias tinham, digamo-lo assim, atrasado a corrida em direcção a este grande momento.
O Pe. Ludovico Tedeschi de novo em Roma
A crónica do serão é muito simples de alinhar. Chegados ao Santuário vindos de várias partes de Roma, correndo ofegantes como sempre, no meio de tráfico do cair da tarde e das festas natalícias e, acolhidos pelas Irmãs, os membros do Movimento, os amigos e os familiares convidados das meninas reuniram-se, todos, no Santuário, onde encontraram com alegria e emoção o Pe. Ludovico Tedeschi, regressado da Argentina para ficar em Roma algumas semanas com os Padres. O Pe. Ludovico – que partiu há um ano, depois de ter estado connosco mais de dez anos – incorporou-se na celebração da Missa presidida pelo Pe. Alfredo Pereira que, agora, é o responsável do Movimento, em Itália e o Assessor da Juventude. O momento da Aliança foi muito comovente para muitos mas, sobretudo, para quem isto escreve!
A Aliança selada pelas “minhas” meninas deu um novo brilho e força também à minha vida
Ter preparado as meninas durante meses, guiada por D. Maria Julia de Almeida e, por D. Vera Lucia Mangas, foi uma experiência que, posso definir – sem falsa retórica – salvífica. Imagina um encargo, uma tarefa que te é confiada, uma situação que não quiseste e que, por qualquer misterioso motivo, se revela ser, exactamente, o que necessitavas naquele momento…bem, sem entrar nos detalhes da minha vida (que não interessam para a finalidade deste artigo), posso afirmar com toda a certeza que, a Aliança selada pelas “minhas” meninas, há um mês apenas, deu um novo brilho e força também à minha vida. Este pequeno relato não quer, porém, ser o habitual testemunho meloso da habitual pretensa grande cristã, não isso não teria nada a ver com o nosso estilo schoenstatteano!
Um equilíbrio perfeito entre liberdade, vontade e Graça
É, antes, uma meditação, a partir da experiência vivida, sobre uma condição do humano. E, isto é, neste caso, uma meditação muito breve sobre a acção salvífica de Deus, que é mais conhecida, também, com o nome de Graça.
O Pe. Kentenich convida-nos a escutarmos, sempre os sinais dos tempos, a “pôr a mão no pulso do tempo” para identificarmos o que Deus nos quer dizer e dar, naquele preciso momento da nossa vida, do nosso caminho. Só com uma escuta atenta e profunda, podemos aprender a identificar qual a acção que Deus preparou para nós e, apenas, para nós e acolhê-la. Claro, a minha salvação dependerá, totalmente, da minha vontade e da minha liberdade de a acolher e de a identificar mas, é também e, em primeiro lugar uma conquista da Graça. O Pe. Kentenich com o seu método pedagógico e os seus originais estudos sobre o ser humano e sobre a sua relação com o divino, ajuda-nos a destrinçarmo-nos na selva das incertezas, das indecisões e, mostra-nos um caminho que pode ser cruzado por todos, no qual, olhando Maria como modelo e abandonando-se a Ela, expressamos o mais alto nível de liberdade na adesão à proposta salvífica de Deus.
É um equilíbrio perfeito entre liberdade, vontade e Graça que torna fascinante e entusiasmante o percurso da vida, que faz de homens e mulheres normais, verdadeiros “filhos de Deus”, dignos deste nome! A Aliança de Amor traz consigo, também, esta consciência e, faz de normalíssimas raparigas romanas, jovens mulheres muito especiais, conscientes de si próprias e do amor de Deus por elas, dispostas a dizer “Sim” à proposta salvífica de Deus para elas.
