ALEMANHA, Maria Fischer •
Com uma recepção tão colorida e diversificada como a vida no Kreuzberg de Bona, o novo director-geral da Kreuzberg Bonn e.V. foi recebido na noite de 24 de Outubro. Roberto M. González, que assumiu funções a 1 de Outubro, foi apresentado às pessoas ligadas ao Kreuzberg. “Ainda tenho muitas ideias novas, mas devem continuar a ser uma surpresa!”, disse ele. No entanto, esta noite, ele já ofereceu uma série de surpresas. —
“Dos corredores do Supremo Tribunal em Assunção e dos corredores PT da prisão onde trabalhei como advogado aos corredores do instituto de línguas nos telhados de Bona”: a mudança, disse Roberto M. González, foi definitivamente um desafio.
Conversas animadas mesmo antes de começarem
Comunidade internacional de aprendizagem diversificada
Desde há um ano, Roberto – que também aprendeu alemão no instituto de línguas especializado em alemão como língua estrangeira – tem-se dedicado a tarefas verdadeiramente diversificadas. Uma novidade: um sul-americano à frente de uma escola de língua alemã onde pessoas de mais de trinta países se debatem com der-die-das, tremas e gramática de frases aninhadas para encontrar alegria na língua da ciência, dos poetas e dos pensadores. Estudantes que aprendem alemão para trabalhar na Alemanha (durante algum tempo) ou para estudar e trabalhar no seu país de origem com conhecimentos de alemão. Estudantes que tornam Kreuzberg, com a sua igreja barroca de peregrinação e o Santuário de Schoenstatt, consagrado em 1986, conhecido em todo o mundo.
“Aprendi alemão lá”, escreve Ani Souberlich, directora da Casa Mãe de Tupãrenda, no Paraguai. “É um sítio muito bonito, com um Santuário ao lado e muitos jovens de todo o mundo a estudar lá. – O instituto de línguas tinha excelentes professores”, recorda Manuel Huapaya, director da Caritas Peru.
Doze nações em dez bancos
Na igreja barroca de Kreuzberg, com a sua réplica da “Escada Sagrada” de Balthasar Neumann, que, como salientou o presidente da Kreuzberg Bonn e.V., Thomas M. Butz, embora pertença a Kreuzberg, é propriedade do Land da Renânia do Norte-Vestefália (“felizmente”), reuniram-se os convidados, a maioria dos quais já estava a conversar animadamente no exterior. Eventos festivos como este, concertos, serviços religiosos – desde que o Instituto Secular dos Irmãos de Maria de Schoenstatt está activo em Kreuzberg, esta igreja com a sua tradição secular de
Os convidados, disse Butz, eram um reflexo da diversidade deste lugar – padres, freiras, estudantes e antigos estudantes, membros do Instituto dos Irmãos de Maria de Schoenstatt como mecenas, professores e funcionários honorários, empregados da casa, membros de Movimentos espirituais, schoenstatteanos (entre eles, até um “sobrevivente” daquelas “Marchas de Jericó” que a então numerosa Família de Schoenstatt de Bona fazia uma vez por mês, aos Domingos à tarde, com vento e mau tempo, rezando e cantando bem alto pelo terreno, quando este ia ser adquirido. A súplica fervorosa da menina de dez anos na altura: Querido Deus, não me deixes encontrar aqui com nenhum dos meus companheiros e dá-lhes o terreno para que isto acabe! Ambas foram ouvidas).
Doze nações reuniram-se em dez bancos nessa tarde: Polónia, Chile, Paraguai, Polónia, Filipinas, República Dominicana, Benim, Alemanha, Índia, Suíça, Congo… Diversidade é também tudo o que se ergue, vive e trabalha aqui no terreno: casa de estudos, escola de línguas, igreja, parque, Santuário, o Estado da Renânia de Norte-Vestefália como proprietário da igreja, peregrinos, caminhantes, passeantes, excursionistas…
Thomas Butz, Roberto González
Agradecimentos ao anterior Director-Geral Dietger M. Kuller
Uma nova nomeação é sempre também uma despedida. Thomas Butz agradeceu a Dietger M. Kuller, que dirigiu a escola internacional de línguas durante onze anos e que tornou muitas coisas possíveis, não só em numerosas renovações, mas também na configuração da vida no local em tempos de mudança, mais recentemente durante a pandemia.
Georg Slotosch, director da escola de línguas, juntou-se aos agradecimentos, sublinhando sobretudo as soluções criativas e flexíveis encontradas e implementadas em conjunto durante o período do Coronavírus. “Aprendemos ali que também é possível fazer as coisas de forma diferente do habitual.
Dietger M. Kuller, por sua vez, agradeceu às equipas da casa e da escola de línguas, ao Dr. Menke, que sempre celebrou os serviços aqui, aos professores, às Irmãs e ao organista Sr. Henn, que se encarregou do acompanhamento musical do momento.
Dietger M. Kuller cede o testemunho após 11 anos
“Continuo a ter uma série de ideias, mas também tem de haver algo que fique como surpresa”
As exigências em matéria de aprendizagem de línguas, bem como as expectativas dos alunos, mudaram, afirmou no final o novo Director Executivo, Roberto M. González. É por isso que estão a ser desenvolvidas novas formas de cursos de línguas, há ideias para salas de aula e áreas comuns, e está também a pensar em novos elementos de aprendizagem comunitária num local onde jovens de muitas culturas e povos vivem juntos durante algum tempo. Kreuzberg deve tornar-se cada vez mais uma casa, um lugar de encontro e de peregrinação para os seus diversos visitantes e amigos. O seu desejo: que encontros tão diversos como o desta noite sejam possíveis aqui, cada vez com mais frequência. E muitos antigos alunos – não da escola de línguas, mas da Universidade de Bona – pensaram nas reuniões do círculo universitário (“onde também se podia trazer com segurança colegas sem ligação a Schoenstatt”) até bem depois da meia-noite, já então, no final dos anos setenta, muito internacionais e sinodais com temas que só aqui eram tratados. Isso era “Kreuzberg”.
Neste dia 24 de Outubro houve encontros deste tipo até altas horas da noite na área social com champanhe e finger food na casa de estudos.
Santuário de Schoenstatt Kreuzberg Bonn. consagrado em 1986
Original: alemão (27/10/2023). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal
