ARGENTINA, Paula e Marcos Firenze •
Este ano, nas Missões Familiares de Córdoba, a Mater surpreendeu-nos a todos com grandes mudanças. Tivemos a participação de muitos jovens. Mais de 50% dos membros da missão tinham menos de 18 anos de idade. —
Saímos da cidade de Córdoba no sábado 18 para Saturnino María Laspiur, uma cidade a 194 km a leste, na região central da Argentina. Estávamos a iniciar o nosso terceiro ciclo de missão. Estas são as nossas sétimas Missões Familiares.
Renovação com os nossos heróis
Nos anos anteriores, demos o nome do pai, de cada família, às famílias envolvidas. Desta vez, escolhemos dar-lhes o nome de alguns dos heróis de Schoenstatt. No Ano da Mulher no Movimento, demos o nome de Margarita a uma das famílias, tendo como heroína a Irmã Margarita, uma Irmã de Maria de Tucumán, que morreu há vários anos, ainda muito jovem. O resto das famílias eram “Reinisch“, “Eise” e “Engling“. A formação destes grupos/famílias dura todo o ciclo, incentivando assim a que haja mais pais e famílias em rotação.
Outra grande surpresa que Maria nos presenteou foi o acolhimento que o povo de Laspiur nos deu. Queremos sublinhar não só cada pessoa que nos abriu o seu coração durante a missão, mas também a presença do Padre Pablo Villosio, que se tornou mais um missionário, acompanhando-nos dia após dia. Maria multiplicou esta graça por três, já que tivemos a bênção de poder ir a mais duas cidades que formam uma grande comunidade pastoral. Partilhámos a alegria de Maria em Colonia Prosperidad e em Las Varas.
Missão no interior: comer, limpar, acomodar… e rezar.
Como em toda família, alguém tinha que ser responsável pela limpeza, cozinha e acomodação, além de cuidar dos que estavam lá fora a missionar ao calor ou à chuva.
Portanto, decidimos que uma família inteira ficaria todo o dia dentro da escola onde estávamos hospedados. Esta família estava encarregada de todas as refeições, limpeza e montagem da escola, e se sobrasse tempo, rezariam no Santuário-Lar montado para a missão. Foi uma decisão arriscada que se revelou ser muito boa.
Isto também nos permitiu, como acontece na vida diária, crescer e multiplicar-nos internamente enquanto realizávamos as nossas actividades diárias.
Para relaxar depois do atarefamento do dia, éramos esperados com alguns jogos à noite para nos divertirmos em família.
O nosso capitalário, uma árvore simbólica e criativa
Para podermos contribuir, dia a dia, com os nossos esforços, alegrias, dificuldades e tristezas para o Capital de Graças de Maria, decidimos plantar “uma árvore simbólica” e usá-la como um capitalário.
Para fazer isto, um dia, colocámos terra num balde no Santuário-Lar. Depois plantámos a semente simbólica e regámo-la. Depois fertilizámos o solo e regámo-lo novamente até a árvore “emergir”, feita de um tronco com ramos. Depois adicionámos folhas de papel e flores como decoração e símbolo das nossas contribuições para o Capital de Graças.
Como lembrança da nossa missão, plantámos uma árvore verdadeira no parque da capela, como símbolo de todos os nossos esforços e dos do povo por nos acolher.
Actividades com o povo
Fomos abençoados por poder sair todos os dias em missão de casa em casa. Todos saíamos pela manhã, e à tarde, aqueles que não estavam envolvidos em actividades específicas também tiveram a oportunidade de continuar com a missão. Como na nossa missão há crianças, jovens, adultos, avós, mães e pais, os tempos são flexíveis para que cada um possa dar até ao limite das suas possibilidades (não podemos todos fazer a mesma coisa ou suportar o mesmo ritmo).
Durante a tarde, dentro da escola, tínhamos actividades programadas para as crianças. Eram muito concorridas e também muito divertidas.
Os adultos puderam desfrutar de “mateadas” (NR: encontros onde as pessoas falam enquanto bebem mate) com as pessoas da povoação que nos visitavam. Foi uma experiência muito enriquecedora.
Maria chama-nos e espera por nós
O último dia foi muito especial, fechámos a missão com uma bela Missa com muita gente e um coro espectacular. Como já vos dissemos, plantámos uma árvore verdadeira para que cresça junto à nossa missão ao lado da capela.
O povo de Laspiur e as pequenas comunidades de Prosperidad e Las Varas despediram-se de nós com um jantar partilhado.
Quando voltámos à escola, realizaram-se as actividades de encerramento e de despedida. A última oração foi no Santuário-Lar da missão, embora não fosse uma despedida, mas um “até à próxima missão”.
Maria está à espera que nos tornemos novamente os Seus pés e que A levemos de casa em casa, que partilhemos as alegrias da saúde e do sucesso, que ouçamos histórias difíceis e que sirvamos de ombro para continuar a caminhar, para evangelizar e para partilhar a Boa Nova do Senhor.
Em Córdoba, Ela espera-nos no seu Santuário para reacender o nosso fogo missionário.
Original: espanhol (23/2/2020). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal