Posted On 2020-06-21 In A Aliança de Amor Solidaria em tempos de coronavírus, Madrugadores, Schoenstatt em saída

Crescer e ser fecundos na adversidade…

INTERNACIONAL – MADRUGADORES, Octavio Galarce Barrera •

29 de Abril e 2 de Maio são duas datas que permanecerão na história dos Madrugadores como dois acontecimentos que marcam decisivamente um antes e um depois. Os ecos que provocaram, primeiro, a carta de resposta com a letra do Papa Francisco e, depois, a menção dos Madrugadores na sua saudação introdutória à Missa celebrada na capela da Santa Casa de Marta, no Vaticano, continuam a ressoar e a provocar reacções de todo o tipo. Sem dúvida, foi um grande “elogio” que projectou esta experiência pastoral, que convoca os homens, em áreas em que até agora não se podia chegar com tal amplitude e com uma cobertura mundial. Basta lembrar que no dia 2 de Maio havia cerca de 170 000 pessoas, de todo o mundo, ligadas pela Internet, a participar na Eucaristia celebrada pelo Papa. —

Oração Internacional do Terço

Desde 22 de Abril, como comunidade internacional de “Madrugadores” organizamo-nos para rezar o Terço às quartas-feiras às 20 horas do país anfitrião o que provoca diversos fusos horários nos 16 países onde existem comunidades de Madrugadores. Até hoje, 9 países anfitriões orientaram a oração do Terço, partilhando a sua história e a riqueza da oração com todos. Significativamente, duas quartas-feiras seguidas foram quando os Madrugadores de Portugal e de Espanha se revezaram. Ouvir diferentes sotaques e pequenas variações nas orações que foram incorporadas fez-nos sentir a universalidade da nossa Fé e também a riqueza que trazem no seu conjunto.

Cada país que, até agora, teve de se organizar, internamente, para orientar o Terço está grato pela oportunidade que aproveitou para reforçar os laços de vinculação interna com as comunidades locais, algumas das quais não dispunham de um canal de comunicação tão expedito como agora dispõem.

Frutos da oração comunitária

Quer através de contactos gerados de homens que se juntaram à oração do Terço, quer por outros meios, 6 são os países que estão em vias de fundar as suas comunidades: República Dominicana, Guatemala, Honduras, Panamá, Venezuela e Canadá, cada um em fases diferentes, umas mais avançadas do que outras. Existem outros contactos de outros países, mas ainda na fase de “showcase”.

Projecções como a exposta na crónica da comunidade de Madrid, publicada por estes dias nesta mesma página, são muitas e algumas delas começam já a materializar-se, pelo menos de uma forma gradual. Há muito entusiasmo e a convicção total de que este tempo de Pandemia foi para esta corrente de vida um tempo de muita fecundidade, tanto na expansão como no aprofundamento dos laços entre as comunidades que já existem no mundo.

O tempo de passar pelo “deserto” ou de nos retirarmos para o silêncio, como Jesus fez com os seus, trará sem dúvida maior fecundidade ao que fazemos, mas só se agirmos em conformidade e se formos fiéis às nossas aspirações e aos nossos sonhos. Em suma, só se formos capazes de assumir a tarefa que Deus nos indica e nos mostra tão claramente.

Chile, Puerto Montt

Muita vida e também expressões de solidariedade

Há iniciativas de todos os tipos que geraram alguns Madrugadores, em particular, em conjunto com outros, ou com as suas próprias comunidades de base.

Já quase não há Madrugadas virtuais que não tenham convidados, seja dos seus próprios países, seja de todo o mundo. Todos os sábados, há Madrugadas que utilizam a plataforma Zoom, Google Meet ou outra alternativa; muitas são transmitidas no Facebook, e algumas são carregadas no seu próprio canal no Youtube. A oração do Terço durante a semana, independentemente do apelo internacional de quarta-feira, tem também convites abertos e outros muito limitados às suas próprias comunidades. Comunidades que se organizaram para levar uma palavra de encorajamento à prisão, às pessoas privadas de liberdade, convidando-as a rezar juntas ou a visitar os lares de idosos.

Há também reuniões de conversação em torno de algum tema específico; testemunhos de vida.

Certamente também noutros lugares, aqui no Chile, há muitas comunidades que se organizaram para trazer alguém em particular ou alguns grupos mais necessitados, a tão necessária ajuda na alimentação e também com contribuições em dinheiro; há muitos que perderam a sua fonte de trabalho e já não têm o básico para passar o dia. A ajuda nas casas de repouso, a ajuda às pessoas que vivem na rua, as panelas comuns nos refeitórios abertos, tudo isto dá conta de uma delicada preocupação com os abandonados, que deve ser cuidada. E, sem dúvida, muitas outras iniciativas anónimas que só Deus conhece.

Alguns países estão lentamente a regressar a um certo grau de “normalidade”. Outros, especialmente deste lado do mundo, ainda têm tempos de confinamento e cuidados; teremos de ver como poderemos continuar a utilizar melhor este tempo supostamente “não-fértil”, como tem acontecido até agora.

 

 

Original: espanhol (19/6/2020). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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