Alegria en la diversidad

Posted On 2024-01-10 In Francisco - Mensagem, Igreja - Francisco - movimentos

Francisco pede que rezemos “pelo dom da diversidade na Igreja”

O VÍDEO DO PAPA, equipa •

No Vídeo do Papa de Janeiro, Francisco encoraja “a reconhecer o dom dos diferentes carismas nas comunidades cristãs e a descobrir a riqueza das diferentes tradições rituais na Igreja Católica”. A intenção do Santo Padre torna-se um apelo emotivo: “não devemos ter medo da diversidade dos carismas na Igreja”.

Os cristãos precisam de compreender e viver “o dom da diversidade na Igreja”. Esta é a intenção premente de oração que o Papa Francisco partilha no primeiro Vídeo do Papa do ano.

A alegria na diversidade

Como schoenstatteanos, podemos e devemos alegrar-nos especialmente com este apelo do Papa. Porque o nosso Schoenstatt é o lugar ideal para aprender e treinar a alegria da diversidade de carismas. A partir desta alegria pela diversidade de carismas (nós temo-la, não é verdade?) aproximamo-nos dos membros de outros Movimentos, Comunidades religiosas e estilos de fé com admiração e respeito, sem correr o risco de querer ou precisar de copiar o que os outros fazem (ou não fazem). A diversidade de carismas em Schoenstatt expressa-se nos diferentes Ramos e Comunidades com as suas variedades e graus de compromisso apostólico e comunitário, com as suas diferentes culturas, projectos e formas de viver apostolicamente. Um missionário da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt expressa o seu compromisso de Schoenstatt (= compromisso missionário) de uma forma diferente de um membro do Instituto das Famílias, mas ambos são schoenstatteanos, cujo valor só pode ser medido – se se quiser medir – exclusivamente a partir das contribuições para o Capital de graças que só a Mãe Três Vezes Admirável conhece.

A diversidade de carismas na Igreja

Na mensagem de vídeo, o Papa Francisco, através da Rede Mundial de Oração do Papa, encoraja a: “reconhecer o dom dos diferentes carismas nas comunidades cristãs e a descobrir a riqueza das diferentes tradições rituais dentro da Igreja Católica”. “Não devemos ter medo da diversidade de carismas na Igreja.” A diversidade de carismas, de tradições teológicas e de rituais é algo positivo. Nunca deve ser causa de divisão. Pelo contrário, “devemos alegrar-nos por vivenciar esta diversidade”, explica o Papa na mensagem com que comenta a intenção de oração que propõe para o mês de Janeiro de 2024.

A mensagem de Francisco

Não devemos ter medo da diversidade de carismas na Igreja. Pelo contrário, devemos alegrar-nos por vivenciar esta diversidade.
Já nas primeiras comunidades cristãs, diversidade e unidade estavam muito presentes e numa tensão que deve ser resolvida a um nível superior.
Mais ainda. Para avançar no caminho da fé necessitamos também do diálogo ecumênico com os irmãos e irmãs de outras confissões e comunidades cristãs.
Não como algo que confunde ou incomoda, mas como um dom que Deus dá à comunidade cristã para que cresça como um só corpo, o corpo de Cristo.
Pensemos, por exemplo, nas Igrejas Orientais. Têm as suas tradições próprias, ritos litúrgicos característicos, mas mantêm a unidade da fé. Reforçam-na, não a dividem.
Se formos guiados pelo Espírito Santo, a riqueza, a variedade, a diversidade nunca provocam conflito.
O Espírito recorda-nos que, acima de tudo, somos filhos amados de Deus. Todos iguais no amor de Deus e todos diferentes.
Rezemos ao Espírito para que nos ajude a reconhecer o dom dos diferentes carismas nas comunidades cristãs e a descobrir a riqueza das diferentes tradições rituais dentro da Igreja Católica.

A riqueza das Igrejas orientais

O Papa Francisco menciona, em particular, as Igrejas orientais: “Têm as suas tradições próprias, ritos litúrgicos característicos, mas mantêm a unidade da fé. Reforçam-na, não a dividem”.

Em comunhão com Roma, há numerosas Igrejas orientais, como são os católicos bizantinos, a Igreja Greco-católica ucraniana ou a Igreja Greco-melquita. Outros exemplos da diversidade de ritos no seio do catolicismo são a Igreja Siro-malabar e a Igreja Católica Siro-malancar, surgidas ambas na Índia; a Igreja Maronita, de origem libanesa; a Igreja Católica Copta, de origem egípcia; a Igreja Católica Armênia; a Igreja Caldeia, predominante no Iraque; assim como a Igreja Católica Etíope-Eritreia, entre outras.

Por isso, explica o Papa Francisco, “se formos guiados pelo Espírito Santo, a riqueza, a variedade, a diversidade nunca provocam conflito”. “O Espírito recorda-nos que, acima de tudo, somos filhos amados de Deus. Todos iguais no amor de Deus e todos diferentes”.

Como os primeiros cristãos

Como lembra o Papa Francisco, “já nas primeiras comunidades cristãs, diversidade e unidade estavam muito presentes. Mais ainda. Para avançar no caminho da fé necessitamos também do diálogo ecuménico com os irmãos e irmãs de outras confissões e comunidades cristãs”.

“Não como algo que confunde ou incomoda – esclarece o Papa –, mas como um dom que Deus dá à comunidade cristã para que cresça como um só corpo, o corpo de Cristo”.

Unidos diante da cruz

O fio condutor do vídeo do Papa deste mês é a cruz, símbolo de unidade e diversidade: uma cruz que aparece nas portas, nas montanhas, nas igrejas, para mostrar a riqueza das diferentes comunidades cristãs, precisamente nas suas diferenças. “A cruz não é a vara dos romanos, mas o madeiro no qual Deus escreveu o seu Evangelho”, escreveu a poetisa Alda Merini; é muito mais que um objeto de devoção, em suma, o mistério de amor diante do qual se encontram todos os cristãos, para além da sua confissão, tradição e rito.

O Papa Francisco faz um apelo a que, na diversidade, “a comunidade cristã cresça como um só corpo, o corpo de Cristo”. Por isso, o vídeo termina com a imagem de uma enorme cruz formada por milhares de cristãos de diversas origens, retomando metaforicamente o apelo do Santo Padre.

O mês de janeiro é marcado, no hemisfério norte, pela Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que neste ano se celebra com o lema “Amarás o Senhor teu Deus… e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lucas 10, 27).

Conhecer e reconhecer a diversidade de carismas

O Padre Frédéric Fornos S.J., Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, sublinha “que a diversidade de carismas, de tradições teológicas e rituais na Igreja Católica é algo positivo. Também há muitas tradições espirituais, como as promovidas por ordens e congregações religiosas. Deus ama a diversidade, é sinal da presença do Espírito Santo.É assim que nos conduz à plenitude da verdade, a toda a largura, altura e profundidade do seu amor. Por isso, diz o Papa Francisco, “devemos alegrar-nos por vivenciar esta diversidade.” A nossa fé cresce quando nos abrimos a esta diversidade, também ao “diálogo ecumênico com os irmãos e irmãs de outras confissões e comunidades cristãs”. Não é algo que “confunde ou incomoda”, insiste o Papa, mas “um dom que Deus dá à comunidade cristã para que cresça como um só corpo, o corpo de Cristo”.

Este mês rezemos para que o Espírito Santo nos ajude a reconhecer o dom da diversidade, a descobrir a sua riqueza, a acolher o outro e dar graças.

 

Coordenação da tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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