Posted On 2014-10-13 In Artigos de Opinião

Com o rouxinol e a cotovia

EM POUCAS PALAVRAS. Pe. Joaquin Alliende. Já não faltam mais que dias, horas. Estamos a viver uma espécie de Advento, isto é, um anseio intenso de que o céu nos presenteie o orvalho de uma nova primavera inexorável. Assim, o acreditamos, desde uma esperança que trata de ser humilde e audaz. Nestes últimos dias de preparação, ouve-se repetidamente a palavra “autenticidade”. Muitos também desejaram incluir um pedido de perdão.

 

 

O tema da pequenez e do pecado não é tangencial. É uma parte do próprio núcleo da Aliança de Amor histórica. Quando se fez a lista dos primeiros fundadores para os cinzelar sobre o mámore negro, na parede interior do Santuário surgiu uma discussão. Alguns jovens quiseram deixar de fora o nome de um deles. Tinha-se suicidado na enlouquecedora frente da guerra. O nosso Pai reagiu :”É indispensável que se inclua o seu nome. A sua fragilidade é um símbolo de que Maria escolheu refugos, só refugos para fundar a Sua Obra.” Pequenez, mistério e pecado também.

O nosso Fundador em Dachau experimentou o impulso interior de implorar perdão e ditou a um dos seus secretários clandestinos: “Rainha perdoa o que pecámos por omissão: porque não crescemos em magnitude nem em profundidade e não abrimos mais amplamente as portas de Schoenstatt” (RC 544)

Dentro de uma semana, nos quatro pontos cardeais do orbe , festejar-se-á a Aliança de 18 de Outubro de 1914. Todos procuraremos ir com a fatiota adequada. Não nos vestiremos segundo a recomendação de Jesus no Evangelho, levaremos “roupa de festa” … “roupa de ver a Deus…”. Ater-nos-emos a duas regras: Um; não nos adornarmos com as filactérias, as ostentosas fitas dos fariseus auto – suficientes, que não experimentam a necessidade de ser perdoados e de agradecer com modéstia a Deus; Dois; No possível ninguém irá vestido de luto, nem com roupa de trabalho, nem de tempos muito anteriores. “Fato de Bodas de Ouro”.

As cotovias só cantam quando sobem para o espaço. Ao rouxinol só o ouvimos na solidão mais densa. No alto de cada Santuário, no próprio instante dos cem anos exactos, cantarão alegremente, à vista de todos, um rouxinol e uma cotovia. Só então, a pequena música de cada campanário schoenstatteano se unirá à dos pássaros silvestres. Será um Magnificat comovido e um envio de porvir.

 

Original: espanhol – Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

0 Responses

  1. RODRIGO MENDES PEREIRA says:

    Louvado seja Deus por esta linda Obra de Amor! Gostaria muito de conhecê-la mais de perto e poder, de alguma forma, parcitipar. Eis o meu facebook: Rodrigo Pereira (Avaré-SP).

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