Posted On 2014-10-13 In Jubileo 2014

Há fogo em mim

CORRIDA DA TOCHA 2014, mda. „Que significa ser um corredor da tocha? Há relâmpagos e trovões e apesar disso: nós levamos os pedidos e fazemos o nosso caminho. Seguir em situações difíceis e nunca desistir. São 02h06 (da madrugada) e nós partimos do Km 454 … apesar da tempestade…“ Isto é a Corrida da Tocha 2014 – nestas horas, no planalto de Pisa, em Itália, depois de um noite de chuva e de trovoada, e depois de um dia de Corrida da Tocha comovente, na Praça de São Pedro e em Belmonte, onde todos os peregrinos que participarem na «Semana do Jubileu de Roma» hão­‑de ir, e poderão sentir alguma coisa do fogo da Corrida da Tocha, do fogo do século que começa e da força da Aliança de Amor: “Há momentos em que tu estás completamente em baixo e que parecem nunca mais acabar. Mas então, pensas no porquê de estares ali, no porquê de estares a correr, e isso dá­‑te força e sentes­‑te como se pudesses correr até Schönstatt sem parar… “

Em muitos Santuários de Schönstatt e em alguns Santuários­‑Lar arde a vela com o símbolo da Corrida da Tocha. Amigos e entusiastas seguem a Corrida da Tocha nos monitores e nos telemóveis, através de sites em diferentes línguas, App, Blog, Facebook e schoenstatt.org, rezam, agradecem, deixam­‑se inflamar, correm connosco espiritualmente.

Famílias sul­‑africanas em in Valle di Pompei, Famílias de Schönstatt na Praça de São Pedro e em Belmonte acompanham­‑nos directamente. E centenas de pessoas estão presentes através dos pedidos… É a «Corrida da tocha de todos nós 2014».

As intenções, os pedidos, dão sempre uma nova força, mesmo quando já não se pode mais

“Muito cansativa, mas infinitamente rica em experiências loucas“, assim descreve a Corrida da Tocha Alex Paul, da Alemanha. José Ignacio Escobar, da Argentina, fez no dia 10 de Outubro a sua primeira corrida: „Foi um dia especial, pois fui eu a correr. Tudo foi tão especial porque foi o meu primeiro dia. O melhor foi a chegada à Praça de São Pedro, onde todos nos esperavam. Aí senti­‑me completamente como Jovem de Schönstatt“.

Matthias Neuwirth, da Alemanha: “É a minha primeira Corrida da Tocha e não sabia nada do que me iria acontecer. Também entrei directamente na corrida e a vivência foi muito impressionante.”

E Moritz, da Alemanha, que terminou a sua etapa completamente estafado e sem folgo, chega mesmo a dizer: “Não importa o que é, não importam as dores que se têm, um servo de Maria nunca vai perecer. As intenções, os pedidos, dão sempre uma nova força, mesmo quando já não se pode mais.” A Corrida da Tocha é isto!

„Hallo toda a América Latina, eu sou José Ignacio Bazzoli, de Mendoza, Argentina. É incrível como hoje fiz a minha primeira etapa; sinto as pernas muito cansadas, mas o coração fortalecido. Mando uma saudação para toda a minha família, amigos e para a minha noiva, cuja falta sinto muitíssimo. Um beijo grande. Mas vamos seguir em frente! O Santuário forja vida em Aliança!“

Roma – a partir daqui

No ano 2009 foi o fim, no ano 2014 é o princípio, com a bênção da tocha pelo Papa Francisco, a 8 de Outubro, e uma etapa intermédia a 10 de Outubro: a Praça de São Pedro, a Praça diante do Santuário de São Pedro, como a Rádio Vaticano sempre a denomina há alguns meses a esta parte. Esperado pelos outros corredores, o grupo de corredores chegou a este local, o centro da Igreja. Daqui foi o fogo da Aliança de Amor lançado a 8 de Outubro para o novo século. A partir daqui vai para Schönstatt. Regresso da Tocha de 2009. Símbolo para a graça de 2014? Para a renovação de Schönstatt na corrente da renovação da Igreja, através do Papa Francisco – na corrente daquela renovação que o Padre Kentenich depois do Concílio Vaticano II expressou nas palavras que o Papa Francisco hoje pronuncia e começa a tomar forma não em último lugar no Sínodo que acontece ao mesmo tempo que a Corrida da Tocha e a celebração do Jubileu de Schönstatt, num espírito de abertura e de liberdade que a muitos pode tirar a respiração…

À tarde santa Missa no «Santuário de todos nós», Belmonte – o Santuário que está exactamente para este Schönstatt no meio da Igreja e da sua corrente de vida. A Família de Schönstatt italiana e os schönstattianos de Belmonte são os anfitriões.

E depois continua­‑se na direcção de Schönstatt…

A Corrida da Tocha entusiasma

No meio da pampa italiana, algures entre o Km 370 e o Km 400: A carrinha dos corredores e o carro com a câmara (de reportagem) esperam no ponto de passagem do testemunho e eis que um carro se aproxima, pára e pergunta o que é que está ali a acontecer. Quando a mulher foi informada do que a Juventude estava a fazer, estacionou para ver a passagem e depois quis saber mais sobre o projecto. A Corrida da Tocha entusiasma

Um dia normal (!?)  na vida do Corredor da Tocha

„Ser Corredor da Tocha e levar a tocha para a frente sempre a correr, parece ser sobretudo fisicamente muito desgastante. Mas que por cima disto ainda apareçam outros desafios, é o que mostra a minha etapa de hoje .

2h15: Toca o despertador. Depois de cerca de uma hora e meia de sono. Cansado, mas cheio de esperança salto da cama relativamente bem. Acordo o grupo e começamos a carregar a carrinha dos corredores com tudo oque é necessário. Tudo de acordo com o plano.

2h55: Arranque: O carro dos corredores não quer pegar e nós temos que sair dentro de cinco minutos. Portanto: Empurrar. Durou 10 minutos até que o carro pegasse e nós já estamos quentes para acorrida.

3h20: O carro pára na berma da estrada para filmar os corredores. De repente pára junto de nós um carro dos Carabinieri e dois polícias dirigem­‑se a nós. O nosso nível de adrenalina dispara. Que querem eles de nós? Ainda agora não sabemos, pois as barreiras da língua eram demasiado altas. Por fim deixaram­‑nos correr.

4h00: O aparelho de GPS diz: Virar à esquerda. Eh, mas onde? Sim, por este atalho aqui. Tentamos e seguimos com o carro o nosso Navigator. Corredores e bicicletas atrás de nós. Está escuro, há neblina, e o combóio é cada vez menos combóio e mais combóio fantasma. De repente surgem diante de nós, como vindos do nada, dois olhos. À luz dos nossos faróis vemos um cão selvagem. Um cão? Não, pelo menos 20! (Isto não é nenhuma piada e também não é exagero; é a pura realidade). Furiosos, ladram contra nós e exaltados temos que reflectir sobre o que havemos de fazer. Esconder­‑nos – com a tocha é difícil; fugir – nem pensar; lutar – contraproducente. Só resta uma coisa: Os corredores e os ciclistas têm que vir para o carro. Começam os primeiros preparativos para o salvamento, mas então acontece o milagre: O corredor não pensa de modo nenhum em acobardar­‑se. Levado pelos pedidos, ele corre, corre mais, e os cães batem em retirada e o perigo passou.

7h15: Fazemos a passagem da tocha e de tudo o mais ao grupo seguinte de corredores e dirigimo­‑nos completamente extenuados, mas contentes, para o próximo alojamento.

10h00: Finalmente na cama.

16h00: Entretanto uma grande parte do grupo já chegou e ocupou o alojamento. Comemos um almoço frugal e depois ainda vamos ver o mar.

21h00: Encontram­‑nos para a oração da noite na capela. Deixo que me passe pela cabeça ainda mais uma vez todo o dia rico em acontecimentos e agradeço por isso, por podermos terminar à noite contentes e com saúde.

23h00: Tarefas, como por exemplo escrever este texto, são agora cumpridas.

Um dia na vida dum corredor da tocha é super, mas é também tudo menos normal.

(David Brändle)

No caminho para Schoenstatt

Entrada no blog da Corrida da Tocha na noite de 12 de Outubro:

 

Quatro horas de caminho

Uma bicicleta avariada

Oito corredores felizes.

Seguimos adiante… A tocha arde.

 

Original: alemão. Traduçao: Antonio Palma Ruivo, Lisboa, Portugal

África do Sul junta-se ao Fackellauf

O Papa Francisco acende a tocha – e o fogo já está a caminho de Schoenstatt

1800 quilómetros por um mundo melhor: Brilhe a tua luz!

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