Posted On 2014-05-24 In Artigos de Opinião

TRÊS GRAÇAS

EM POUCAS PALAVRAS, Pe. Joaquín Alliende Luco. O Pe. Kentenich reiterou uma metáfora:”Schoenstatt é uma esfera misteriosa”, nascido em berço próprio, o “Santuário … O-r-i-g-i-n-a-l”. Isto é, um lugar, uma terra, umas paredes, um tecto, um campanário, um altar. Toda “a nossa originalidade” brota desse manancial de água viva, que o Fundador definiu como “as três Graças da origem”. Esta tríade não foi inventada por José Kentenich. Só a constatou e lhe deu nome:”Enraízamento”, “Transformação em Cristo”, “Envio Missionário”. Decifrou as três quando viu como viviam os Congregados-Heróis. E, confirmou-o na actuação constante da nossa Mater como Educadora da fé Baptismal de muitos.

Além disso, estes três nomes põem-nos em relação com as Três Pessoas da Trindade: Enraízamento e o Pai. Transformação em Cristo e o Verbo Encarnado. Envio Missionário e o Paráclito que propulsou os Discípulos  pelo mundo inteiro.

Com a primeira Graça podemos ser induzidos em erro. Antigamente, em castelhano, traduzimo-la por “acolhimento”. Desde há uns quarenta anos, começou a usar-se , cada vez mais, o vocábulo “Graça do Enraízamento”  “Ser acolhido” é algo ternurento, faz referência ao regaço e ao ventre da mãe. É bastante bonito, mas pode transmutar-se numa ternura paralizante. “Enraízamento” tem mais profundidade e horizonte. “Enraízamento” vem de “raíz”, o que pressupõe necessariamente, que este alicerce  vegetal se vai projectar num tronco que suportará a flor e o fruto. Qualquer árvore justifica a sua existência no fruto.

Em tom de brincadeira, uma senhora muito apostólica, costuma rezar:”Mater, não gastes muito tempo com o “acolhimento”, porque alguns dos acolhidos, enroscamo-nos e adormecemos. Dá-Te um pouco mais  de pressa com a “Transformação”, porque hoje, a nossa projecção apostólica na Igreja e no Mundo, sente-se mandriona, não vibra com aquelas palavras da Liturgia, segundo as quais devíamos ser, conTigo, “um exército em ordem de batalha”.

P. Joaquín Alliende L.

Original Espanhol: Trad. Lena Castro Valente, Lisboa. Portugal

 


 



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