Posted On 2014-04-05 In Artigos de Opinião

O fogo lateja nas palavras

EM POUCAS PALAVRAS, Pe. Joaquín Alliende L. Sabemos que o nosso Fundador leccionou Latim em Ehrenbreitstein. Mais tarde afirmou que teria preferido que certos ramos da Teologia fossem ensinados em Latim, por causa da exactidão linguística.

 

 

 

Lembro-me bem do Prior de uma Cartuxa situada nuns bosques cheios de neve. Na véspera de Natal ouvi-o dizer: “o Kentenich é um pensador neo-escolástico e, como tal, não me interessa”. Senti que aquele monge caía na armadilha de tomar a nuvem por Juno. Se, por um lado, o falar Kentenichiano é devedor de um tempo pasado, por outro lado, a sua mensagem projecta-se para varios séculos, como ele se atreveu a afirmar.

O objectivo determina tudo

A questão é mais séria do que parece, porque o Fundador se referiu à matéria primordial da sua obra, usando a palabra “fim”, em alemão “Ziel”. Ao pronunciá-la, na sua mente ressoava um provérbio nuclear em latim:”finis causa causarum”. Hoje, poder-se-ía traduzir por:” o objectivo determina tudo”. Um exemplo muito simples: se eu quero ir com urgência a Paris, essa meta determina que roupa levo, a que horas me levanto, que bilhete peço ao balcão… tudo para conseguir o meu propósito.

Aquí se joga toda a existencia de Schoenstatt no Tempo

Um fundador carismático tem a obrigação de definir os objectivos da Obra que funda. Sem isto, está a programar o rápido fracasso da sua fundação. O nosso Pai foi claríssimo, três objectivos: A Comunidade Nova com Homens Novos; a missão salvífica do Ocidente; a Confederação Apostólica Universal, como herança de S. Vicente Pallotti. Aquí se joga toda a existencia de Schoenstatt no Tempo. Cortar os objectivos, adaptá-los ao que hoje, simplesmente, podemos fazer, ao que eu acredito, ao que eu sinto, ao que eu ouço e pressinto, é arrefecer ou apagar completamente o fogo pentecostal que se apoderou do Santuário no dia 18 de Outubro de 1914.

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