Carmen M. Rogers. Não procure no dicionário; nem sequer no Google. A palavra não existe porque é nova, recém-nascida para um momento determinado. Nasce do verbo português “apostolar”, mais direto, mais breve, mais simples, mais próximo.
O Papa Francisco começou por tirar as “vestes solenes” à evangelização-catequese convidando-nos a partilhar “a alegria do Evangelho”. Essa alegria que é solidária por essência; que olha o outro, que procura aquilo que o outro necessita hoje, agora, aqui.
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Apostolar é… parar o carro para ceder a passagem embora tenha prioridade.
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Apostolar é… convidar para uns passos de dança essa rapariga não muito bonita que se sente tão só no meio da multidão.
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Apostolar é… escutar. E se puder, aconselhar.
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Apostolar é… ir visitar essa tia velhinha que nem o ouve, mas que se agarra à sua mão quando se prepara para a deixar. É deitar um olhar aos medicamentos para ver se não falta nada.
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Apostolar é… pagar os impostos, respeitar as leis, conduzir à velocidade indicada mesmo que não se veja nenhum polícia.
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Apostolar é… viver a cultura de aliança esteja onde estiver e com quem esteja.
Não é assim tão simples. A única forme de se tornar um hábito é adquiri-lo no Santuário.
Ali aprendemos a oferecer-nos sempre como instrumentos de amor nas mãos da Mãe.
Esse amor está em nós? Preenche toda a nossa vida? Transmite-se no nosso atuar?
Somos os schoenstatteanos “interrogadores irresistíveis”, ‘o que tem esta pessoa… que só por ser quem é me alegra a vida?’
Apostoláveis são os filhos, os amigos e inimigos, o almoço com os avós ao domingo, os netinhos brincalhões que me “depositam” em casa quando quero ter a tarde de sábado para mim.
Apostolável é a telefonista do call center que telefona sempre no pior momento para vender algo que não se quer.
Apostolável… seria ilusão pretender evangelizar só com um sorriso?
Sem dúvida, podemos apostolar.
E é mais viral que o twitter. Ou mais contagioso se já passámos os 50 anos.
Centenas e milhares de situações, momentos, lugares e pessoas apostoláveis esperam por ti. É o teu presemte jubilar.
E o presente para ti: quando perceberes que todo o mundo e todos no mundo são apostoláveis… verás o mundo de outra cor!
Original: Espanhol – Trad.: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal