PARAGUAI, Pe. Antonio Cosp. Na madrugada de domingo 24 de julho de 2011, regressou à Casa do Pai eterno Nité Irala Burgos, depois de uma longa enfermidade. Foi um dos primeiros schoenstattianos do Paraguai e encontra-se na “foto da fundação”, exposta na entrada do “Santuário Jovem”, de Asunción.
Os jornais do país dedicaram-lhe longos e impressionantes necrológios; Igreja e sociedade prestaram-lhe homenagem, devido a seus méritos como docente universitário e juiz do Supremo Tribunal de Justiça. Mas, quem foi Nité Irala Burgos? Uma personalidade relevante. Quando aos 29 anos de idade travou conhecimento com Movimento Apostólico de Schoenstatt, já era juiz; era impressionante sua enorme fidelidade a Nossa Senhora de Schoenstatt. Quando se cantava o hino da Família, frisava sempre, com certa particularidade, uma estrofe que lhe era muito cara ao coração: “Os teus jamais perecerão”; sentia-se abrigado no manto da MTA. Tinha o dom de unir os Primeiros ao redor de Maria Santíssima e dos ideais.
Na segunda fase da fundação, 1974-81, engajou-se no grupo “Missão” e deu valiosos contributos, graças a seus vastos conhecimentos de história paraguaia e, de modo particular, das missões jesuíticas. Seu contributo foi decisivo na formulação do ideal do país – Nação de Deus, Coração da América. No ideal do Movimento Apostólico de Schoenstatt do Paraguai continua viva a herança da missão dos jesuítas, por outra, da história da evangelização da Igreja Católica, talvez a mais bem sucedida até a sua destruição, por motivos políticos.
Foi um político afamado, fundador do partido democrático-cristão e juiz do Supremo Tribunal de Justiça, cargo que ocupou até a sua grave enfermidade.
Para o nosso primeiro grupo de homens – Coração como escudo – foi uma figura-chave, devido a sua sensibilidade, simplicidade e profundidade. E foi um protetor das primeiras jovens da juventude feminina.
Seu sorriso irá acompanhar-nos; este sorriso que expressava sua alma de criança e sua fortaleza.
