ALEMANHA, Pe. Christoph Fechtelpeter. Por ocasião do quinquagésimo aniversário da morte de Wolfgang Nerlich, de Dortmund, Alemanha, (†29 de agosto de 1960), a Família de Schoenstatt da Diocese de Paderborn recordou um dos mais destacados cofundadores do Santuário de Schoenstatt, de Frohlinde.
Quem é Wolfgang Nerlich?
Na década de 50, os Irmãos de Maria dirigiram um internato para aprendizes na Paróquia de São José, em Dortmund-Nette. Wolfgang Nerlich, nascido em 2 de maio de 1943, que, nessa ocasião, era um rapaz de catorze anos, dotado de grande inteligência, estabeleceu contato com eles e, em Pentecostes de 1957, participou de uma jornada, ocorrida em Schoenstatt. Levado pela iniciativa do Sr. Johannes Blank, Irmão de Maria, Wolfgang passou a escrever seu diário, com grande fidelidade, desde julho de 1957 até a sua morte prematura.
Seu grande modelo foi José Engling, que o inspirou a levar uma vida intensamente religiosa, de que fazia parte, entre outrem, a visita diária ao Santíssimo Sacramento, leitura de textos schoenstattianos e a recitação do ofício de Schoenstatt.
Fundamento para Frohlinde
Seguiu atentamente os problemas relacionados com o reconhecimento do Santuário de Frohlinde e ajudou superá-las mediante suas visitas semanais e contribuições para o Capital de Graças da MTA. Apesar deste empenho fatigante, permaneceu como praticante na Administração dos Correios da Alemanha, assim como chefe de grupo em sua paróquia e em Schoenstatt. E mesmo quando seu cotidiano se tornou muito árduo, devido a uma grave diabete não diagnosticada pelos médicos, conservou sempre a alegria, a vitalidade de sua juventude e sua simpatia. Sob a orientação do Pe. José Klein, Padre de Schoenstatt, Wolfgang preparou-se para entregar sua Carta Branca à sua “Mãezinha”, tal como José Engling a chamava, e em 1959, seu Inscriptio. Logo foi outrossim o motor impulsionador do grupo dirigente da Juventude no Norte da Alemanha. Em sua terceira viagem empreendida a Cambrai, França, sentiu-se incentivado, como José Engling, a oferecer a vida qual “fundamento para Frohlinde”, assim quanto por Schoenstatt.
Un segundo José Engling
O então dirigente diocesano de Friburgo, Sr. Berthold Gerber, testemunha a autenticidade de sua aspiração: “Wolfgang chamou-me à atenção mediante sua radicalidade… Durante as discussões, tomava amiúde a palavra, e com seu linguajar polido e franco, tratou de conquistar os demais para a ideia que devia surgir um segundo José Engling na terceira geração fundadora. As palavras de Wolfgang e sua religiosidade eram tão autênticas e convincentes que, volvido pouco tempo, comecei a sentir um enorme respeito por ele. Ao haver, um ano depois, tomado conhecimento de sua morte repentina, recordei-me, em seguida, de seu objetivo e muito me foi evidente, que foi ele o primeiro a alcançá-lo. Transcorridos catorze dias de sua viagem empreendida a Cambrai, Wolfgang Nerlich foi internado em um hospital, onde veio a falecer, na manhã seguinte, 29 de agosto de 1960, vitima de um coma diabético. Foi sepultado no cemitério católico de Dortmund-Mengede. Em 1991, findo o prazo legal, a Família de Schoenstatt transladou seus restos mortais para Frohlinde, onde foram sepultados atrás do Santuário, junto do memorial de José Engling.
Realizou sua vocação de cristão
Para recordar o aniversário de sua morte, na sexta-feira, 29 de agosto de 2010, reuniram-se quarenta e cinco membros da Família de Schoenstatt, assim quanto demais peregrinos do Santuário. Este dia teve seu início com a Celebração Eucarística na Paróquia de Frohlinde, em que o Pe.Meinolf Mika, de Wiedenbrück, Alemanha, apresentou Wolfgang Nerlich como um jovem “normal” da região de Ruhr, que, na escola pedagógica da MTA, aspirou exemplarmente e realizou o ideal de viver sua vocação de cristão. Juntamente com o Sr. Blank, Irmão de Maria, redigiu naquela altura sua biografia: “Diário de aprendiz dos Correios”. Lamentavelmente este livro encontra-se esgotado. Por fim, mediante uma apresentação em PowerPoint, foi dada a conhecer vida de Wolfgang Nerlich em seus traços fundamentais.
Testemunhas contemporâneas
Na parte da tarde, o Pe. Franz Brügger, Padre de Schoenstatt, narrou, primeiramente, como companheiro de caminhada, algo referente às correntes espirituais da terceira geração fundadora – depois da Segunda Grande Guerra – da Juventude Masculina de Schoenstatt e como eles, juntamente com O. Armbrust, de Espira, puderam dar verdadeiros impulsos ao trabalho. Porém, era sempre Wolfgang Nerlich quem era o dirigente. Depois, outras testemunhas contemporâneas de Wolfgang narraram suas vivências tidas com ele: Hildegard Rybarczyk e Maria Theresia Schiemann, companheiras do colégio e vizinhas de infância; Dieter Mundus, agora Pe. Gregório OSB, em Nütschar, amigo de sua juventude, e Hans-Josef Meininghaus, integrante de seu grupo na Juventude Masculina de Schoenstatt.
O único e verdadeiro “Santuário peregrino”
Outrossim a jovem geração da Juventude Masculina de Schoenstatt, de Paderborn deu uma contribuição original para este dia, inteiramente submerso no espírito da vida de Wolfgang Nerlich. O grupo de Gütersloh de Martin Weweler (dirigente diocesano) e Michael Weweler têm um Santuário feito em escala 1: 3 e instalaram-no no atrelado de um carro qual “Santuário sobre rodas – Igreja em movimento”. O único e verdadeiro Santuário peregrino! Este Santuário sobre rodas foi apresentado ao Movimento, em meados de agosto no acampamento ocorrido em Schoenstatt e na “Noite do Santuário”, havendo sido agora outrossim apresentado por ocasião do aniversário da morte de Wolfgang. Como texto fundamental, Michael Weweler citou um parágrafo da conferência dada pelo Pe. Kentenich em Roma, no dia 8 de dezembro de 1966: “Como a Igreja se vê a si mesma nos dias de hoje?… A Igreja foi construída sobre a rocha… Outrora, os povos foram por ela convidados a procurar o caminho até a esta rocha… Hoje, esta rocha quer pôr-se em contínuo movimento… Esta rocha é uma rocha peregrina; é ela mesma quem procura os homens; não espera que estes venham até ela por si mesmos… Uma Igreja peregrina”.
Por conseguinte, a quem, dentro em breve, surgir ante o olhar, em algum trecho da autopista, um Santuário em movimento, pode estar bem ciente de que não se trata de ilusão óptica! É real!
Tradução: Abadia da Ressurreição, Ponta Grossa, PR, Brasil
