Posted On 2014-09-06 In Jubileo 2014

O Teatro Colón transformou-se num Santuário

ARGENTINA, Roberto Liñares, Claudia Echenique. Foi uma noite inesquecível que iluminou a alma e o espírito da Família de Schoenstatt da região de Buenos Aires. Na terça-feira, 26 de agosto, no Teatro Colón, uma das melhores salas líricas do mundo, as nove dioceses (desde Zarate-Campana até La Plata) comemoraram 100 anos de Aliança com a Mãe e Rainha com uma celebração cultural de excelência.

O coro das Crianças, cantores da Catedral de Friburgo (Alemanha) ofereceu um concerto que impulsionou a todos a sentirem-se próximos do coração de Deus. Sob a maravilhosa cúpula pintada pelo Mestre Raúl Soldi, a terra uniu-se ao céu em louvor a Maria.

Estamos em Família

Entrar na sala do Teatro Colón e ver sobre o cenário a Mater, tão bela e presente com os seus arranjos florais, as imagens do Santuário e do Padre Kentenich foi imponente e quem ia chegando comentava: “Estamos em família, estamos no Santuário!!”.

No marco de uma turné pela América do Sul, este coro alemão, formado por mais de 65 crianças e jovens sob a direção do Maestro Boris Böhmann, iniciou a sua apresentação com um canto gregoriano e um “Kyrie” da Palestina.

A água transformou-se em vinho

O Pe. Francisco Pistilli, Superior regional dos Padres de Schoenstatt e Presidente da Presidência de Schoenstatt da Argentina, explicou que “com as palavras e a música bendizemos a ternura de Deus para connosco, a oferta da fé em Cristo, a companhia fiel de Maria, a inspiração carismática do Pe. José Kentenich e a entrega dos primeiros congregados”. Comparou este encontro com as Bodas de Caná da Galileia: a festa, a alegria, a boda de Deus com o homem, a presença do mistério, as crianças, a juventude e o homem adulto sob o olhar atento de Maria. “A água de muitos esforços foi transformada no vinho da música, o vinho partilhado no encontro de todos os que hoje celebramos esta Aliança” disse.

Textos, música, oração, arte… magia

As palavras e a música conjugaram-se no relato que descreveu estes 100 anos de vida de Schoenstatt, acompanhado pela deliciosa música que a Ir. Maria Magdalena Viñas interpretava ao piano. O texto foi um diálogo espiritual entre várias vozes. A Narração expressiva de Oscar Tapia completou-se com as frases e orações declamadas por Jorge Correa Morales e a Ir. María del Carmen Söros, que deram a sua voz com muita identidade ao Pe. Kentenich e à Mater. Culminou com todos os presentes a entoar “Maria da Aliança”, que muitos terminaram de cantar com lágrimas nos olhos. Foi fácil imaginar a alegria e o sorriso que teria o Pai Fundador no Céu, rodeado de tantos aliados que viveram fielmente a Aliança de Amor e entregaram as suas vidas pela missão de Schoenstatt nestes 100 anos.

O Pe Javier Arteaga, Diretor do Movimento na Argentina, apresentou os desafios do futuro de Schoenstatt, fazendo um paralelo entre a “Cultura do Encontro” que promove o Papa Francisco e a “Cultura de Aliança que Schoenstatt quer levar à Igreja e ao mundo.

Na segunda parte, o Coro ofereceu um amplo repertório de música sacra e popular, interpretando obras de A. Bruckner, G. Fauré, R. Hess, R. Wagner e M. Bevan.

Cem rosas para renovar a Aliança

Em seguida, enquanto os solistas interpretavam o “Avé Maria”, todas as crianças e jovens do Coro colocaram 100 rosas aos pés do quadro da Mater, um por cada ano deste primeiro século Schoenstattiano. Finalmente todos os presentes foram convidados a renovar a Aliança de Amor e nesse momento, o Teatro Colón transformou-se plenamente num Santuário. Desde as últimas cadeiras do balcão até ao palco e à plateia, ressuou em uníssono… “Oh Senhora minha, Oh minha Mãe…”. Foi um momento de plena comunhão onde se plasmou o ideal da Família argentina: “Com Maria, Família do Pai”.

“Protege-nos sob o teu manto…” em uníssono no Teatro Cólon

Depois da saudação e agradecimento em alemão do Pe. Pistilli ao Coro da Catedral de Friburgo, o seu diretor e membros entoaram o Hino da Família de Schoenstatt de uma maneira especial: duas estrofes em alemão, uma em espanhol e a última num suave “Bocca chiusa” e em seguida, o Maestro Böhmann convidou todos os presentes a cantarem em voz alta o final em espanhol. Foi um momento sublime e celestial!!!

Entre a assistência comentou-se: “Este evento foi mais uma demonstração de que Schoenstatt está chamado a impregnar todos os âmbitos da vida, também o cultural e o artístico. Cantar em uníssono o “Protege-nos sob o teu manto” no Teatro Cólon é algo que talvez nenhum de nós tenha sonhado na vida. Obrigado Mater por este grande presente jubilar!”

À saída do teatro, na rua, na “saída para o mundo”, não havia frio nem vento, porque “… na nossa missão cremos, também no furacão, do século grande vencedora, os teus não se afundarão”.


Fotografias: Claudia Echenique – Marcelo Degleve

 

Original: Espanhol – Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *