Posted On 2013-01-07 In Jubileo 2014

Peregrinos da fé

org. “Os homens que então partiram rumo ao desconhecido eram, em definitivo, pessoas de coração inquieto; homens inquietos movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo; homens à espera, que não se contentavam com os seus rendimentos assegurados e com uma posição social provavelmente considerável, mas andavam à procura da realidade maior. Talvez fossem homens eruditos, que tinham grande conhecimento dos astros e, provavelmente, dispunham também duma formação filosófica”, disse o Santo Padre, Bento XVI, em 6 de Janeiro, mostrando os Reis Magos como peregrinos da fé. O ano 2014 que se prepara “com cada passo da nossa peregrinação”, é como a estrela que guiou os Reis, uma estrela que se mostra a todos e que inspira muitos a tornar-se peregrinos missionários… e testemunhas vivas do mistério de Schoenstatt.

“Mas não era apenas saber muitas coisas que queriam” continuou o Santo Padre. “Queriam sobretudo saber o essencial, queriam saber como se consegue ser pessoa humana. E, por isso, queriam saber se Deus existe, onde está e como é; se se preocupa connosco e como podemos encontrá-Lo. Queriam não apenas saber; queriam conhecer a verdade acerca de nós mesmos, de Deus e do mundo. A sua peregrinação exterior era expressão deste estar interiormente a caminho, da peregrinação interior do seu coração. Eram homens que buscavam a Deus e, em última instância, caminhavam para Ele; eram indagadores de Deus. (…)

A coragem e a humildade da fé

“Eles eram também e sobretudo homens que tinham coragem; tinham a coragem e a humildade da fé. Era preciso coragem a fim de acolher o sinal da estrela como uma ordem para partir, para sair rumo ao desconhecido, ao incerto, por caminhos onde havia inúmeros perigos à espreita. Podemos imaginar que a decisão destes homens tenha provocado sarcasmo: o sarcasmo dos ditos realistas que podiam apenas zombar das fantasias destes homens. Quem partia baseado em promessas tão incertas, arriscando tudo, só podia aparecer como ridículo. Mas, para estes homens tocados interiormente por Deus, era mais importante o caminho segundo as indicações divinas do que a opinião alheia. Para eles, a busca da verdade era mais importante que a zombaria do mundo, aparentemente inteligente.

Os Magos seguiram a estrela e assim chegaram a Jesus, à grande Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem (cf. Jo 1, 9). Como peregrinos da fé, os Magos tornaram-se eles mesmos estrelas que brilham no céu da história e nos indicam a estrada.”

Que como peregrinos da fé, peregrinando rumo a 2014, nos seja dada com cada passo a graça de não apenas entender a ideia mas a realidade do mistério de Schoenstatt, para comunicá-lo e testemunhá-lo aos outros na alegria e na humidade dos que verdadeiramente acreditam.

Texto completo da homilia do Santo Padre


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