Posted On 2012-06-25 In Jubileo 2014

A Cultura da Aliança é a expressão natural da alma de Schoenstatt

org. Juan Barbosa, da cidade de Córdoba, Argentina, já há muitos anos, faz parte da equipe de redatores de Schoenstatt.org – escrevendo e redigindo artigos e compartilhando riquezas na página internacional, em seus e-mails e boletins. Em maio, juntou-se à equipe responsável pelo Schoenstatt.org, “com renovado entusiasmo por ter estado na Terra Santa de Schoenstatt, naquele encontro em Colônia, onde conversamos durante horas sobre a graça de 2014”. Aqui, ele compartilha conosco o que significa para ele trabalhar para Schoenstatt.org e o que o mais o entusiasma em relação ao Jubileu da Aliança de Amor: “Comecei a colocar artigos na FULL 2014 e, quando me dei conta, estava participando…”

 


O que motivou você a oferecer seu tempo para trabalhar redigindo textos e artigos para as páginas internacionais?

Fundamentalmente dois pontos: o primeiro, minha enorme admiração pela dedicação que o Padre Kentenich teve durante toda a sua vida em relação aos vínculos com as pessoas – esse trato personalíssimo que marcou tantas pessoas. O segundo, eu não ficar sabendo da morte de um amigo… Isso me levou a me esforçar mais para me aproximar das pessoas, tornando mais conhecida a realidade da família de Schoenstatt em minha Comunidade e no mundo todo.

A palavra Comunidade está escrita em meu ideal pessoal – “em negrito e sublinhada”.

Um pouco da apresentação pessoal – sua história com Schoenstatt, apostolado, profissão…

Com Matilde, começamos nossa história familiar no dia 4 de julho de 1981, com nosso casamento “a três”, já que selamos indissoluvelmente a Aliança Matrimonial perante Deus. Quatro anos mais tarde, a Empresa onde trabalho me oferecer transferência para Córdoba, segunda cidade da Argentina, com alto cargo executivo. Aqui conhecemos Schoenstatt e, ao selar a Aliança de Amor com Maria, soubemos que nossa família se enlaçaria para sempre no coração da Rainha. Com cinco filhos, dois genros e dois netos, nos parece incrível que aquele ‘Sim’ que demos junto a Deus, tenha produzido, hoje, tanta fecundidade e que estejamos… apenas no começo do caminho! Fazemos parte do Círculo de Membros do Ramo das Famílias e temos, sob nossa responsabilidade, a Coordenação das comunicações na Família. Embora meu trabalho exija muita mobilidade, os meios de comunicação atuais permitem estarmos sempre conectados com nosso apostolado principal (ainda mais que nosso filho, Gonzalo, jornalista, nos ajuda muito).

O que mais o fascina, no “rumo a 2014”?

Sem sombra de dúvidas o que mais me fascina no “rumo a 2014” é que… é o dia, 100 anos depois! Em 18 de outubro de 2014, estaremos muito felizes em qualquer lugar do mundo onde o bom Deus Pai quiser que estejamos – tomara que possamos estar na Terra Natal… Hoje, já me sinto extremamente motivado pelo trabalho para Schoenstatt – e terei mais fervor ainda. Sinto que a hora dos leigos será ainda mais intensificada a partir do segundo século de nossa história e que a frase “Eis-nos aqui, vamos contigo!” deve estar cada vez mais impregnada em cada uma de nossas células, mobilizando todo nosso ser, rumo aos tempos novíssimos.

Qual é a sua frase preferida da mensagem Rumo a 2014?

“O que move e inspira novas ações, a fonte de nossa fecundidade e a forma concreta de viver nosso seguimento de Cristo é a profunda fé na Aliança de Amor com Maria”. Essa frase identifica plenamente meu pensamento. A Aliança de Amor com a MTA é, ao mesmo tempo, alimento e força, é meditação e ação a serviço do bom Deus Pai. A Oração do Anel da Aliança assim afirma em cada estrofe quando, diante de cada ato cotidiano, recordamos… “Então minha Aliança desperta minhas forças, dizendo-me: É chegada a tua hora de amor!”

E sua frase preferida da Oração de Peregrinação?

A estrofe 12 do Rumo ao Céu (Dá-nos arder como labaredas, ir com alegria ao encontro dos povos, lutar como testemunhas da Redenção e conduzi-los jubilosamente à Trindade) é, desde a primeira vez que a li, minha preferida, porque, pela frase, pedimos: “A cada passo de nossa peregrinação, te pedimos, aumenta nosso amor a ti, à Família e ao Padre Kentenich”; essa frase se torna um alimento insubstituível para “tornar carne” a anterior. Essa frase me toca especialmente, principalmente nos momentos mais difíceis que, a meu ver, atravessa nosso amado país.

O que significa para você o lema internacional: Tua Aliança, nossa missão?

Essa pergunta está diretamente liga à anterior, já que significa viver, em todo sua dimensão, a citada estrofe 12. Sem Aliança não existiram corações ardentes, não existiriam corações alegres, nem tampouco corações que vibrem como testemunhas da redenção. Schoenstatt é Aliança de Amor e Aliança de Amor é Missão. O Pai, ao mostrar-nos com sua vida o caminho da Aliança, nos convida a acompanhá-lo na Missão e nós decidimos… Vamos contigo!

O que significa para você a “Cultura da Aliança?”

A Aliança é a própria essência de Schoenstatt. Sem Aliança, simplesmente não existiria Schoenstatt, é a alma em si mesma da razão de ser de Schoenstatt. Se buscamos o significado da palavra cultura, encontramos uma parte da definição, que diz: “é um conjunto de modos de vida e costume”. Pois bem, então, a cultura da Aliança é a expressão natural da alma de Schoenstatt, é seu significado mais perfeito, é seu ser central, é viver e transmitir nossa vinculação a Deus, às pessoas, à natureza, à cultura, à Igreja e ao mundo, por meio e a partir da Aliança de Amor.

O que você espera de 2014?

A Família Internacional vem preparando esse momento com um triênio de trabalho, no qual se recorda e se revive o carisma de nosso Pai e Fundador, nosso Santuário e nossa missão. A meu ver, 2014 é o momento de recriar o terceiro “re” – com base em recordar e reviver. É o momento em que nós, os leigos, devemos avançar, junto com os institutos da vida consagrada, com um protagonismo muito maior, baseado em nosso compromisso com a santificação de nossa alma e com a evangelização do mundo. É viver com maior força o “arder como labaredas, ir com alegria, ao encontro dos povos…” que citamos acima.

Pode nos contar um ‘gesto missionário’ seu, na linha do que rezamos na Oração de Peregrinação?

Quando alguém sofre um pequeno acidente doméstico, por exemplo, machuca um dedo, colocando nele um curativo; imediatamente, valorizamos do dedo em cada ação do dia-a-dia, porque passamos a sentir pequenas dificuldade, como usar uma chave para fechar uma porta, escrever, pegar um objeto, etc. Com um exemplo cotidiano, podemos ver, então, a quantidade de dons com que contamos e que não agradecemos suficientemente bem. Faz uns dois anos, nos disse Pe. Eronti que, a cada manhã, deveríamos agradecer por estarmos vivos, uma vez que a qualquer momento podemos não estar mais… Nunca havia pensado assim… Concretamente, procuro agradecer a bom Deus Pai cada momento dos inúmeros presentes que Ele me dá e incentivar as pessoas que diariamente me cercam a fazer o mesmo.

Tantos artigos e textos diferentes… Qual é a sua experiência, ao escrevê-los?

Quando comecei com esse trabalho, nem sequer podia imaginar até onde iria. Faço esse trabalho pelas motivações que comentei no começo. Ao percorrer o caminho, comecei a desfrutar cada passo, a entrar em cada situação e vivê-la com intensidade para, só depois, poder transmiti-la. O poder “estar” em Burundi, em Montevidéu, em Córdoba ou em Madri, por exemplo, são situações e vivências distintas; cada uma é uma experiência verdadeiramente fascinante, que ninguém consegue “vivê-la”, a não ser a partir de seu próprio ‘eu’. Como se consegue isso? Vivendo a cultura da Aliança, em união com a Família Internacional e transmitindo-a a partir da filosofia kentenijiana da comunicação. Isto é o que fascina em Schoenstatt… o pensar e agir orgânicos.

Qual foi, até agora, o artigo do qual você mais gostou ou fascinou você?

Sem dúvida nenhuma, o último que faço. Porém, de uma forma especial, o último, que foi um pequeno testemunho de minha visita ao inferno de Dachau. Ali, pude aumentar a dimensão da grande dimensão que já tinha da integridade, da fé e da fortaleza que nosso Pai e Fundador teve. Quando escrevo um artigo, cresce o respeito pelo artigo anterior; vão-se incorporando novas formas de transmitir a ideia; esse dinamismo não apenas alimenta, como também constitui uma base para o artigo seguinte. Uma base que sempre está um pouquinho ‘acima’ que o artigo anterior…

Há uma frase, uma citação, que mais empolga você?

Muitas… Porém, uma em especial, sem sombra de dúvida, me acompanha já há 26 anos: “Sob a proteção de Maria, queremos aprender a educar-nos a nós mesmos, para tornar-nos personalidades firmes, livres e sacerdotais” (Documento de Fundação do Movimento Apostólico de Schoenstatt).

 

Tradução: Maria Rita Vianna, Sao Paulo, Brasil

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *