Posted On 2012-04-11 In Jubileo 2014

Outrossim no Senegal há vestígios da Aliança de Amor

Agathe Hug. O ano 2012 denomina algumas datas festivas como propriedade sua: a celebração dos setenta anos do 20 de Janeiro de 1942; os cem anos do Documento da Pré-Fundação, o dia 27 de outubro de 1912, e os setenta anos do 11 de março de 1942. Provavelmente, esta data pode ser um pouco estranha para muitos. Quarta-feira, 11 de março de 1942? É o dia em que o Padre Kentenich foi transportado para Dachau. O trem que o levou para Dachau, partiu no final da tarde, cerca das 16 horas, de Coblença com destino a Limburgo, via Bad Ems. Em Limburgo, os vagões em que foram transportados os prisioneiros, foram atrelados a outro trem. Os prisioneiros pernoitaram em Frankfurt, e no dia seguinte foram transportados para Dachau. Mas, o que tem isto a ver com o Senegal? No dia 10 de março, foi celebrada a Santa Missa “Rumo a 2014” em aliança com o Senegal. Outrossim as irmãs e os irmãos que selaram a Aliança de Amor no Senegal fazem parte desta grande família para qual é importante o período que o Padre Kentenich passou, há setenta anos, na cadeia de Coblença e no Campo de Concentração de Dachau.

Outrossim para eles, o dia 20 de janeiro de 1942 é o segundo marco histórico do Movimento Apostólico de Schoenstatt. “Por favor, compreenda a resposta a partir da fé na realidade do sobrenatural e do entrelaçamento de destinos dos membros de nossa Família!” (Carta de 20 de janeiro de 1942). Também para eles vale este apelo, bem como, esta carta; igualmente para eles, o segundo marco histórico do Movimento Apostólico de Schoenstatt é um apelo para a confiança ilimitada na Divina Providência; é fascinante refletir que pessoas há que não se conhecem pessoalmente, mas das quais se sabe que também se encontram a caminho de 2014, que vivem das mesmas raízes espirituais como cada de nós e que outrossim para eles são importantes as mesmas datas e acontecimentos. O Padre Kentenich fala sempre da “FAMÍLIA de Schoenstatt”.

E ser Família e tornar-se Família é a missão que ele nos deixou; e por isso estas irmãs e irmãos do Senegal interessam-me, de sorte que, no sábado dia 10 março, representei-os no Santuário Original; por isso esta data no sábado de manhã é-me de suma importância, e assim participo, sempre que me seja possível fazê-lo, DESTA Santa Missa e não de outra, que em Schoenstatt grande é possibilidade de escolha. ESTA Santa Missa é expressão de nosso peregrinar conjunto, como Família, rumo a 2014.

Alguns dados referentes ao Senegal

Depois destas considerações, seguem-se alguns números sóbrios referentes ao Senegal. A capital do Senegal é Dakar. No primeiro instante, esta palavra leva-nos a pensar no “Rali Paris Dakar” – hoje apenas rali Dakar e que ocorre na América do Sul – mas isso é outro capítulo.

Para os filólogos, Senegal, tal como a maior parte dos países africanos, é um paraíso. Há seis grupos principais com muitos subgrupos pertencentes a uma grande família idiomática, cujos falantes, porém, não se compreendem entre si em suas línguas maternas. A maior parte dos idiomas usa o alfabeto latino; contudo, há outrossim variantes árabes, uma vez que, desde o séc. IX, o Senegal foi doutrinado pelos mulçumanos. Hoje de 90 a 94% da população confessa a religião islâmica. Na verdade, segundo a constituição, o Senegal é um estado laico; sem embargo, dignitários religiosos desempenham, no cotidiano, um papel importante no âmbito político.

O Cristianismo chegou ao Senegal com a chegada dos primeiros descobridores portugueses; subsequentemente, a comunidade cristã no Senegal era principalmente constituída de “lançados”, aventureiros de origem portuguesa e de seus descendentes, os crioulos; os esforços missionários franceses, durante o período da colonização, para conservar a paz social, restringiam-se aos povos ainda não islâmicos. Os cristãos do Senegal encontram-se, por conseguinte, sobretudo no sul do país, entre as etnias serer e diola. Em geral, as relações existentes entre cristãos e muçulmanos são impressas pelo respeito mútuo.

Devido às relações políticas estáveis desde há muito, o país mais ocidental da África Ocidental desenvolveu-se em um país de turismo bem procurado; os quinhentos quilômetros de praias banhadas pelo Oceano Atlântico convidam a todos a banhar-se em suas águas; embondeiros, sumaúmas, eucaliptos, tamarindos, bem como, diversas palmeiras definem a maior parte da paisagem, ao passo que nas regiões de embocadura dos rios crescem espessos mangues.

E a presença do Movimento Apostólico de Schoenstatt em terras senegalesas: Mãe Peregrina, uma jovem argentina e alguns estudantes

E por fim, tal como sempre ocorre, surge a pergunta: Schoenstatt no Senegal – que há aí de schoenstattiano? Uma pequena busca em schoenstatt.org responde a essa pergunta.

Há alguns anos, havia, em Dakar, um grupo de estudantes assaz ativo; uma jovem argentina que, nessa ocasião, se encontrava aí como missionária estabeleceu contato com estudantes e entregou-lhe uma imagem da Mãe Peregrina. Já em 2002 chegaram a Dakar outras cinco imagens peregrinas. Nessa ocasião, schoenstatt.org (outrora schoenstatt.de) relatou algo a esse respeito.

Volvido um ano, lê-se no site internacional o seguinte: “1º de junho de 2003.

SENEGAL, Dakar: Missa de Ação de Graças por um ano de Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt no Senegal

No dia 1º de junho, os missionários da Mãe Peregrina de Dakar, Senegal, participaram de uma Santa Missa de Ação de Graças pelo primeiro ano da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt no Senegal. Assim, convidam todas as famílias a receber a Imagem da Mãe Peregrina de Schoenstatt.

A Campanha chegou ao Senegal por intermédio de uma jovem oriunda de Córdoba, Argentina, que levou para esse país um das cinquenta “Peregrinas do Jubileu” enviadas no ano 2000, por ocasião do encontro internacional da Campanha, ocorrido em Santa Maria, Brasil, apoiada por toda a Campanha da Mãe Peregrina da Argentina. Entrementes, seis imagens visitam cerca de sessenta famílias senegalesas.”

Em 2004, encontra-se igualmente no site internacional de Schoenstatt um artigo relatando os começos do Movimento Apostólico de Schoenstatt em terras senegalesas:

E o artigo termina com as seguintes frases:

“Um dia, quando o Senegal tiver seu próprio Santuário e uma grande Família schoenstattiana senegalesa se reunir a seu redor e por qualquer ocasião – na procura da missão do país, do nome do Santuário, do título sob o qual querem coroar Nossa Senhora – se refletir sobre seus começos, suas raízes e sua história, contar-se-á sobre o jovem que, sem conhecer Schoenstatt e sem nunca haver estado aí, enamorou-se perdidamente da MTA, abriu-lhe o coração e colocou-se à disposição para os começos do Movimento Apostólico de Schoenstatt em seu país…”

Um dia, quando o Senegal tiver seu Santuário… No momento ainda não existe nenhum, e ninguém sabe se Paulo e os demais antigos estudantes ainda fazem parte da Campanha. Sem embargo, a Mãe Peregrina encontra-se alhures no Senegal, onde há irmãos e irmãs em Aliança que são por Ela tocados. E no dia 10 de março de 2012 todos foram convidados a unir-se a eles.

Santa Missa no Santuário Original

 

Tradução: Abadia da Ressurreição, Ponta Grossa, PR, Brasil

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