Posted On 2012-04-30 In Jubileo 2014

Dá-me teu rosto: “Mosaico da MTA” – os rostos por detrás do título, na programação do ‘rumo a 2014’

Martin Emge/org. Aos poucos, porém com muitas adesões, difunde-se a iniciativa do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt: formar, usando milhares de rostos, a Imagem de Graças da Mãe Três Vezes Admirável. Atenção: você encontra link dessa página no site ‘schoentatt.org’.; também, na nova página inicial do Movimento Apostólico de Schoenstatt do Chile (www.schoenstatt.cl) e ainda no site www.tabormta.org. site de Santa Maria, Brasil. A meta proposta para a Páscoa, que era de 3.000 fotos, foi superada. “Dá-me teu rosto” é o nome dessa iniciativa – um título que desperta muitas associações: meu rosto para Schoenstatt, meu rosto para a obra mundial da MTA. “Queremos espelhar-nos em tua Imagem…” (RC 180). Lembra, ainda, o lema do JUMAS do Brasil: Mostra teu rosto… Podemos perguntar: qual é a origem desse título? Quem explica é a Ir. Rita Breuer, de Magdeburgo, que na segunda-feira da Páscoa, a pedido do Pe. Martín Emge, escreveu, e colocou ao alcance de todos, suas recordações.

Abaixo, a história de Ir. Rita Breuer:

Na Páscoa do ano de 1969, comecei a participar do grupo das meninas, na paróquia Sto. Evaldo Bocholt. O pároco, Pe. Albert Bettmer (do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt), junto com a Ir. M. Auxiliadora de Essen Borbeck, reuniu as meninas com a finalidade de formar dirigentes do grupo. Devíamos colaborar para formar uma ativa juventude feminina paroquial. Neste círculo de dirigentes se formou, durante o ano de 1969, um núcleo central mariano. No dia 8 de dezembro, fizemos, pela primeira vez, a Consagração a Maria. No final do ano de 1970, nossas reuniões de grupo passaram a acontecer, regularmente, a cada duas semanas e, alternadamente, havia reuniões com o círculo de dirigentes. Depois de um longo período de reflexão, decisão e preparação, no dia 9 de dezembro de 1971, fundamos a Congregação Mariana (CM), com dois grupos: CM I e CM II, com a consagração a Maria, selada no Santuário de Schoenstatt de Biemenhorst.

A primeira jornada da CM aconteceu dos dias 2 a 8 de janeiro de 1972, em Niderlandenbeck, perto de Eslohe, em Sauerland. A partir do dia 4 de março de 1972, nossos encontros passaram a ser mensais – sempre nos dias 4 de cada mês – para fazer uma hora de Adoração, no Santuário. Depois do dia 10 de outubro de 1972, nossos encontros para Adoração passaram a acontecer nos dia 10 de cada mês, mas sempre no Santuário.

Nos dias 7 a 14 de outubro de 1972, voltamos a Niederlandenbeck para nossa segunda semana de fundação como grupo CM. As pontos-chaves dessas semanas foram: formação da consciência, desenvolvimento pessoal, fé prática na Divina Providência. O Pe. Bettmer conduziu esse encontro, junto com a Ir. Bernardine. Esses dados preciosos podem ser encontrados em uma série de crônicas escritas por Erika Feighofen. Não me lembro bem de tudo desses encontros; mas me lembro, com certeza, de pertencer ao grupo.

A imagem em preto e branco que estava sobre o armário

A seguir, minhas lembranças mais vivas:

Esta semana de outubro, dos dias 7 a 14, eu a vivi como uma semana de busca de nossa verdadeira missão como CM. O que significa pertencer a CM? O que deve nos caracterizar, de forma muito especial? Como grupo, quais tarefas e metas queremos atingir?

Lembro-me perfeitamente dos encontros, na sala de reuniões. Sobre o armário, havia a Imagem de Nossa Senhora de Schoenstatt (sem moldura), em preto e branco; junto à Imagem, uma vela e um vaso com flores. Ali nos encontrávamos para, juntas, estudarmos os temas. No dia 10 de outubro, Pe. Bettmer apresentou o tema para estudo: a fé viva na Divina Providência (conforme crônica). No intervalo, nos reunimos no pátio para jogar bola, junto com o pároco, enquanto Ir. Bernardine ficou na casa.

De repente, Ir. Bernardine apareceu no pátio, trazendo em suas mãos a Imagem da Santíssima Virgem. Corremos até ela e percebemos que a imagem havia se queimado… Então, Ir. Bernardine nos contou que começou a sentir um forte cheiro de queimado e, quando entrou na sala, viu que a vela havia pegado fogo. A causa foi uma forte corrente de ar que derrubou a Imagem sobre a chama da vela. Por sorte, o fogo não se alastrou…

O rosto foi queimado

Lembro-me, perfeitamente, de nossa tristeza; ficamos completamente mudas, apenas olhando a Imagem. E agora? Se bem me lembro, o pároco foi o primeiro a falar: nos convidou a refletir, em silêncio, sobre esse acontecimento. Cada uma devia refletir por si mesma, durante uma caminhada até Hengsbeck, passando por Oberlandenbeck e voltando para Niederlandenbeck. Lembro-me ainda que, no primeiro instante, interpretei negativamente essa mensagem; pensei que Maria se afastara de mim, não queria mais nada comigo… seu rosto tinha se queimado, então ela não podia mais olhar para mim… Isso me entristeceu tanto, até que comecei a chorar, não conseguia mais raciocinar, pensar… Não conseguia entender nenhuma ‘mensagem’…

Quando voltamos para nosso alojamento, sentamo-nos todas juntas e a pergunta foi proposta: o que o bom Deus – ou a Mãe de Deus –  quer nos dizer, com esse acontecimento? Porque, com certeza, não seria uma ‘casualidade’ – isso era muito claro para todos nós. Alguém – Deus – assim permitiu, porque queria nos mostrar algo…

Um pedido para cada uma de nós: dá-me teu rosto!

Não me lembro bem das colocações de cada uma das meninas; apenas sei que, no final do dia,  todas interpretamos esse acontecimento como uma mensagem; nós a expressamos com a frase: “Dá-me teu rosto!”.

Um pedido da Santíssima Virgem a cada uma de nós: “Dá-me teu rosto”. Esse pedido foi uma tarefa, um desafio pessoal: tivemos e teríamos que ser o rosto de Maria para nosso tempo.

Não sei bem se foi exatamente naquele dia; porém, para mim, a mensagem de nossa Imagem esteve e está vinculada à minha súplica a Maria:

“Dá-me teu rosto!”, isto é, ajuda-me a viver, hoje, como Tu.

Este ano, repete-se aquele 10 de outubro pela quadragésima vez.

A mensagem continua viva e, com ela, o desafio de ser – hoje – o rosto de Maria; por outro lado, confiar a Maria o meu rosto, a minha vida.

Alguns pensamentos mais além desse evento concreto

O rosto representa o ser humano como ele é; então, quando me encontro com uma pessoa, pelo seu rosto, ela me mostra:  simpatia, alegria, acolhida… Ou a pessoa pode me mostrar: desprezo, dureza, tristeza… O rosto de uma pessoa ‘fala’ – também o meu rosto ‘fala’ às pessoas com quem me encontro. E esse encontro deve ser bom, educado, aberto. Sim, é possível ser carinhoso, para que, por meu ser e agir, as pessoas possam experimentar algo do ser humano transformado por amor a Deus, a Cristo, que, por Maria, nos foi presenteado. Ela foi chamada para ser Mãe de Deus, disse o seu SIM e esse único SIM, desde a Anunciação, foi vivido fielmente, durante toda sua vida.

“Dá-me teu rosto!”

Uma mensagem, um pedido, uma tarefa para minha vida, mesmo depois de quarenta anos.

Ainda que não tenha captado a mensagem da mesma forma, o pároco me ajudou a descobri-la em mim e em minha vida e a seguir por esse caminho – vivendo momentos alegres e dolorosos – cada dia de novo, até hoje.

Magdeburgo, 9 de abril de 2012.

Ir. Rita Breuer, fma

Tradução: Maria Rita Vianna, São Paulo, Brasil

Dá-me o teu rosto

Vejam onde estou … a um passo da mão do Menino

MOSAICO DE LA MTA 2014 – Upload P. Michael Marmann (esp)

Mosaico da MTA – Fotografia de Bento XVI

Mi historia con el proyecto del mosaico (esp)

O rostro da Mãe Três Vezes Admirável para o mundo – Uma imagem para 2014

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