ZIMBÁBUE, Marlene Peter/mkf. Prossegue a peregrinação mundial do Símbolo do Pai. Na semana derradeira, chegou ao Quênia, sendo já este o terceiro país africano por ele visitado, havendo anteriormente visitado o Zimbábue e a África do Sul. Sem embargo, devido a problemas com a Internet, o artigo sobre a visita do Símbolo do Pai empreendida ao Zimbábue só pôde ser agora publicado, em meados de janeiro. Contudo, apesar de todos os imprevistos, sua publicação não poderia faltar…
Ficamos assaz surpresos e emocionados ao tomarmos conhecimento de que o Zimbábue havia sido incluído no itinerário da peregrinação do Símbolo do Pai pelo mundo afora, a ocorrer no Ano da Corrente do Pai, 2010-2011. No sábado à noite, 27 de novembro, chegou o Padre Davi Musgrave, havendo sido recebido por Schella Coleman, membro da União das Mães de Schoenstatt, que o levou para sua casa onde esteve hospedado. Logo que tomamos conhecimento das datas em que estaria entre nós o Padre Davi e o Símbolo do Pai, fizemos os primeiros planos para a visita de três dias. Três dias inteiros! Quando estes chegaram a seu término, queríamos que tivessem sido mais!
Uma dúplice bênção
No domingo de manhã, reunimo-nos, pelas 10 horas, para a celebração da Santa Missa, no Santuário-lar de Sheila. Estava-se no primeiro domingo do Advento. Foi aqui que o Padre Davi nos permitiu ver, pela primeira vez, o Símbolo do Pai, que se encontrava sobre uma almofada de veludo de cor vermelha. Foi um momento todo singular para todos nós – aqui ante nós se encontrava um Padre de Schoenstatt e um Símbolo de Deus Pai que havia estado nas mãos de nosso Pai Fundador. Fomos duplamente abençoados. Em sua homilia para o primeiro domingo do Advento, o Padre Davi disse que somos almas de fé, esperando a vinda de Jesus. Sabemos o que significa esperar! Entre outrem, disse algo que, de fato, é verdade: a pobreza aqui, no Zimbábue, levou-nos nos anos derradeiros para um nível de maior profundidade. De certa maneira foi para proveito nosso. Suas comparações entre África, Europa e demais países do primeiro mundo foram muito justas. Muito temos que agradecer.
Paternidade
Transcorrida a Santa Missa, reunimo-nos no pátio, onde o Padre Davi nos contou o passado e a história dos Símbolos do Pai e, de modo especial, deste Símbolo. E podemos ver alguns opúsculos que o acompanhavam. Rezamos a novena da preparação para a visita do Símbolo do Pai, e o Padre Davi leu as reflexões das páginas 27-32 que versavam sobre a Aliança de Amor. Em seu dizer, a Aliança de Amor selada com Nossa Senhora tem, como fim, conduzir-nos à Aliança de Amor com Deus Pai. A grande intenção de Nossa Senhora é de conduzir-nos a Cristo, seu Filho. A explicação histórica proporcionou-nos melhor entendimento e apreciação do Símbolo. Sua importância na época atual tornou-se-nos evidente, uma vez concordarmos que a sociedade se tornou “órfã de pai”. Isto foi uma grande preocupação para o Padre Kentenich ao sair de Dachau. O Padre David disse que tal preocupação tinha sua origem nas guerras mundiais, em que vieram tantos homens a perder a vida, e as mulheres se tornaram o ganha-pão. Deveríamos redescobrir o papel do pai em nossa sociedade, assim quanto o de Deus Pai. A graça edifica-se sobre a natureza – temos mister do natural para construir o sobrenatural. Todos nós somos desafiados a descobrir o amor do Pai em nossa vida.
Visitando os Santuários-lar em Harare
Para todos nós, este magnífico dia chegou prestamente a seu declínio; no dia imediato, segunda-feira, 29 de novembro, a planejada romaria do Símbolo do Pai aos Santuários-lar em diversas partes da cidade principiou na casa de Marlene e Francis Peter em Belvedere. Às 10h30m, Sheila trouxe o Padre Davi e o Símbolo do Pai. Demos-lhes as boas-vindas e levamos o Símbolo do Pai para nosso Santuário-lar. A Família Jim, que vive em uma casinha assaz modesta, situada atrás de nossa casa, acompanhou-nos – Bernardo, Mary e Lawrence, dois de seus filhos. O Padre Davi conquistou logo a atenção dos jovens, ao fazer menção de Manchester Unied! Rezei a oração do Santuário-lar, composta pelo Padre Kentenich, em 1965; e a esta oração o Padre Davi acrescentou preces por todos nós, por nossas intenções e ação de graças. Em seguida, deu-nos a bênção com o Símbolo do Pai.
Uma das primeiras imagens da Mãe Peregrina
Partimos rumo às casas do Exército de Salvação para os idosos em Braeside, e rezamos, entre cânticos, na casa de Martha Mahomed, antes de nos haver o Padre Davi dado a bênção. No fim da rua, encontrava-se a casa de Taffy Fernought. Taffy foi a dirigente do apostolado dos doentes já desde os primórdios da presença do Movimento Apostólico de Schoenstatt aqui, no ano de 1977; apenas havia deixado de sê-lo, quando adoeceu seu falecido esposo, Tommy, pois teve de dar-lhe a devida assistência. Tinha uma das primeiras imagens peregrinas, nº 6 de 1985. Rezamos em conjunto com todos os que se encontravam reunidos em seu Santuário-lar, e pedimos ao Padre Davi que nos abençoasse com água benta. O Santuário-lar visitado, em seguida, foi o de Mary Finch. Todos estes Santuários-lar, tão diferentes, porém, idênticos em muitos aspectos, são de suma importância para a Família de Schoenstatt do Zimbábue. Têm sido nosso refúgio nos tempos bons e maus. Enquanto nos detínhamos neste lar, fomos surpreendidos por um forte temporal, de sorte que ficamos para tomar uma xícara de chá antes de irmos almoçar. Era necessário que chovesse. À noite encontramo-nos na casa de Junah e Oliver Mpofu, situada no Parque Alexander, para a celebração da Santa Missa, e para a qual foram convidados vários paroquianos. Foi uma bela celebração eucarística, com muitos cânticos em inglês e na língua nativa Shona. O Padre Davi explicou algo referente ao Símbolo do Pai, e todos os presentes se alegraram ao serem por ele abençoados. Em seguida, foi servido um ótimo jantar, e o Padre Davi pôde saborear a comida típica de nosso país. Ao regressarmos a casa, sentíamo-nos tão abençoados pela “viagem” deste dia, que nem sequer a usual falta de energia pôde diminuir-nos nosso humor. A viagem de regresso, Sheila e o Padre Davi tiveram um furo no pneu.
No lar de crianças órfãs e abandonadas
Na terça-feira, 30, fomos à vila das crianças de Santa Marcelina, situada em Hatfield. Há sete anos, Norman e Sytil Macdonald construíram esta vila para crianças órfãs e abandonadas. Algumas são cegas, deficientes e portadoras de HIV positivo. Aqui vivem 67 crianças, desde bebês até os catorze anos de idade. Numa casa em que ocorre um novo projeto, Escola em Casa, tudo estava preparado para a celebração da Santa Missa. Sybil e Normam trouxeram o Movimento Apostólico de Schoenstatt para o Zimbábue, em 1977, ainda durante a guerra. A Irmã Edith havia-as alentado a fazê-lo, e desde então cresceu a pequena “semente”. O Padre Davi explicou novamente algo referente ao Símbolo do Pai, e nós, uma vez mais, recebemos a bênção com o Símbolo do Pai. (E que aureola devemos ter!). Finda a Santa Missa, em que as crianças cantaram magnificamente, todos foram convidados para ir em procissão, caso quisessem tocar o Símbolo do Pai e rezar diante dele. Tanto adultos quanto crianças fizeram-no com grande entusiasmo. Depois do chá, o Padre Davi foi visitar, em companhia de Normam, o terreno de construção, situado perto da casa, onde será construída a escola e a capela, se Deus assim o permitir, levando consigo o Símbolo do Pai para abençoar o terreno e pediu ao Padre Kentenich que abençoasse este projeto e providenciasse os meios necessários para a sua realização. A visita do Padre Davi e do Símbolo do Pai chegaram a seu término, e nós sentimo-nos tão abençoados e cheios de gratidão. E fizemos nossas as palavras do Padre Kentenich: “Deus é Pai, Deus é bom, e bom é tudo o que Ele faz!”
Este tempo de graças é algo de onde vamos haurir nosso aprendizado, desfrutando-o em tempos vindouros.
Tradução: Abadia da Ressurreição, Ponta Grossa, PR, Brasil
