CHILE, Jaime Valenzuela / Equipa editorial •
Numa coluna para schoenstatt.org em Janeiro de 2024, posteriormente republicada na revista chilena “Vínculo”, Rafael Mascayano partilhou uma reflexão sob o título: “Gostaria que as minhas cinzas ficassem em Bellavista”…, e pergunta quase no final do seu escrito: “Será demasiado pedir que nestes 75 anos do 31 de Maio, a ideia da construção de um columbário ou memorial em Bellavista possa ser pensada, deliberada e posta em prática? —
Foi uma proposta que suscitou vários comentários a favor… e uma descoberta: a Família de San Fernando tem um columbário no seu terreno que já está na fase final e espera pô-lo em prática num curto espaço de tempo. Como surgiu? Jaime Valenzuela fala-nos disso, primeiro na revista Vinculo e agora em schoenstatt.org.
O vínculo com o Santuário
No final de 2015, em conversas no seio do Ramo de Casais da Família de San Fernando, descobriu-se que vários membros estavam interessados em que se estabelecesse que, após a sua morte, seriam cremados e as suas cinzas colocadas nos jardins do Santuário. O Pe. Miguel Kast, Assessor nessa época, com quem se conversou e a quem se comunicou esse interesse, porque para todos nós a vinculação ao nosso Santuário é tão profunda que queremos que perdure para além da nossa vida terrena. Como forma de fazer face a esta situação e dar um tratamento digno às cinzas dos interessados, bem como poder obter algum benefício económico para manter as instalações do recinto, foi proposta a construção de um columbário.
O Pe. Miguel Kast apresentou o pedido ao Conselho dos Padres de Schoenstatt, e não houve objecções. Aconselhou-nos a falar com o Bispo da altura, D. Alejandro Goic, que nos recebeu juntamente com uma carta que enviámos nessa ocasião, e nos autorizou a avançar com o projecto, tendo o cuidado de não se cair em situações comerciais como as que tinham ocorrido em algumas paróquias da Diocese de Santiago. Uma vez resolvidas as questões relacionadas com as autorizações correspondentes, foi pedido à nossa arquitecta Nieves Cosmelli que elaborasse um projecto coerente com a arquitectura do resto das instalações do local, apresentando um projecto baseado num módulo de 30 unidades, que poderia ser repetido tantas vezes quantas as necessárias.
O primeiro módulo já foi construído e só faltam as placas de mármore que formam o invólucro de cada nicho. Quanto à parte administrativa, estamos apenas a aguardar a papelada para podermos emitir facturas ou outros documentos que permitam a concretização da transação. Não conhecíamos outras situações semelhantes ao nosso projecto noutras famílias de Schoenstatt, mas mais tarde a Família de Curicó interessou-se por ele e iniciou o seu próprio projecto.
Na cidade de Monterrey, onde está a ser construído um segundo Santuário, agora no centro da cidade, o projecto inclui também nichos de sepultura. Muitas pessoas da zona sentem-se felizes ao pensar que os seus restos mortais podem repousar sob o altar do Santuário. Essa “cave”, aliás, tem muito mérito, pois está incrustada em rocha pura e a sua perfuração foi um trabalho longo e árduo. Se Jesus Cristo passou três dias num túmulo escavado na rocha, que privilégio que os nossos restos mortais repousem também entre rochas, na presença da Santíssima Virgem!
Colaboração: Eduardo Shelley @schoenstatt.org
Original: castelhano (9/4/2024). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal
