CHILE, Maria Fischer •
“Hoje, enquanto os sinos tocavam às 12 horas em Bellavista, a nossa querida Kiki Quiroz de Tagle partiu para o céu. A Missa será amanhã em Bellavista, o seu Santuário, a sua casa, o seu lar, a sua missão”. No dia 17 de Janeiro, esta notícia deu a volta ao mundo. Quem a escreveu, conseguiu resumir em poucas palavras a vida da nossa querida Kiki Tagle, do primeiro curso da União das Famílias no Chile. O Santuário de Bellavista foi o seu Santuário, a sua casa, o seu lar, a sua missão… e mais além, como diz o Documento de Fundação. O seu grande coração abraçava todo o Schoenstatt, toda a sua grande família, a revista Vinculo, schoenstatt.org e muito, muito mais. “Estou muito orgulhosa de pertencer à nossa grande FAMÍLIA DE SCHOENSTATT”, escreveu ela em Outubro de 2020. Kiki de Schoenstatt inteiro, até sempre. —
Kikí e Guillermo Tagle, em 2004, em Schoenstatt
Conheci-a, sem a conhecer, quando os seus filhos lançaram uma grande corrente de oração após o grave acidente que a deixou em coma com um prognóstico muito reservado. A Internet estava ainda a dar os primeiros passos, uma corrente de oração por correio eletrónico – que ultrapassava as fronteiras dos países e das línguas – era algo de muito novo. Mais novo ainda, pelo menos fora do Chile, era o facto de os filhos de Kiki pedirem, nesta corrente de oração, a intercessão de Mario Hiriart… que ainda nem sequer se podia procurar no Google, porque o Google não existia. Rezei no Santuário Original, animei muitos a unirem-se em oração, segui as notícias através dos e-mails e juntei-me à alegria e à gratidão quando, depois de um longo tempo de espera e confiança, Kiki acordou sem danos cerebrais… Tivemos o “milagre de Mario Hiriart” (para nós foi e é), mas ainda mais importante: tivemos Kiki entre nós, voltando a dar tudo por Schoenstatt e para Schoenstatt.
Mais tarde, creio que como presente dos seus filhos, por ocasião das suas Bodas de Ouro, Guillermo e Kiki Tagle peregrinaram a Schoenstatt para agradecer o milagre no Santuário Original. Foi aí que nos encontrámos pessoalmente, pela primeira vez – e apesar de um grande desejo de nos voltarmos a ver – pela última vez. Um encontro junto ao Santuário Original, seguido de dois encontros no meu escritório. Mas esse primeiro encontro foi decisivo. Fiquei impressionada e sem palavras (não só por causa do meu pobre espanhol de então) perante estes fundadores, perante o “milagre de Mario Hiriart”, perante pessoas tão famosas… “É a primeira vez que vejo um milagre vivo”, disse-lhe, e Kiki, com aquele sorriso afectuoso, respondeu-me: “Não só para ver, mas para abraçar”, e abraçou-me com uma naturalidade e simplicidade extraordinárias. Foi o início de uma amizade para toda a vida, uma amizade via e-mail, partilhando o nosso amor por Schoenstatt e a nossa paixão pela comunicação.
As saudades do Santuário
Abril de 2020, em plena pandemia. Kikí Tagle à direita, com uma bengala
Kiki era também a minha amiga dos emails semanais – normalmente enviados aos Domingos ou Segundas-feiras, ou seja, os dias em que recebia os Boletins de schoenstatt.org, recolhidas e enviadas semana após semana por Monina Crivelli.
Em vários dos seus últimos e-mails, recebidos durante a pandemia, ela falou-me da sua saudade do Santuário – o Santuário todo fechado.
“Obrigada!!! Gosto tanto das vossas notícias!!! … tão vivas. Imagina o que é estar TANTOS DIAS sem Santuário, sem Missa… está tudo fechado. Não sabem como sinto falta… pelo menos posso ver a Missa do Papa, ele fá-la sozinho, …um tradutor, um hino, e ouvi-lo pregar todos os dias. É um grande conforto! …e comunhões espirituais. Estou fascinado pelas vossas Notícias, que Jesus e a Mater vos encham de bênçãos”, comentou comigo em Abril de 2020.
“As vossas notícias (o boletim de schoenstatt.org) são sempre emocionantes! Obrigado pelo trabalho muito bom que fazem. Agora não se pode ir ao Santuário. Tudo está fechado… Eu costumava ir lá todos os dias… Tenho tantas saudades! Não é fácil… Não é? O coração está lá”, escreveu ela em Setembro de 2020, e uma semana depois: “Que alegria receber as vossas Notícias”, escreveu ela em Setembro de 2020. “Junto-me espiritualmente… mas não se pode ir ao Santuário! Não sei por quanto tempo esta regra se manterá. Vou até ao muro ao fundo da casa, vejo uma árvore e dirijo-me espiritualmente ao Pai, agradeço-lhe porque o conheci e mudou a minha vida, continuo até ao Santuário, revejo tudo o que está lá dentro, e na Igreja lembro-me de como tenho lá um neto em cada pequena chama… e espero quando poderei voltar!
Em Abril de 2020, no início da pandemia, a MTA foi coroada Rainha da Saúde no Santuário de Bellavista. Kiki esteve presente:
“Fui escolhida para participar na cerimónia de coroação da Mater! Foi uma experiência maravilhosa! Éramos poucas pessoas! Tudo estava muito bem preparado. Deram-nos um livrinho com tudo o que se ia passar depois, dois locutores anunciavam cada passo, tudo o que se dizia à Mãe e Rainha, o Santuário sem bancos… Tiveram a gentileza de colocar uma cadeirinha ao lado, o meu coração rebentava no peito. No caminho fiz o que fazia sempre que ia ao Santuário…. deixei a minha muleta de lado, peguei nas mãos do Pai, olhei nos seus olhos que pareciam estar a olhar para mim e agradeci, porque te conheci e tu mudaste a minha vida. Rezámos as orações “passo a passo”… foi muito, muito comovente. A coroa estava no altar e, depois de cada oração, no final, colocaram-Lhe a coroa! O meu coração estava a transbordar de emoção. Sinto-me tão feliz. Sinto-me muito sortuda. Como foi transmitido pela Internet, todos os meus filhos e netos puderam ver. Recebi muitos telefonemas, obrigado querida Mãe Santíssima por este presente que me deste!
O presente de estar no Santuário, a sua casa e a sua missão.
O almoço em sua casa
Quem era (ou é, melhor) Kikí? Conta-nos Rafael Mascayano:
“Uma grande mulher, quando estávamos a começar a “Escola de Dirigentes” (instância em que deixávamos grande parte dos nossos estudos universitários para viver em comunidade e servir o Movimento e a Igreja), ela e a Ma. Teresa Rivas foram as nossas madrinhas, cuidando de nós nas refeições e noutras coisas: quando comecei a trabalhar como professor, fui viver para perto do Santuário e ainda com poucos rendimentos… e ela convidava-me para almoçar em sua casa (e com o número de filhos que tinha). Preocupava-se com o natural e o sobrenatural em nós, com os jovens que renasciam em Bellavista.
Editora de “Vinculo”
Editora de “Vinculo”
“Ontem soubemos da morte de Kiki, querida e recordada Editora da Revista Vinculo, tarefa que desempenhou desde Junho de 1987 até Agosto de 1999”, partilhou a equipa editorial da Vinculo, a revista mensal de Schoenstatt Chile. “Para toda a equipa editorial da época, foi um enorme presente ter trabalhado com ela; ela foi a alma da revista durante todo o tempo em que pudemos partilhar tantas alegrias. Como editora, tinha uma coluna muito aguardada e muito apreciada: “Vinculando-nos”. O que ela partilhava neste espaço era a sua visão da vida que Deus e a Mater despertavam à nossa volta; era muito gratificante e entusiasmante lê-la. Por ocasião do 20º aniversário da revista, e já não fazendo parte da nossa Equipa Editorial, escreveu uma saudação em que recorda a sua experiência connosco e nos conta como chegou a fazer parte da Vinculo.
Aqui está o que ela escreveu:
O meu querido Vínculo faz 20 ANOS e eu quero prestar-lhe homenagem. Porque é que digo “meu”? Porque é assim que sinto. Trabalhei como editora durante 13 anos. É uma história de muitas satisfações, noites sem dormir e preocupações. Lembro-me como se fosse ontem do telefonema do Padre Rafael Fernández. Em resposta ao seu pedido, disse: “E se eu não puder, não sou jornalista, não tenho tempo, isto é demasiado grande para mim! Ele deu-me um dia para pensar. Estávamos encarregados da Pastoral do Verbo Divino com muito trabalho. Fui ao Santuário para contar à Mater e pedi-lhe que me desse um sinal claro se não me convinha, se me ia stressar. Dos meus nove filhos, cinco tinham casado e restavam-me quatro em casa. Tinha preparado uma boa refeição. Um a um, telefonaram-me a dizer que não vinham almoçar e, finalmente, o Guillermo telefonou-me a dizer que tinha havido um problema e que não vinha. Isto era muito invulgar. Guardei a comida e disse-lhe: “Mater, este é o sinal. Mostraste-me que vou ter cada vez mais tempo e que vou poder fazê-lo.
No dia seguinte, encontro-me com o Padre Rafael. O meu cunhado sociólogo tinha insistido que tinha de ser um trabalho remunerado, só assim as coisas seriam eficientes. Como se eu tivesse adivinhado, o Padre começou a sua conversa dizendo-me que não tinham um tostão, uma situação que se mantém desde há muito tempo e que faz de nós um milagre permanente de sobrevivência. Custa tanto conseguir assinantes! O nosso melhor momento foi quando Guillermo Subercaseaux, então Chefe do Ramo dos Casais da Cordilheira de Santiago, decidiu fazer a assinatura do Ramo através de uma folha de pagamento: juntamente com a inscrição na Jornada, subscreveram o Vínculo. Depois apareceu o Apóstolo e deixámos cair 600 de uma vez. Mas conseguimos aguentar-nos.
Lembro-me como foram difíceis os primeiros números. Comecei com o nº 15. O Padre Carlos Cox era o Director. Ele tinha-o criado para motivar o ano do Centenário do Pai, e acharam tão importante envolver toda a Família que decidiram avançar. No início fazia-o numa máquina de escrever, mas que diferença fez quando apareceu o computador! Que grande mudança! Poder apagar, colar, cortar com um simples clique. Sobre o computador, a Mater, um Cristo e o Espírito Santo, membro honorário. Quando a inspiração era cortada, uma mini coroação. Fazia pequenas coroas com qualquer coisa, descartáveis. Ela é e sempre será a Rainha do Vínculo.
Não teria sido capaz de fazer nada sem a ajuda paciente e amável de Octavio Galarce. Ele esteve presente desde o primeiro número, com uma vocação jornalística inata, e sempre conseguiu – não sei como – fazer com que cada número saísse. Partilhámos o amor pelo Vínculo e tornámo-nos amigos do peito. Era tão motivador pensar que estávamos a unir os schoenstatteanos que partilhavam a Aliança de Amor, espalhados pelo Chile e não só, transmitindo a vida, contando as maravilhas que a Mater faz neste Movimento tão original, tão multifacetado, tão variado, que saiu do coração e da cabeça do nosso Fundador.
Lembro-me do fim do prazo, que estava sempre presente, e dos artigos prometidos que não chegavam ou daqueles que chegavam demasiado longos e tinham de ser cortados e encurtados. Escrevia sempre à noite. Por volta das doze horas, vestia-me de Vínculo e escrevia toda a noite. De manhã, tomava um comprimido para dormir cerca de três horas e, na noite seguinte, voltava a escrever. Tantas recordações! As inaugurações de Santuários, a procura de pessoas para entrevistar, a reportagem das Jornadas, o primeiro correspondente voluntário, Teodoro Ulloa. Depois, Mónica Airola de Rivas e Eva de Petterson, tão fiéis. Tive sempre problemas de espaço, porque queria contar tudo, tal como agora, que comecei curto e nunca mais acabo.
Amei-o muito e continuo a amá-lo. Cada número que chega dá-me uma alegria imensa e acho-o melhor do que o anterior. (…)
Cristina Quiroz de Tagle”.
Um dos e-mails de Kiki Tagle, reflectindo sobre as notícias de schoenstatt.org. Durante anos, chegaram semana a semana
Os Domingos com schoenstatt.org
“Terminou o meu almoço de Domingo, vamos à bênção das Irmãs, uma hora no Santuário, e depois a grande recompensa de ler as Notícias de Schoenstatt. São fantásticas! Inflamam o coração! São demasiado boas!
Cada notícia é melhor que a outra: os jovens voluntários alemães trabalhando na Igreja de Belmonte; os Madrugadores, uma corrente de vida super evangelizadora; Alianças de Amor de Mulheres Profissionais na Costa Rica; a Missa do dia 19 unida ao Vaticano com a novidade dos Guardas com Aliança de Amor; o encontro em Portugal com famílias alemãs e espanholas mostrando o sucesso da “Academia de Pedagogia Familiar”; o vídeo que se prepara para promover 2014 onde se esclarece que não é uma Conferência, Jornada, exposições, mas uma “peregrinação” que lindo! … e para sobremesa, aquelas três famílias que partiram com seus filhos para Milwaukee, que coisa linda! Vivemos e recordámos cada pormenor desta experiência que nos faz descobrir de novo o que o nosso Pai viveu no exílio, o enriquecimento que a sua presença foi capaz de produzir nas pessoas. Regressa-se de Milwaukee amando muito mais profundamente o Pai e eu felicito-vos! Estão a fazer um trabalho maravilhoso e sem dúvida que a Mater se encarregará de vos recompensar em conformidade.
Queridos amigos, gostei das vossas notícias e peço-vos que continuem com o mesmo entusiasmo…”.
Outro comentário de Kiki em 5 de Março de 2019:
“Não sabem o quanto as vossas “Notícias de Schoenstatt” me tocam! É como apaixonar-me um pouco mais por Schoenstatt. Como não se emocionar ao ver que o Padre Alexandre Awi Mello, que recordamos com muito carinho pelo seu precioso livro sobre a Mãe de Deus (Maria é minha Mãe), vai participar numa celebração em Espanha para homenagear a Mãe de Deus na “Grandimana” para honrar a participação da Mãe de Deus como a grande referência da história. Que coisa maravilhosa que aconteceu na Costa Rica! Grande trabalho do Padre José Luis Correa que na última Missa se despediu do Chile, pedindo-nos que rezássemos pelas vocações. E tudo o que lemos sobre a Costa Rica …. …. Como cresce Schoenstatt! Como cresce o Padre Kentenich com a sua fé contagiante na Mater e no Santuário. Os alemães que vieram antecipadamente para preparar a Jornada Mundial da Juventude! Todo o trabalho que também foi feito no Panamá por aqueles que acolheram os visitantes. Pudemos acompanhar passo a passo toda a Jornada Mundial da Juventude. …. e, de repente, viam-se imagens da Mãe Peregrina. E a paróquia de “San Francisco de la Caleta” com os Padres de Schoenstatt, que belo trabalho fizeram, acolhendo e divulgando …. que orgulho! Eles também vieram do Texas para colaborar e motivar. Também me comoveu a partida do Padre Michael Marmann, uma grande pessoa comprometida com o Movimento, testemunha da reunificação da Alemanha, Superior dos Padres de Schoenstatt, um filho fiel do Padre Kentenich. Aqui aproveito a oportunidade para vos dizer que vos levo sempre ao Santuário. Mais tarde falar-vos-ei de mais dois capítulos. Com amor, Kiki.
Ela fazia sempre uma “releitura”, recordando as suas próprias experiências, comentando-as comigo (e como me arrependo hoje de não ter encontrado tempo para lhe responder sempre…):
“É tão estimulante ler estas Notícias de Schoenstatt!!! Deixam-nos com o coração cheio de amor pelo Pai, pela Obra, por todas as coisas heróicas que alguns fazem, pela forma como o Movimento cresce… por vezes de uma forma tão inesperada!
Aqueles Madrugadores que começam uns poucos, depois começam a crescer… e passam a ser quinzenais! Incrível! A algumas pessoas da Argentina que me diziam o mesmo, respondi-lhes e aconselhei-as a deixar as coisas como estavam… para não haver algumas baixas a pouco e pouco. Achei incrivelmente heróica a viagem de 1000 quilómetros para atravessar todo o Paraguai. Lembro-me com muito carinho das minhas visitas ao Paraguai. Quando fomos à inauguração, os anfitriões (inesquecíveis!) alojaram-nos no seu quarto e instalaram-se noutro local. Lembro-me sempre com muito carinho das minhas viagens ao Paraguai, tanto amor por Schoenstatt, como são eficazes!
A narração da Missa em Roma, na Igreja Santa Maria dell’Anima, com tantos Padres, tantos schoenstatteanos, com belas Homilias… foi uma bela narração. Dezanove raparigas da Juventude Feminina da Diocese de Resistencia, Chaco, Argentina, que selaram a sua Aliança de Amor no local onde será construído o futuro Santuário Filial da Província do Chaco. Estavam presentes membros da Juventude e meninas do Ensino Médio, um gesto muito bonito!
Na Costa Rica, os casais da União fizeram um retiro no fim de semana e era evidente a alegria de todos no final do retiro. Trabalharam intensamente e fundaram a União de Casais da Costa Rica e querem ser guardiães do carisma e da missão do Pai.
O nosso Papa Francisco é incrível com o seu segundo Dia dos Pobres e a sua visita surpresa ao centro ambulatório onde serão atendidos os doentes. Levo-vos ao Santuário todos os dias! Obrigado pelo vosso trabalho. Um dia disse ao Padre Rafael que tinha muitas saudades do meu querido marido e ele disse-me: é muito fácil… o remédio é Jesus. Apercebi-me que quando comungava tinha-o todo no meu coração… então voltámos a ser um só… por isso fui ao Santuário e fiquei até às 13h30. A Missa é às 12 horas. Agora, no mês de Maria, eu vou às 12 horas e depois às 7h30 é o mês de Maria. Começa daqui e vai com a Mater a toda a volta, passamos pela Cruz da Unidade, a estátua do Pai, continuamos até ao túmulo de Mário e rezamos o Terço até chegarmos ao Santuário onde estão todos os bancos e às 8 horas é a Missa, com diferentes Padres…”.
Obrigado, Kiki, pela tua dedicação a Schoenstatt. E obrigada especialmente pela tua dedicação a schoenstatt.org e pelas tuas orações por nós e pelo nosso trabalho. Continua a rezar… por favor. Adeus, Kiki de Schoenstatt.
“É assim que os meus pais estão agora a festejar a sua vida no céu”, escreve um dos filhos
Original: castelhano (21/1/2024). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal
