Paz Leiva & Miguel Ángel Rubio

Posted On 2023-11-03 In Vida em Aliança

Dois velhos-novos chefes da União Apostólica das Famílias de Espanha

ESPANHA, Barbara de Franceschi •

Dizem que a velhice chega quando nos cansamos de subir escadas, quando aparecem os cabelos brancos, quando os nossos filhos são totalmente independentes, quando nos doem os joelhos, quando é preciso substituir um ou dois dentes e quando a reforma é bem-vinda. —

Dizem que a velhice chega quando começamos a esquecer os nomes das pessoas que nos são próximas e, para as nomear, usamos primeiro os três nomes que nos aparecem pela primeira vez…, quando começamos a esquecer as datas dos aniversários da nossa família, quando a buzina dos carros que nos ultrapassam não pára de tocar. Dizem também que a velhice chega quando nos começa a faltar o entusiasmo porque tudo nos parece, como dizem os franceses, “déjà vu”, “déjà connu”. Sim, diz-se….

Mas também dizem que a velhice abre as portas a uma nova etapa, cheia de liberdade e conhecimento. Que, de repente, passamos a ser capazes de cuidar de tudo aquilo para que não tínhamos tempo, que podemos passar os dias a dar prioridade ao que realmente nos interessa. Dizem que a sua agenda começa a encher-se de coisas que realmente lhe dão alegria. E não importa se as palavras não vêm de imediato, se te enganas no nome ou na data, ou se sobes caminhos íngremes com mais esforço e menos ar. Não importa, porque os teus pequenos defeitos começam a ser conhecidos por ti e pelos outros e deixas de ter vergonha deles. Alguns chamam-lhe a idade de ouro, e têm toda a razão, porque nós, seres humanos, somos como as árvores de folha caduca que, no outono, se mostram em todo o seu esplendor, vestindo-se de fogo e ouro. É assim que nós, os velhos, nos vestimos: as nossas roupas tornam-se belas rugas, sorrisos generosos, mãos manchadas pelas nódoas da passagem do tempo. Vestem-se de experiências vividas, de feridas e alegrias que aparecem quando se ama muito. Têm uma bagagem que os outros não têm, de sabedoria e de missão cumprida… embora não completamente, e têm na sua posse um tesouro que nos faltava tanto quando éramos jovens, que é o tempo.

Os nossos “velhos” amigos

Pois bem, neste contexto, os nossos “velhos” amigos M. Paz Leiva e Miguel Angel Rubio (a) Mason, foram reconduzidos por três anos como coordenadores da nossa União Apostólica das Famílias de Espanha, numa etapa em que o Espírito Santo sopra novos ares de força, audácia e responsabilidade pessoal. E olhem para os seus sorrisos, não transmitem alegria, carácter, determinação e dedicação? Ali estão eles, os nossos “velhos novos chefes”, que não hesitaram um só momento em aceitar a sua tarefa – que não é pequena, diga-se de passagem – porque sabem que são grandes e fracos, porque conhecem as suas forças e as suas feridas, porque têm o apoio de todos, e porque os esperam grandes desafios e aventuras em tempos difíceis para o mundo.

Queremos agradecer-lhes pela sua coragem, com o desejo de que a nossa União em Espanha seja o que deve ser e sirva a Igreja e o mundo como nos pedem o Papa Francisco e o nosso pai fundador: “Ajudai-nos a manter a unidade na Igreja e a ser artesãos de comunhão no mundo…, Maria, olhai por nós” (Palavras do Papa Francisco a 27 de Outubro para a oração pela Paz).

Ânimo e coragem, Paz e Mason, estamos convosco!

Original: castelhano (2/11/2023). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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