CHILE, Ramón Vergara, seminarista •
Falar da celebração de um Santuário é falar de “dias de graças”, e foi isso que vivemos no Colégio Pe. José Kentenich no 25º aniversário do nosso Santuário Sion de la Trinidad. Falar do aniversário de um Santuário é falar da celebração da história, da vida e da companhia da nossa querida Mãe e Rainha. —
No dia 18 de Novembro vivemos um dia de graças com uma celebração interna com os Padres de Schoenstatt e também com uma Missa aberta e um concerto à Mãe, com tantos amigos e famílias que nos acompanharam. Durante esses dias, vivemos uma série de coisas que, despertaram a vida em cada um de nós. Perante o desafio de como nos prepararmos espiritualmente, decidimos rezar uma novena durante as manhãs. Penso que foi um grande prefácio que, nos introduziu no mistério do que são para nós os 25 anos de vida do Colegio Mayor e a preparação de tantos padres para o sacerdócio de Jesus.
Do Santuário Sion de la Trinidad: Um sacerdócio livre, fraterno e autêntico
Dito isto, passamos à celebração interna, um dos grandes pólos desta festa, uma celebração cheia de pessoas, histórias, gerações e também canções que fazem parte de um mosaico que nos revela o “rosto” do sacerdócio de Sion. A Homilia do Pe. Fernando explicitou-nos as pessoas que nos ajudaram, rostos que não conhecemos mas que contribuíram para construir o nosso sacerdócio e que, portanto, só lhes podemos estar gratos. Juntos renovámos a nossa intenção de viver e pedir a Maria um sacerdócio livre, fraterno e autêntico; desta vez fizemo-lo não como uma geração, mas com toda a comunidade de Sion, com todas as partes deste grande mosaico do qual todos fazemos parte.
Redescobrir a madeira original, a cor original das nossas vidas
Há dois eventos que se seguiram à celebração interna mas que estão na mesma linha, penso que foram a melhor transição possível para a celebração externa. Estas são a Missa com o Padre Mariano e a reunião para ouvir o CD em conjunto. O Pe. Mariano falou-nos não só das histórias destes 25 anos e das tradições que foram ficando para trás, mas sobretudo dos Ideais que foram moldados na vida e nas paredes deste seminário. Falou-nos da convicção de que Maria, do Santuário, nos dá a vida de Sião. Falou-nos do “mistério do Colégio” que se vai fazendo vida na vida dos seminaristas, Cursos e gerações de formas únicas. Pessoalmente, percebi-o como um convite a reconhecer este mistério em si mesmo e a deixá-lo tomar forma em toda a comunidade.
O outro pólo foi a celebração externa juntamente com a Família de Schoenstatt e tantos amigos que puderam vir. Começámos com a Missa, na qual a Homilia do Padre Jaime nos ajudou a admirar o processo deste lugar, a natureza que envolve o nosso Santuário, e como o seminário se foi vivificando ao longo da história. Maria sempre permaneceu, Reitores e seminaristas passam, mas Ela permanece e acompanha o sacerdócio. O facto de o Santuário se encontrar no Colegio Mayor não é acidental mas sim essencial para o nosso caminho. Como presente à Mãe, quisemos restaurar o Seu retábulo durante a pandemia e este foi um sinal muito vivo que nos permitiu redescobrir a madeira original, a cor original da nossa vida. E assim voltámos a entronizar a Mãe no Seu Santuário. Ela desceu com Jesus para nos levar com Ela, todos nós juntos, de volta ao Santuário e para Se estabelecer ali, e também para nos estabelecermos lá com Ela.
Após a Missa, subimos todos juntos para a renovação. Uma renovação que foi colorida com flores a Maria que cada um levava. Um gesto permaneceu na memória colectiva: as Irmãs que nos acompanharam, coroando a Mãe antes de A entronizar novamente. Após a renovação, este momento que deu origem a toda a vida deste Santuário, passámos ao concerto, um concerto que foi realizado de frente para o sol que nos saudava com força.
Aí apresentámos o novo álbum de música de Schoenstatt: ¡Vive Dios! publicado no Spotify. A música é uma manifestação da nossa vida religiosa e do nosso encontro com Deus e com a Mãe, e oferecemo-lo como presente a tantas pessoas que nos acompanham, para tantos amigos que servem no apostolado.
Vivemos 25 anos de vida que foram misteriosamente expressos nesta semana, o que nos deixou rostos, histórias, emoções e canções que mostram de forma espantosa a verdadeira cor do Colegio Mayor.
É o nome do nosso álbum, e por detrás destas duas breves palavras há muita vida.
Antes de mais, é a alegre constatação de que Deus está presente no nosso meio, mesmo nestes tempos de incerteza e dificuldade que todos vivemos devido à pandemia. É a certeza de que Ele está connosco, caminhando ao nosso lado, e que não nos deixa à deriva, mas sustenta a nossa própria vida com o Seu Amor. É uma exclamação, um anúncio, do que temos vivido e contemplado e queremos partilhar com muitos mais.
Em segundo lugar, é um convite a vós, que nos estais a ouvir, a deixar Deus entrar na vossa vida, a viver o que Deus significa: amor, luz, esperança… a experiência de caminhar com Deus, com Maria, com os amigos que Ele põe na estrada e que são também um reflexo da Sua salvação.
Talvez, numa única frase, seja um apelo a deixar-se tocar pela salvação do Deus vivo, que Se faz presente em cada uma das nossas vidas através de Maria e a alegria de sermos amigos e caminharmos juntos na esperança.
Todos os seminaristas participaram na elaboração do álbum “Vive Dios”, quer compondo, cantando ou tocando um instrumento: guitarra, piano, bateria, etc.
O disco está disponível em Spotify: Colegio Mayor P. José Kentenich
Fonte: Vínculo – Dezembro de 2021. Com autorização dos editores
Original: espanhol (19/12/2021). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal
