Quédate, Mater, en Santa Cruz do Sul

Posted On 2021-07-27 In Santa Cruz do Sul, Vida em Aliança

Fica, Mãe. Um dia de Aliança cheio de significado em Santa Cruz do Sul

BRASIL, Maria Fischer / Ruy Kaercher •

“No Domingo à tarde, os fiéis de Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Vera Cruz participaram numa Missa ao ar livre no Santuário de Schoenstatt. O dia ensolarado contribuiu para a celebração, que teve lugar no dia 18 do mês, o dia que comemora a renovação da Aliança de Amor com Maria”, lê-se no jornal. Em quase todos os 200 Santuários de Schoenstatt do mundo, a renovação da Aliança de Amor é celebrada no dia 18 do mês. O que a torna digna de notícia? A jornalista, Caroline Garske da GAZ, explica no parágrafo seguinte: “A celebração ao ar livre dirigida pelo Padre Rafael Toillier, do Vale do Sol, também enfatizou a importância de manter o espaço”. —

Foi um imenso presente este 18 de Julho de 2021. Após o encerramento do Santuário em Outubro de 2020 e a sua reabertura “sem altar” em Maio, fruto de lutas legais e ainda mais de Capital de Graças por parte de schoenstatteanos, peregrinos e pessoas do município, este Domingo, 18 de Julho, reuniu cerca de 200 pessoas em frente ao Santuário. Quando o sino começou a tocar, havia lágrimas nos olhos…e não só entre os presentes em Santa Cruz do Sul, mas também nos que assistiam em frente dos ecrãs.

Fica, Mãe. Schoenstatteanos e peregrinos de cidades vizinhas

Fiéis de Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Vera Cruz participaram na Missa ao ar livre no Santuário de Schoenstatt.

Ruy Kaercher, do Instituto das Famílias e um lutador incansável pela manutenção do Santuário, expressou a sua gratidão pela presença do Padre Rafael Toillier, Pároco do Vale do Sol, que se ofereceu para celebrar a Missa. O padre, por sua vez, explicou numa entrevista ao Jornal Arauto, uma cidade vizinha de Vera Cruz, onde vivem muitos schoenstatteanos, que o Santuário não é uma igreja como qualquer outra; pelo contrário, está dentro do Movimento de Schoenstatt, que é mundial. Para a Diocese, a presença de um Santuário Mariano é de grande importância. “É uma obra muito bonita da Mãe Peregrina que visita as casas das famílias através da pequena imagem. É Maria quem leva o Seu filho Jesus para visitar as famílias. Através da Paróquia do Valle del Sol, tivemos a ideia de reunir as pessoas no dia 18 neste espaço aberto, por causa da pandemia, para renovar a Aliança de Amor a Maria”.

Fica, Mãe. Terra sagrada

Ruy Kaercher, 67 anos, que é um dos coordenadores do movimento para manter o Santuário no seu lugar, diz que o grupo considera o espaço terreno sagrado. “Não nos opomos à construção de um Santuário noutro local aqui no município, mas defendemos firmemente que ele deve permanecer aqui para sempre e, por respeito à história das pessoas que ajudaram a construí-lo, que dedicaram as suas vidas ao longo dos anos”, diz ele. “Não é por acaso que está aqui. Acreditamos que a Mãe escolheu de facto este lugar para estabelecer a Sua morada e acolher os corações dos Seus amados filhos”. Ele destaca as palavras da Irmã M. Jacoba Baum, antiga Superiora Provincial da Província do Tabor, que quando chegou ao local disse: “Este foi de facto o lugar onde a Mãe Se estabeleceu”.

Benedito e Elisa Pires, do Instituto das Famílias, num testemunho dado ao jornal GAZ, dizem: “Temos saudades dos bons tempos. Temos muito que agradecer… Além disso, recordamos com gratidão as Irmãs Lygia e Terezinha, que nos introduziram em Schoenstatt, e muitas pessoas que passaram pelo Santuário. Além disso, um agradecimento especial à Irmã Victoria, que é bem conhecida na comunidade de Santa Cruz por tudo o que aqui fez”.

Leoni Cristina Kessler, guia turística e activista da reconquista do espaço, afirma que o local é considerado um ponto de peregrinação e turismo religioso e destaca a importância deste marco para a cidade. “É fundamental para Santa Cruz do Sul preservar este lugar que é abençoado, porque não há maneira de des-santificar um lugar que já foi santificado”.

Actualmente, está em curso um processo de protecção do Santuário de Schoenstatt, que foi apresentado ao Ministério Público pelo Conselho Municipal de Turismo.

Quédate, Mater

Fica, Mãe. O cordão humano

“No final da Missa, os fiéis formaram um “cordão humano” em redor do Santuário, rezando à MTA. Fica, mãe”, comentou Ruy Kaercher. 200 pessoas abraçaram o Santuário. Jovens, pessoas em cadeiras de rodas, idosos, casais, famílias inteiras, schoenstatteanos, peregrinos, cidadãos…

Um símbolo forte, feito pela primeira vez pelas Irmãs de Maria (é quase irónico…), quando havia o perigo de que os nacional-socialistas fechassem ou destruíssem o Santuário Original. Um símbolo, um gesto repetido muitas vezes em momentos de perigo. Agora um símbolo para pedir o regresso do altar ao Santuário. Não o regresso da MTA.

Ela nunca saiu. Ela está lá. Ela está nas Suas Peregrinas, Ela está nos Santuários-Coração dos schoenstatteanos, Ela está neste lugar que Ela escolheu. Fica, Mãe.

“Cada coração construiu um altar à Mãe”, diz Alexandra Kempff, de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, do Santuário que aguarda a sua bênção há mais de um ano, várias vezes adiada pela pandemia. Isso é mais do que suficiente. O resto é política.

Quédate, Mater


Artigos na imprensa local:

Original: espanhol (25/7/2021). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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