Petrópolis

Posted On 2022-08-17 In Missões

Missão Cristo Tabor 2022 – Petrópolis e Rio de Janeiro

BRASIL, jumas •

Depois de dois anos e meio sem a juventude do Sudeste realizar uma missão, na última semana (24 a 29/07) a Juventude Masculina de Schoenstatt partiu a Petrópolis – local onde diversas partes do município serrano desabaram, deixando mais de 230 mortos e várias famílias desabrigadas – decidida a expressar sua solidariedade por meio de uma atividade missionária, levando Cristo e Maria aos habitantes, ouvindo as famílias e orando juntos, crentes de que esse apoio espiritual poderia ajudar a cidade. —

A missão começou com uma recepção dos paroquianos em um delicioso almoço, seguido de um retiro espiritual para os missionários entrarem no espírito de missão. Mas de fato, a atividade missionária começaria com a missa da noite da Paróquia Santo Antônio, que acolheu os missionários. Ainda no primeiro dia, após a missa, a juventude e pastoral de rua se uniram para ir tocar uma realidade simples e delicada, ir tocar o Cristo que sofre, ir aos nossos irmãos em situação de rua, tendo a oportunidade de conhecer uma realidade diferente e conversar com eles, além de oferecer um sopão para esquentar a noite fria de Petrópolis. Matheus Silva, um dos missionários, pôde dar seu testemunho sobre essa experiência:

“Tinham poucos irmãos na rua, mas dos poucos que estavam lá, o que me chamou mais atenção foi a Andreia e o Jhonny (coordenadores da pastoral de rua) chamando cada um pelo nome, eles os conheciam e os tratavam como família! Isso me tocou e fez meu olhar se virar mais ainda aos irmãos de rua, não quero somente entregar um alimento para eles, eu também quero ser família.”

Matheus Silva

Petrópolis

Enviados dois a dois às ruas da cidade

A momento de muita agitação e oferta a Deus, eles foram enviados dois a dois às ruas da cidade. E assim foi, entre segunda e sexta, de manhã e à tarde, com muita entrega, debaixo de sol e até de chuva (no último dia de missão). Foi uma experiência de intensa fé, ao final das visitas, em partilha entre os missionários, ficou claro que a missão foi cumprida, de que era necessária e de que nas portas abertas aos jovens se abria uma porta para que Cristo e Maria habitassem naquela casa. Um dos missionários, Christoffer, de Curitiba, teve sua primeira experiência missionária e partilhou como foram as visitas às famílias:

“Essa foi minha primeira missão e não teria como ter sido melhor. Conheci muitas pessoas novas, ouvi muitas histórias e me emocionei pelas famílias que ainda continuam de pé, continuando a vida mesmo com muita dor, isso mostrou que meus problemas eram mínimos comparando com os que as famílias tinham. Acredito que a minha visita às casas teve um impacto muito positivo não só para as famílias, mas para a minha vida também, além de ter aprendido com as pessoas que visitei eu também pude levar a presença da Mãe peregrina e de Deus. Eu levei esperança para essas famílias, pude ajudar elas a reconquistar a fé que muitas pessoas tinham perdido.

Fico muito feliz por ter feito parte disso. Tudo foi como uma luz no fim do túnel não só para as famílias, mas também para mim.”

Christoffer Lineve

As visitas às casas não foram o único momento em que os missionários puderam missionar, ao chegar da tarde de missão, tinha um café da tarde para partilharem não só entre si, mas com a comunidade da cidade, tempo esse para estender também às conversas das casas. Todos os dias, após o café, tinha a reza do terço e missa.

Essa missão teve como proposta estar aberto a comunidade desde o primeiro período de missão até o jantar, tendo assim, um extenso período missionário, isto porque após a missa, os meninos do JUMAS, convidaram os jovens da cidade para partilhar de um jantar, de uma vida em comunidade, um tempo de oração e também muita conversa e diversão. Nesse momento os jovens puderam conhecer mais do carisma schoenstatteano, de como vivem juntos os missionários, além de mostrarem também quem são e de dar seu testemunho.

Aquele que carrega Cristo

Durante a missão, houveram algumas particularidades na “rotina” dos missionários, já na segunda subiram em um caminhão e saíram festejando numa carreata com a comunidade o dia de São Cristóvão, padroeiro de todos transportadores e que é “aquele que carrega Cristo”, exemplo que os missionários queriam seguir durante a semana.

Na quinta-feira, a proposta foi também um pouco diferente: Participaram da missa logo de manhã e na sequência, puderam conhecer e partilhar com a Irmãs da Arca de Maria, uma comunidade religiosa da Igreja Católica. No período da noite, foi abençoada uma ermida de Maria, Mãe de Deus e seu Filho, ermida que foi construída pelos próprios missionários, durante a semana de missão, eles mesmos cortaram, parafusaram, envernizaram e a fixaram. Após a benção, a comunidade (missionários e paroquianos) se dividiu em quatro grupos e foram caminhando às áreas onde houveram os desabamentos de fevereiro e março para rezar pelas pessoas que perderam suas vidas e casas nessa tragédia, momento que trouxe muita comoção.

Todos voltaram molhados, mas com muita alegria

E por fim, a última particularidade foi na manhã de sexta, faltando poucas casas a visitar, sobrou tempo para visitar a catedral e museu da cidade imperial – a cidade já foi morada do Imperador do Brasil Dom Pedro II e temporariamente capital do país – pois pensou-se ser importante a “mistura” de fé e cultura e que nossos jovens conheçam a história do seu país, pois nenhuma história é construída sem um passado.

Como dito antes, o último período de missão (tarde de sexta) foi marcado por chuva, justamente o período em que alguns missionários foram a uma quadra e pontos de ônibus da cidade (locais abertos) para missionar as pessoas que estavam por lá enquanto outros conseguiram se abrigar nas casas que visitaram. Todos voltaram molhados, mas com muita alegria e com a sensação de dever cumprido!

Rio de Janeiro

Sexta-feira foi dia de dar um até logo a Petrópolis, pois os missionários ainda tinham outra tarefa pela frente, seguir em missão ao Rio de Janeiro!

No Rio de Janeiro, o JUMAS foi convidado pela Família local para participar da III Romaria Arquidiocesana da Juventude, em que durante a manhã e tarde de sábado (30/07), viveram momentos de adoração, de louvor, música, palestras e muita alegria. A noite a proposta foi um Luau na Praia para a juventude local, a luz da lua, com música e diversão.

No domingo (31/07), último dia de missão, os missionários foram convidados a acompanhar a celebração da Eucaristia aos “pés de Cristo”, no Cristo Redentor. E cantando o Hino do Herói de Schoenstatt, Franz Reinisch, se coroou toda a semana de missão, finalizando com um grito que transmite o que acreditam todos os missionários: “Ela realizará milagres!”

PetrópolisFonte: jumasbrasil.com.br

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