Posted On 2014-10-01 In Francisco - Mensagem

Não aos cristãos vaidosos, são como uma bola de sabão

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em Schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

A tendência a estar centrados em nós próprios e nas nossas ambições pessoais, pode ser muito humana, mas não é cristã

Tweet @pontifex_es, 27.09.2014

Jesus prepara-nos para que sejamos cireneus para ajudá-lo a levar a Cruz. E a nossa vida sem isto não é cristã. É uma vida espiritual, boa… ‘Jesus é o grande profeta, também nos salvou. Mas Ele. Eu não…Não! Vós com Ele! Percorrendo o mesmo caminho. Também a nossa identidade de cristãos deve ser guardada e não creiam que ser cristãos é um mérito, é pura graça.

Missa em Santa Marta, 26.09.2014

São Paulo recomenda a Timóteo, que é Pastor, e portanto pai da comunidade, que se respeite os idosos e os familiares, e exorta a que se faça com atitude filial: ao idoso “como a um pai”, às idosas “como a umas mães” (cf. 1 Tm 5,1). O chefe da comunidade não está isento desta vontade de Deus, pelo contrário, a caridade de Cristo impulsiona-o a fazê-lo com um amor maior. Como a Virgem Maria, que tendo-se convertido na Mãe do Messias, sente-se impulsionada pelo amor de Deus, que nela se está encarnando, a ir à pressa visitar a sua parente anciã. Voltemos, pois, a este “ícone” cheio de alegria e de esperança, cheio de fé, cheio de caridade. Podemos pensar que a Virgem Maria, estando na casa de Isabel, terá ouvido rezar a ela e ao seu esposo Zacarias com as palavras do Salmo Responsorial de hoje “Sois Vós, Senhor, a minha esperança, a minha confiança, desde a minha juventude… Não me rejeiteis na minha velhice, não me abandoneis quando me faltarem as forças…mesmo na velhice, não me abandoneis, ó Deus, até que anuncie a esta geração o vosso poder” (Sl 70,9.5.18). A jovem Maria escutava, e guardava tudo no seu coração. A sabedoria de Isabel e Zacarias enriqueceram o seu ânimo jovem; não eram especialistas em maternidade e paternidade, porque também para eles era a primeira gravidez, mas eram especialistas na fé, especialistas em Deus, especialistas nessa esperança que dele provém: isto é o que necessita o mundo em todos os tempos. Maria soube escutar aqueles pais idosos e cheios de espanto, guardou a sua sabedoria, e esta foi de grande valor para ela no seu caminho como mulher, esposa e mãe. Assim, a Virgem Maria mostra-nos o caminho: o caminho do encontro entre jovens e idosos. O futuro de um povo supõe necessariamente este encontro: os jovens dão a força para fazer avançar o povo, e os anciãos robustecem esta força com a memória e a sabedoria popular.

Discurso, 28.09.2014

O Filho do homem, o Messias, o Ungido, deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos escribas, ser assassinado e ressuscitar . Este é o caminho da sua libertação. Este é o caminho do Messias, do Justo: a Paixão, a Cruz. E explica-lhes a sua identidade. Eles não querem compreender e na passagem de Mateus vê-se como Pedro rejeita isso: ‘Não! Não! Senhor…’ Mas começa a abrir o mistério da sua própria identidade: “Sim, eu sou o Filho de Deus. Mas este é o meu caminho: devo ir por este caminho de sofrimento. É esta a pedagogia que Jesus utiliza para preparar os corações dos discípulos, os corações das pessoas, para compreender este Mistério de Deus. É tanto o amor de Deus, é tão feio o pecado, que Ele nos salva assim: com esta identidade na Cruz: Não se pode compreender a Jesus Cristo Redentor sem a Cruz: não se pode compreender! Podemos chegar a pensar que é um grande profeta, faz coisas boas, que é um santo. Mas a Cristo Redentor, sem a Cruz, não se pode compreender. E os corações dos discípulos, os corações das pessoas não estavam preparados para o entender. Não tinham entendido as Profecias, não tinham entendido que, precisamente era Ele, o Cordeiro para o sacrifício. As pessoas não estavam preparadas.

Missa em Santa Marta, 26.09.2014

Jesus repreendeu muito os que se vangloriavam. Para os doutores da lei dizia que não deviam passear-se pelas praças como príncipes, com roupas luxuosas. “Por favor, não te mostres, não rezes para que te vejam”, “ora em segredo, entra no teu quarto”. O mesmo se deve fazer quando ajudas os pobres. Não toques trompeta, fá-lo às escondidas”. “O Pai vê, é o suficiente”. Mas o vaidoso: ‘mas vê, eu dou este cheque para as obras da Igreja’ e mostra o cheque. É o que faz o vaidoso: vive para aparentar. “Quando jejuares – disse-lhes o Senhor – não ponhas uma cara triste, para que todos se apercebam. Faz penitência com alegria, para que ninguém saiba. E a vaidade é assim: é para aparentar, viver para se mostrar.”
Os cristãos que vivem assim para aparentar, por vaidade, parecem pavões, pavoneiam-se. Eu sou cristão, eu sou familiar daquele padre, daquela freira, daquele bispo, a minha família é uma família cristã. Vangloriam-se. Mas e a tua vida com o Senhor? Como rezas? A tua vida com as obras de misericórdia como vai? Visitas os doentes? A verdade. É por isso que Jesus nos diz que devemos construir a nossa casa, ou seja, a nossa vida cristã sobre a rocha. Pelo contrário, os vaidosos constroem a casa sobre a areia e a casa cai, a vida cristã cai, resvala, porque não é capaz de resistir às tentações.
Quantos cristãos vivem para aparentar. A sua vida parece uma bola de sabão. É bonita a bola de sabão! Com todas as cores que tem! Mas dura um segundo e a seguir? Também quando olhamos alguns monumentos fúnebres, pensamos que é vaidade, porque a verdade é a volta à terra nua, como dizia o Servo de Deus Paulo VI. Espera-nos a terra nua, esta é a nossa verdade final. Entretanto, faço o bem? Busco a Deus? Rezo? As coisas que têm consistência. E a vaidade é uma mentirosa, é imaginativa, engana-se a si mesma, engana os vaidosos, porque primeiro finge que é algo, mas logo com o tempo chega a acreditar que é algo.
E isto era o que acontecia com Herodes, que, como lemos no Evangelho de hoje, se perguntava com insistência sobre a identidade de Jesus. A vaidade semeia um mal-estar, tira a paz. É como aquelas pessoas que se maquilham muito e temem que a chuva lhes tire tudo. A vaidade não nos dá a paz – disse – só a verdade nos dá a paz.

Missa em Santa Marta, 25.09. 2014

Os Padres egípcios do deserto diziam que a vaidade é uma tentação contra a qual há que lutar toda a vida, porque volta sempre a tirar-nos a verdade. E para entender isto diziam é como a cebola. Pega-se nela e começa-se a descascar. E descasca-se a vaidade hoje, um pouco de vaidade amanhã e toda a vida descascando a verdade para a vencer. E no final ficas feliz. Tirei a vaidade, descasquei a cebola, mas o cheiro fica na tua mão. Peçamos ao Senhor a graça de não sermos vaidosos, de sermos verdadeiros, com a verdade da realidade e do Evangelho.

Missa em Santa Marta, 25.09.2014

Num mundo que tende à globalização económica e cultural, é necessário esforço para que o crescimento e o desenvolvimento estejam à disposição de todos e não só de uma parte da população. Além disso o desenvolvimento não será autêntico se não for também sustentável, ou seja, se não tiver em conta os direitos dos pobres e não se respeitar o ambiente. À globalização dos mercados é necessário que corresponda a globalização da solidariedade; o crescimento económico terá de estar acompanhado por um maior respeito pela criação; junto aos direitos individuais há que tutelar os das realidades intermédias entre o indivíduo e o Estado, em primeiro lugar a família. A Albânia enfrenta hoje desafios num marco de liberdade e estabilidade que há que consolidar e que representa um bom augúrio para o futuro.

Na Albânia, 21.09.2014

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