Posted On 2015-01-13 In Francisco - iniciativos e gestos

Francisco iniciou segunda-feira uma visita a Sri Lanka e Filipinas

VATICANO, rd. O Papa Francisco voltará à Ásia pela segunda vez em menos de seis meses, para uma visita ao Sri Lanka e às Filipinas nos próximos dias, visando enfatizar sua preocupação pelo diálogo inter-religioso, pela pobreza e pelo meio ambiente.

A viagem do Papa Francisco ao Sri Lanka e às Filipinas será caracterizada pelo diálogo. Assim afirma o Arcebispo de Bangkok, Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij, que está entre os próximos cardeais. O anúncio de seu nome entre os 20 novos cardeais nomeados pelo Papa, e que receberão o barrete vermelho no Consistório de 14 de fevereiro, chegou de surpresa, como ele mesmo conta: “Acontece que já se sabia antes… alguém me telefonou para contar que o Papa tinha me nomeado; depois, outro bispo amigo meu telefonou e me disse: “Assisti o Angelus pela televisão…”. Então, comecei a acreditar que era verdade o que estavam me dizendo. Até fiquei um pouquinho maravilhado, porque não pensava… mas se o Papa me quer, estou pronto para cumprir sua vontade. É assim, não é mesmo? É simples! Porém, imediatamente fui à capela e rezei”.

Meio ambiente

Um tema que será abordado durante a viagem de Francisco, que se realizará entre 12 e 19 de janeiro, será a mudança climática. Durante sua estadia nas Filipinas, Francisco visitará Tacloban, onde o tsunami Haiyan provocou a morte de 6.300 pessoas, em 2013.

Sri Lanka está entre os países asiáticos que, segundo especialistas, registrará uma elevação do nível do mar, o que deixaria muitas pessoas desabrigadas e afetaria negativamente o turismo e a pesca.

O Vaticano informa que Francisco, que está preparando uma encíclica sobre o meio ambiente, fará referências ao tema várias vezes.

Reconciliação

A visita ao Sri Lanka é considerada semente de paz para a nação, que há poucos anos, depois de quase três décadas, saiu de uma guerra civil e étnica.

“O Papa procura a reconciliação depois do terrível período de conflito interno entre cingaleses e tâmiles, o qual durou 30 anos e derramou muito sangue. Por isso, o papel da Igreja Católica ali é muito importante, uma vez que tanto os cingaleses como os tâmiles são católicos”, explicou aos jornalistas o diretor do Centro de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, em uma coletiva de imprensa realizada em 7 de janeiro.

O porta-voz do Vaticano garantiu que, durante a visita do Papa ao Sri Lanka, “podemos esperar, por parte do Papa Francisco, contínuos convites à paz e à reconciliação, em um país lacerado e que já sofreu muito”.

Misericórdia e compaixão

A “misericórdia e a compaixão” é o tema da visita do Papa Francisco às Filipinas; ele viaja principalmente para consolar os filipinos que sofreram a devastação do tsunami Haiyan, em novembro de 2013, e do terremoto ocorrido um mês antes, na região de Visayas.

As palavras do lema fazem referência à passagem na qual Jesus, depois de “ver as pessoas, sentiu compaixão delas, porque estavam desamparadas e desanimadas, como ovelhas sem pastor”.

Uma publicação no site da visita do Papa às Filipinas indica que a mensagem do Pontífice desafia a “imitar Cristo, o Bom Pastor, que é a misericórdia e a compaixão”.

O Presidente da Conferência dos Bispos Católicos das Filipinas, D. Sócrates Villegas, disse que “nosso pastor compassivo vem mostrar sua profunda preocupação para com nosso povo que passou por calamidades devastadoras, especialmente em Visayas”.

“Ele vem para nos confirmar na fé para enfrentar os desafios de ser testemunha da alegria do Evangelho em meio às nossas provas. Essa é uma maneira eloquente de mostrar misericórdia e compaixão”, acrescentou o Prelado.

Por último, todos os filipinos são convidados a voltar a aprender e viver os atos espirituais e corporais de misericórdia; por exemplo, frequentar o sacramento da reconciliação.

“Esse continente, de muitas formas, representa uma fronteira para a Igreja”

Embora João Paulo II tenha feito várias viagens à Ásia, visitando ambos os países em 1995, o antecessor imediato de Francisco, Bento XVI, que renunciou em 2013, não fez nenhuma visita a uma região que o Vaticano considera como uma potencial área de crescimento.

“Temos que recuperar a presença de um papa nessa preponderante área da humanidade”, disse o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi. “Apenas cerca de 3% da população na região é católica”.

“Esse continente, de muitas formas, representa uma fronteira para a Igreja”, disse o Pe. Antonio Spadaro, editor da revista jesuíta católica Civilta Cattolica. “O diálogo inter-religiosos é colocado à prova todos os dias e as Igrejas jovens ali estão crescendo”, acrescentou.

Acompanhemos o nosso Santo Papa Francisco nessa viagem apostólica – em aliança solidária.

Programa da viagem

Original em espanhol. Tradução: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

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