Posted On 2011-11-05 In Coluna - P. José María García

Schoenstatt abraça o “Ano da Fé”

org. No passado Domingo, dia 16 de Outubro, na Basílica de São Pedro, o Papa Bento XVI anunciou na homilia o ano da Fé da Igreja. Schoenstatt abraça o desafio do Papa e portanto quer participar e viver o “ano da Fé” conjuntamente com toda a Igreja. O anúncio foi feito durante a Eucaristia que terminou o encontro dos “novos evangelizadores para a nova evangelização” que se realizou no Vaticano. O Ano da Fé terá início em Outubro de 2012 e termina em Novembro de 2013. Deste modo, coincide exactamente com o último ano de preparação espiritual e missionária do Movimento Apostólico de Schoenstatt até ao Jubileu da sua fundação, que se realiza em 2014 – ano da corrente missionária. O Padre José Maria García, responsável pela preparação do Jubileu de Schoenstatt, alegra-se pela coincidência providencial “O ano missionário da Fé e da Igreja Universal com o nosso Ano Missionário”, coincidência que vê como um forte impulso para um compromisso renovado com a “Nova Evangelização a partir da experiencia de Fé em Schoenstatt”. O caminho é até 2014 e a preparação é o ano da corrente missionária (2012-2013) que tem como símbolos a Cruz da Unidade Missionária e a imagem da Mãe Peregrina Missionária.

Assim perguntamos ao P. José María que significado têm estes símbolos na celebração do ano da fé e do jubileu de 2014?

Ambos os símbolos nascem da fé vivida em Schoenstatt e simbolizam uma fé enraizada em Cristo, uma fé que impulsiona a levar, como os apóstolos e como os primeiros missionários, “para todos os lugares a Boa Notícia do Evangelho, com uma fé activa, uma esperança firme e uma caridade ardente”, como disse Bento XVI, no dia 16 de Outubro no discurso depois da oração do Angelus.

O símbolo missionário eminente é a imagem da Mãe Peregrina – imagem que simboliza as pessoas: a pessoa de Maria e o missionário que a leva, que a levanta bem alto como podemos ver na fotografia.

A cruz da unidade – aliado à imagem da MTA, o símbolo mais conhecido da Aliança de Amor é a nossa Cruz Missionária. Quando estive em Madrid fui testemunha do entusiasmo dos milhares e milhares de jovens que receberam no final da missa com o Santo Padre as suas cruzes missionárias. Vivi este momento como uma antecipação daquilo que podia ser o nosso envio missionário, em Roma, com o Santo Padre a terminar a celebração do jubileu e o começo do segundo ciclo da existência de Schoenstatt, um ciclo marcado pelo compromisso missionário. A nossa Cruz da Unidade Missionária quer mostrar em toda a rede de Santuários que há um mundo por conquistar e por reconquistar por Cristo, na força esmagadora e missionária da Aliança de Amor.

O ano da corrente do Santuário, que começou a 17 de Outubro, é algo mais interno, que já tem rasgos missionários. Desta forma, o que oferecerá Schoenstatt directamente à Igreja?

A publicação do ano da Fé é justamente no mesmo dia do começo do ano da corrente do Santuário, 17 de Outubro, reforçando a força da providência e compromisso de Schoenstatt em colocar, com atitude missionária, a realidade do Santuário como lugar de encontro com Deus e lugar da Nova Evangelização – a Aliança de Amor ao serviço da Igreja. Nem o Santuário, nem a Aliança de Amor são só para nós mesmos, mas sim para toda a Igreja e para o mundo.

O ano da corrente missionária do Santuário deve levar-nos a contemplar o potencial missionário de todas as realidades do Santuário nas suas diferentes formas – o santuário Original, os Santuários filiais, as ermidas e capelas, os Santuários Lares, os Santuários de trabalho e até o Santuário do Coração. Este potencial missionário só se pode ver através da fé, pela convicção inquebrável da presença e do actuar da Mãe Três Vezes Admirável em cada um dos Seus Santuários. A partir desta convicção na fé, uma convicção pessoal e experimentada, não é senão querer abrir as portas de cada um dos nossos santuários para aqueles que procuram – conhecendo ou não – o Deus Vivo. Sim, realmente estamos convencidos de que Nossa Senhora está presente e que Ela actua como missionária em cada Santuário. Levaremos a todos ao encontro com ela e por ela com Cristo, fonte única de graças, no santuário do nosso próprio coração. Podemos faze-lo com pessoas que nunca se imaginariam a pisar voluntariamente um lugar santo. A minha visão e o meu anseio é que toda a Família de Schoenstatt, neste ano da corrente do Santuário, se transforme ainda mais num Santuário vivo e presente em todo o mundo… um santuário aberto, um santuário “móvel” que vai ao encontro de todas as pessoas; um santuário missionário que leva Maria e Cristo aonde Eles quiserem chegar, para oferecer as graças do Santuário.

Como está a ser feita a preparação do Jubileu da Aliança de Amor, para que o mundo acredite que o santuário é o lugar da Nova Evangelização?

Diz-nos o Santo Padre: “Na liturgia deste domingo lemos que São Paulo escreveu aos Tesalonicenses: “Aprendemos no Evangelho que não só pelas palavras, mas também com o poder do Espírito Santo”. Que esta palavra do Apóstolo dos gentios seja auspício e ouvida pelos missionário de hoje – Sacerdotes, religiosos e laicos – comprometidos em anunciar Cristo a quem não O conhece, ou a quem fez d’Ele um simples personagem da história”. As palavras do Santo Padre são um desafio e podem guiar-nos no nosso peregrinar. Só desta forma aquilo que planeamos e queremos poderá ser personificado pelo Espírito Santo, concretizando e experimentando os projetos da cultura da aliança.

O Movimento de Schoenstatt motiva e desenvolve muitas actividades apostólicas, sociais, pedagógicas, missionárias e pastorais. Trata-se da personificação de Schoenstatt no mundo, fundada sobre a aliança de amor, uma cultura de aliança em todos os ambitos da vida. É urgente aumentar os esforços para aumentar a cultura da Aliança que o Santo Padre disse a 16 de Outubro: “Peçamos ao Espírito Santo que a força do Evangelho penetre nas famílias, nos ambientes de trabalho, no mundo da cultura, na política, na vida social “(…) para que, em Aliança e também com toda a força da Igreja apostólica, “fiéis às promessas do Baptismo e do poder do Espírito Santo, (levemos) para todos os lugares a Boa Nova do Evangelho, com uma fé activa , uma esperança firme e ardente.”

O Santo Padre reza “que a Virgem Maria ajude cada cristão a ser um válido testemunho do Evangelho.” Como é que Virgem Maria ajuda a Igreja neste sentido?

Maria educa missionários na Sua família de missionários. Desde a “peregrinação missionária realizada por Maria” até à casa de sua prima Isabel, ela é uma peregrina, continua a missionar e mostra-nos como devemos missionar: com uma atitude de peregrinos, na força do Espírito Santo! A sua peregrinação foi de serviço e deixou Isabel cheia do Espírito Santo. Como Sua Família peregrina e missionária sentimo-nos chamados a sair e a peregrinar até casa de Isabel de hoje, como uma Igreja missionária que leva em si a mensagem encarnada e o serviço. Assim, Maria ajuda a Igreja como pede tanto o Santo Padre, na Sua intercessão como educadora dos missionários da fé.

O nosso Jubileu adquire todo o seu sentido neste momento histórico da Igreja… Ela prepara-nos para que celebremos, ao serviço da Igreja na sua vocação mais radical de anunciar e entregar o serviço ao homem de hoje, o Evangelho vivo que é Cristo na sua igreja.

 

 

Tradução: www.schoenstatt.pt

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