Posted On 2014-12-14 In Artigos de Opinião

Que saída para o Schoenstatt “em saída”?

EM POUCAS PALAVRAS, Pe. Joaquin Alliende. Em princípios de Outubro, de diferentes lugares, escutava-se: “a nossa Mater vai-nos surpreender com grandes presentes”. Assim foi. Na terra de Schoenstatt, experimentámos que o “Cântico da nossa terra” é uma realidade tangível e profética. Roma foi sentir que a Igreja-Família é um caminho de futuro. O qual nos pediria um aprofundamento vital do vínculo com o “Princípio paternal” do Povo de Deus, com o Santo Padre.

A Fé Prática na Divina Providência é a nossa bússola. Queremos responder-lhe com o “Fiat” da Virgem Mãe. E, com o “volo” (quero), próprio do Cristo lutador pela causa do Pai. Ela é a Mulher vestida de Sol no centro do combate, por dar à luz o Menino, que “rege toda a História com ceptro de ferro” (ver Apoc. 12,5).

Tomemos Chile como um caso ilustrativo. Isto servir-nos-á para abordar melhor um próximo passo em direcção à acção concreta. Neste país, o nosso Movimento é o mais numeroso e estendido, na Igreja Católica. O Governo do Chile promove, hoje em dia, activamente, uma desastrosa lei pró-aborto. Vamos lamentar-nos e escandalizar-nos, de maneira, meramente contemplativa? Schoenstatt dirá: ”fiat” e “volo”. Ou melhor, diria: ”volo” e “fiat”. Talvez, se tome uma decisão ousada. Seria uma opção estratégica na direcção de “Schoenstatt, alma do mundo”. Seria, “Schoenstatt em saída”, para um campo, no qual, as nossas famílias e todos os leigos, poderiam ter, especial protagonismo, dentro e fora do nosso Movimento. Claro está que, não se trataria de uma tarefa privativa de Schoenstatt. Pelo contrário. Seria um Schoenstatt que mova os que têm que se mover, num assunto objectivamente dramático.

Pode muito bem ser que, o caso chileno não tenha validade geral. O que sim tem validade geral, é um autoquestionamento pós-jubilar. A pergunta providencialista não pode ser rotineira e tíbia. Deveria “morder-nos”, calar-nos. O próprio Jesus, Se nos manifestou na Acta de Fundação. Nela aparece o horizonte de um novo Tabor resplandecente, pascal e esperançador. O Jubileu 2014 não só nos confirmou, como nos desafiou a apressar o passo.

Já é Advento, tempo de interioridade e de anseio. Ressoa a pergunta de Maria acerca da Encarnação do Verbo:” Como será isso…?” (Lc. 1,34). Tratava-se de um facto de todo impossível. Ela perguntou, reflectiu, acreditou e aceitou. Iniciou-se a Nova Criação, “mais formosa que a primeira” (Liturgia do 4º Domingo do Advento). Como será o Schoenstatt em saída” – “Como será isto, se eu …?”


Original: espanhol. Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal

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