EM POUCAS PALAVRAS. Pe. Joaquín Alliende Luco. Sugeriram-me escrever outro telegrama sobre o crístico kentenichiano. Tratarei de fazê-lo. Para o fim da sua vida, o Fundador comentou a sua tarefa dos anos 20 e 30. Assinalou que teve a responsabilidade de formar pessoas que já tinham recebido “uma excelente catequese da cristologia católica”. E, acrescentava: “Sobre esse fundamento válido pude desenvolver a nossa modalidade mariana “. E, costumava indicar :” Pode ser que noutras latitudes e em tempos diferentes, não se possa pressupor um tal fundamento catequético. Assim sendo, deveríamos oferecer uma catequese crística categórica e explícita”.
A constatação de tais situações catequéticas podemos, nós, experimentá-la nas últimas décadas. Em todo o caso, tal fragilidade da fé é clara no mundo íbero-americano. Parece que, talvez, tenhamos trabalhado sobre um pressuposto inexistente. Conviria observar o estilo de oração do nosso Movimento. Acho que é útil compará-lo com as orações do “Rumo ao Céu”. Há uma distância excessiva e preocupante. Com efeito, se neste Ano do Jubileu, o Deus da História nos pede “re-fundar” o nosso Schoenstatt com um agradecido cunho cada vez mais kentenichiano, a primeira re-fundação terá de ser a da nossa vida de oração pessoal e comunitária.
Não poucas vezes, confesso a mim mesmo, que há um texto do “Rumo ao Céu” que, surpreendentemente, hoje teríamos que inverter quanto aos seus termos centrais. Trata-se dos versos do final da Via Crucis: “Concede-me entregar … a Tua Cruz, Jesús Cristo, e a Tua Imagem, Maria. Que jamais ninguém os separe um do outro, pois, em Seu plano de amor o Pai os concebeu como unidade!” (RC 332)
O Fundador achava que alguns deixavam Maria de lado. Hoje, gente mariana deixa em indevida penúmbra, Cristo, o Senhor. Isto enfraquece muito o santo entusiasmo pela “nova evangelização” das culturas do mundo.
Pe. Joaquín Alliende L.
Original espanhol: Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa. Portugal
