JMJ 2019/Bolívia, Pe. Cristóbal Asenjo M. e Roberto Henestrosa •
Na passada terça-feira, 11 de Dezembro, reunimo-nos na Ermida de Santa Cruz de la Sierra com o grupo de rapazes e raparigas que vão participar na próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Panamá e, previamente, nos encontros Ignis 2019 (Juventude Masculina) e Hineni (Juventude Feminina) que serão realizados na Costa Rica. Contámos, também, com a participação de um dos rapazes da JM de La Paz que se reuniu a nós neste encontro.—
A intenção deste encontro foi podermos ir preparando os corações dos nossos peregrinos, conhecendo, um pouco mais, da história das Jornadas Mundiais da Juventude. Percorremos o seu desenrolar através dos anos e pudemos ver que são uma enorme oportunidade evangelizadora para uma Igreja que quer ouvir e formar os seus jovens.
Viver a internacionalidade de Schoenstatt e da Igreja
A respeito dos encontros das Juventudes de Schoenstatt na Costa Rica, pudemos conversar acerca da intenção e da importância que tem o podermos descobrir o quanto o nosso carisma nos une e nos desafia. Apesar das diferenças culturais ou linguísticas, convida-nos a viver numa mesma espiritualidade de Aliança.
carisma nos une y nos desafía. A pesar de las diferencias culturales o lingüísticas, nos invita a vivir en una misma espiritualidad de Alianza.
Eis aqui a escrava do Senhor…
O fio condutor de toda a Jornada foi o Evangelho que inspira a JMJ 2019, a Anunciação (Lc 1, 26-38), que nos ajudou a refletir, de modo comunitário e pessoal, sobre qual será a atitude com a qual, cada um, se acerca a este encontro mundial, com uma juventude que, de diferentes latitudes, quer dizer a Deus Pai: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra”. (Lc 1, 38).
Queres ir à Jornada Mundial da Juventude?
Certa tarde, pouco antes da Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Brasil – diz-nos Roberto Henestrosa, motivado pela vivência destes jovens – fui visitar a minha avó. Ela, com 95 anos, lúcida mas, com o corpo marcado pelos anos, disse-me: “Que bonito, a primeira viagem do Papa Francisco, queres ir? Eu ajudo-te com alguma coisa”. A minha resposta foi: “Vovó, tenho 37 anos. Não posso ir”. A forma inocente com que me falou, hoje compreendo-a, ela queria ir com os seus 95 anos e, saber-me lá, era um pouco como se ela lá estivesse reunida com o Santo Padre e a receber a mensagem de esperança.
Hoje, um grupo da Juventude da Bolívia vai ao Panamá e, com eles, vamos todos. Embarga-me a emoção, porque vai alguém que a fez bisavó, pela primeira vez, e que, já estando na Casa do Pai, ela acompanhá-lo-á neste novo encontro.
Original: espanhol (16/12/2018). Tradução: Lena Castro Valente, Lisboa, Portugal