Posted On 2014-04-05 In Schoenstatteanos

Era tão velho como Schoenstatt, ao qual esteve profundamente unido

ALEMANHA, mda. Na manhã do sábado, dia 23 de Março, morreu em Liebfrauenhöhe, com a linda idade de 100 anos, o Pároco Karl Braun. Foi sacerdote durante 77 anos e esteve muito unido a Schoenstatt. A missa de “corpo presente” e o enterro realizaram-se a 28 de Março, às 13h30m na Igreja da Coroação de Liebfrauenhöhe, onde passou as últimas décadas da sua vida. Era um pouco mais velho que Schoenstatt (nasceu em 8/5/1913) … e, celebra, agora, de um novo modo, o Jubileu dos 100 anos da Aliança de Amor. “Foste sempre um sacerdote missionário, estiveste sempre, onde havia alguma coisa em construção”. Disse, na celebração dos seus 100 anos, em Maio passado, o Reitor regional ,Pároco Klaus Rennemann,. O Pe. Braun participou nos grandes retiros espirituais que, o Pe. Kentenich deu nos anos 30 e foi testemunha de uma época de grande desenvolvimento no Movimento de Schoenstatt.

O Pe. Oskar Bühler escreve em www.moriah.de:

Karl Braun era procedente de Schwäbisch Gmünd. Ali nasceu a 8 de Maio de 1913. Gmünd foi, durante séculos, centro de numerosos conventos. Esse era o cunho da cidade durante a infância e juventude de Karl.

Depois dos seus estudos em Tubinga e da formação no seminário de Rottenburg, foi ordenado sacerdote em 19 de Março de 1939 – ainda não tinha completado os 24 anos. Também faziam parte dos 36 recém – ordenados sacerdotes, Johannes Härle e Vinzenz Härle, assim como, Gebhard Luiz, com os quais, o Pe. Braun, pôde celebrar o jubileu dos 75 anos de sacerdote.

Depois de três breves passagens por Vigararias, Karl Braun esteve 5 anos como coadjutor em Santa Maria, Stuttgart e 4 anos mais em S. Paulo, em Esslingen.

Pároco em Mühlacker

Foi Pároco durante quase 20 anos – 1946 a 1965 – em Mühlacker. Esta etapa foi um tempo marcado pela construcção. Depois da Segunda Guerra Mundial chegaram à região, maioritariamente protestante, muitos católicos deslocados, de modo que, era necessário atender um âmbito muito amplo, a partir de Mühlacker. Foi uma grande exigência para o jovem Pároco. Foi preciso construir igrejas e fundar comunidades. As “homilias mendicantes” suposeram uma exigência especial na Diocese de Rottenburg, onde paróquias que precisavam de construir uma igreja podiam pedir uma ajuda económica ao Decanato que lhes correspondia : por esta razão o pároco viajava varios domingos, por ano, às diferentes paróquias do Decanato, enquanto que, na sua paróquia, a missa tinha que ser celebrada por um sacerdote substituto. Deste modo, Karl Braun ficou a conhecer muitas paróquias da Diocese.

22 anos em Ravensburg

A este compromisso com a Diáspora seguiram-se 22 anos na região católica. Em 1965, Karl Braun foi nomeado pároco da Trindade, em Ravensburg. Aqui, também teve que construir. A Igreja da Trindade era de construcção recente mas, a ocidente da cidade tinha surgido um novo bairro. Devia fundar-se uma nova comunidade paroquial. Estes anos foram marcados pelo evolução pós – conciliar com as suas luzes e as suas sombras.

Liebfrauenhöhe

Aos 74 anos Karl Braun chegou à reforma. Escolheu Liebfrauenhöhe, como lugar da sua aposentação; onde foi muito bem vindo. Mas não se dedicou ao descanso, antes se integrou na vida muitifacetada deste Centro espiritual, servindo humildemente, como Director Espiritual. Estava disponível para celebrar missa para as Irmãs e para os grupos de peregrinos. Passava muitas horas no Confessionário, principamente, em dias de retiro, na primavera e no outono. Preparava conscenciosamente as suas homilias. Nos últimos anos, celebrava com frequência, a missa para as Irmãs do Lar de Idosas.

Desperto

Karl Braun estava marcado pela espiritualidade de Schoenstatt. Estudava com grande interesse os cursos e os escritos do Pe. Kentenich, assumindo o seu mundo espiritual. Pertencia à Geração Cenáculo da comunidade dos Sacerdotes de Schoenstatt. Com grande convicção, entrou primeiro na Província Cenáculo em 1966, após ter feito a formação no Instituto dos Padres e, a partir de 1980, no Curso Cenáculo. Durante muitos anos e, até à sua morte, foi dirigente do seu Curso. Todos os meses escrevia uma carta aos seus irmãos de curso, que iam envelhecendo, para os animar e fortalecer no espírito de Cenáculo. Era, para ele, muito importante, participar nos encontros de dirigentes de Curso dando a contribuição do seu – embora durante os últimos anos ele fosse o único membro do seu Curso.

Karl Braun foi um espírito atento. Descubriu e seguiu até ao último momento, o desenrolar dos acontecimentos mundiais e, muito especialmente, a evolução da Igreja e do Movimento de Schoenstatt em todo o mundo. Um seu irmão, que o foi ver uma semana antes da sua morte, descobriu a revista REGNUM aberta sobre a mesa. Respondeu que sim, à pergunta se ainda a lia.

Despedimo-nos agradecidos de um sacerdote profundamente crente e abnegado. Queira Deus Pai acolhê-lo na Sua Paz eterna.

Oskar Bühler

 

Fonte: www.moriah.de

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