Posted On 2012-06-10 In Schoenstatteanos

Pe. Francisco: uma vida sobre o altar do Santuário!

BRASIL, Ir. M. Nilza. Os peregrinos que estiveram no Santuário da Mãe e Rainha, em Atibaia/SP, no dia 3 de junho, participam de um momento especial de graças, quando o sacerdote diocesano, Pe. Francisco José Lemes Gonçalves, pároco de Capela do Alto/SP, de onde era a maioria dos quase 700 peregrinos, sela a sua Aliança de Amor.

 

 

 

Pe. Francisco conta que antes de nascer sua mãe o consagrou a Maria e, hoje, após uma preparação de quase um ano, ele se consagra novamente. Como sinal de sua Aliança de Amor, o padre presenteia para a Mãe e Rainha seu anel de filosofia e teologia, depositando sobre o altar sua vida sacerdotal.

Lembre-se, Mãe, que minha vida está sobre o altar do Santuário

A atmosfera sagrada do momento de Aliança é densa. Emocionado, Pe. Francisco reza espontaneamente: “Mãe e Rainha, quando nos últimos momentos de minha vida, eu não puder mais me comunicar, lembre-se, Mãe, que minha vida está aqui sobre o altar do santuário, oferecendo tudo ao Capital de Graças, para que a Senhora continue presente nos santuários de Schoenstatt, distribuindo graças.“ O sacerdote consagra também todos os que lhe são e lhe serão confiados.

Ele nos fala sobre o que significou esse momento: “Selar a Aliança de Amor já era um desejo meu de muito tempo. Na primeira vez que vim aqui, no Santuário de Schoenstatt, eu ainda era seminarista, em Aparecida/SP. Ao chegar, como pároco, em Capela do Alto, fui observando o crescimento do Movimento Apostólico de Schoenstatt e percebi que não era por acaso que eu vim aqui, no Santuário, há quase 20 anos.

A preparação para a Aliança de Amor me trouxe muitas recordações, desde a infância. Em primeiro lugar, a minha mãe que já me consagrou a Nossa Senhora, antes de meu nascimento. Hoje, no momento da aliança é como se passasse pela minha cabeça todo o filme de minha vida. Foi como se eu pudesse, naquela hora, concretizar aquilo que minha mãe fez, em meu nome. Essa Aliança de Amor é algo muito concreto, muito profundo. Com essa vivência, a gente começa a entender toda a aliança bíblica de um modo bem pessoal, entende porque Deus fez uma aliança com a gente. Entendi também que a Mãe de Deus é aquela que cuida dessa vida de aliança com Deus.

Pe. Kentenich teve uma grande ‘docilidade ao Espírito’, como rezamos na oração eucarística. Ele entendeu o que é a aliança, fez a experiência com o grupo de jovens, e hoje é uma árvore tão boa. Para entender tudo isso, só selando a Aliança de Amor e estar envolvido com essa Obra de Schoenstatt, que vai completar 100 anos, com uma espiritualidade tão profunda.

Sou ordenado sacerdote pelas mãos do bispo, tenho as minhas mãos ungidas, essa Aliança de Amor reforça o meu sacerdócio, a minha atuação como pároco e aumenta até a minha responsabilidade. Na oração da Aliança de Amor a gente detalha a entrega, meus olhos, meus ouvidos… Todo o meu ser. A gente realmente sela uma Aliança. Selar significa algo muito sério. É algo que ninguém pode quebrar. Para mim, essa Aliança de Amor é algo muito sério. Ela me fez lembrar de minha ordenação, meus votos de obediência, de castidade, de estar à frente de um povo.

A gente não estava naquela época, há cem anos, mas, na época da primeira Aliança de Amor, em Schoenstatt, a Alemanha estava no centro da I Guerra Mundial. Não é muito diferente do tempo que vivemos hoje. Selar uma Aliança nesses tempos difíceis é um grande desafio. Mas, maior desafio é manter essa aliança.

Porque, selar a Aliança de Amor não é algo que a gente faz movido só pelos sentimentos ou porque é bonito, porque a Aliança é uma responsabilidade muito grande. Se as pessoas entendessem essa dimensão da Aliança de Amor, entenderia melhor o que significa também a primeira aliança, o dia de seu batismo.”

Por que o senhor entregou a sua aliança como presente para a Mãe de Deus?

“Quando eu estava na porta do santuário, ia entrar para rezar a oração da Aliança de Amor, é como se passasse diante de mim e da Mãe e Rainha, de modo rápido, toda a minha história de vida. Pensei: o que vou dar de concreto para Nossa Senhora? Lembrei-me do Papa João Paulo IIque, já bastante debilitado,  entregou o seu anel de cardeal para Nossa Senhora de Fátima. Então eu decidi entregar também o meu anel de filosofia e teologia, sem querer me igualar ao Papa. Mas, esse anel representa toda a minha história vocacional, desde que entrei no seminário até a minha ordenação sacerdotal. Aconteceram tantas coisas difíceis e ao entregar aquele anel de teólogo e filósofo, entreguei toda a minha história de vida.

Nossa Senhora acompanhou toda a minha vida vocacional, desde a Arq. de  Aparecida até a Dioc. de Itapetininga, até que encontrei a Mãe e Rainha, no Santuário Lar paroquial, em Capela do Alto. Quando entreguei o meu anel, hoje, para a Mãe e Rainha, no altar do santuário, parece que eu nasci de novo. Ao olhar para a Mãe de Deus, com o Menino no colo, e na oferta de minha aliança, entendi que esse menino sou eu, porque hoje eu nasci novamente. Esse anel é um presente que minha tia me deu em minha formatura de teologia, ela tem os símbolos de teologia e filosofia. Entregar a aliança é entregar a minha história de vida para a Mãe e Rainha e começar tudo de novo, a partir de hoje.”

A atmosfera de aliança perpassou o dia dos peregrinos, junto ao Santuário. As orações e a santa missa, presidida pelo Pe. Francisco, foram uma continuidade dessa hora de graças. Pároco e paróquia pertencem à Mãe e Rainha e, com ela, caminham rumo ao centenário, em 2014.

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Fonte: www.maeperegrina.com.br

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