Posted On 2010-11-20 In Jubileo 2014

O Ano do Pai e as correntes de vida do triênio

BRASIL, imns. Padre Alexandre Awi, Diretor Nacional do Movimento Apostólico de Schoenstatt, no Brasil, fala sobre o Ano do Pai, o Símbolo do Pai, que visita o Brasil em 2011 e suas relações com o momento histórico em que vivemos.

 

 

 

 

Por que 2011 é o ano do Pai?
Logo 2014Pe. Alexandre: A {cms_selflink page=”mensagem-da-conferencia-2014″ text=”mensagem de 2014 “}identificou as correntes que estavam mais vivas nestes 100 anos de história do Movimento de Schoenstatt. Identificou, então: a corrente do Pai, a corrente dos Santuários, portanto Mariana, a corrente missionária e a corrente de unidade.

Determinou-se que haveria um triênio, preparativo para 2014, em torno destas correntes. A Equipe (TEAM) 2014 definiu a ordem dessas correntes no triênio. A corrente do Pai e a corrente de unidade foi colocada no mesmo ano. A corrente de unidade, no fundo, é em torno do Pai.

Essa ordem tem uma lógica muito grande, porque tudo nasce no coração do Pai, aí nasce o Santuário. O primeiro instrumento é o Pai e dele nasce o Santuário. O Pai é o primeiro instrumento. De seu coração do Pai nasce o Santuário e uma rede de Santuários no mundo inteiro. Só que não é uma rede para ficar fechada em si, mas para estar em missão, para irradiar na Igreja e na sociedade.

Na medida em que nos identificamos com o Pai e entramos na mesma aliança que ele fez, nós também nós nos tornamos Santuários, geramos Santuários em torno de nós e alimentamos os Santuários de Schoenstatt.

Essa rede seja de Santuário Auxiliar, Santuários lares, Santuários de trabalho, e, o que acontece no nosso próprio coração, Santuário coração. Esta rede de Santuários se irradia em missão, em movimento apostólico, de auto- educação, para que cheguemos em 2014 com esta força missionária.

É nesse conjunto que falamos em re-fundar Schoenstatt. Temos que fazer o mesmo processo: do coração do Pai ao Santuário e à missão. É um processo muito lógico, do ponto de vista espiritual e histórico. Queremos chegar em 2014, com esta força missionária.

Nós tivemos a alegria, a “deusdência” e talvez um prêmio por ter nos preparado tanto para 2014, que o símbolo do Pai vai ficar aqui, justamente no ano da corrente do Pai!

O que é este símbolo? Qual a sua importância e o que significa sua visita ao Brasil?
Símbolo del PadrePe. Alexandre: O símbolo do Pai é um presente que o Padre Kentenich recebeu e que ele mesmo destinou ao Santuário Original, mas ele ainda não foi colocado. Então, logo depois do falecimento do Pai, quase espontaneamente, começou a peregrinação deste símbolo pelo mundo inteiro. Foi como se o Pai saísse para visitar sua família, do céu agora, mas neste símbolo.

É um símbolo que nos recorda Deus Pai, e também, obviamente, o nosso Pai e Fundador e a paternidade em geral, de todos os que são chamados a exercê-la.

Na tradição da Igreja é o símbolo de Deus Pai e, na Família de Schoenstatt, pelo fato de nosso Pai Fundador ser o nosso ser o transparente de Deus Pai, para nós, o símbolo tem também esta força.

O fato de já ter peregrinado outras vezes, levando estas graças é algo que mobiliza a família internacional. A peregrinação começou novamente e isto também foi uma decisão da Conferência de 2014. Então, nós temos o Pai reunindo a sua família, para celebrar os 100 anos da Aliança. É um significado simbólico muito bonito e que desperta muita vida.

Tanto é que, no ano que vem, vamos também trazer para o Brasil, também a Irmã Petra. Ela foi secretária do Pai, em Milwaukee/EUA, e tem muitas histórias para contar sobre o Padre Kentenich. Nós teremos a alegria de contar com a presença dela aqui, durante um mês e meio que ela vai passar pelo Brasil.

Fica o convite para que as pessoas possam participar deste momento com ela, deste testemunho sobre o Pai.

No ano do Pai, o lema me parece Mariano: de Santuário a Santuário, missionário da Aliança. Qual a relação entre este lema e o ano do Pai?
Pe. Alexandre
: O ano não é só do Pai, é o ano do Santuário, do mistério de Schoenstatt, porque nós estamos no triênio do Santuário.

A Família de Schoenstatt, do Brasil, já tinha um triênio preparado, porque nós preparamos o centenário com um novênio. Então, o Ano do Pai, no triênio internacional veio muito a calhar com o que queremos trabalhar. O lema: De Santuário a Santuário, missionários da Aliança não é só do ano do Pai, mas, é o lema do triênio.

Um lema que está bem centralizado no Santuário. De Santuário a Santuário: com toda a rede de Santuários! Missionários: da corrente missionária que já tem nos acompanhado muito forte desde o primeiro triênio, com a graça do ardor apostólico, passando por Aparecida. Os bispos nos convidaram a ser missionários e tudo isto foi confirmando nossa corrente missionária. No lema do triênio anterior já havia “missionários”: “Na escola de Maria, missionários do Tabor”. Agora: Missionários da Aliança: para que o Tabor aconteça, esta Aliança precisa ser divulgada.

Então, realmente, a Aliança de Amor está no centro. O Pai está por trás de tudo, porque ele foi o primeiro Santuário. O primeiro santuário coração a fazer uma Aliança de Amor com Maria foi o dele. Ele é o instrumento do 18 de outubro. Ele é o missionário da Aliança por excelência. Ele realmente está em tudo. Embora não apareça a palavra Pai, no lema, ele é o grande exemplo para este próximo triênio. Se nós queremos viver de Santuário a Santuário como missionários da Aliança, temos que seguir o exemplo e estar unidos ao nosso Pai e Fundador, como Família.

O que toda essa corrente de vida em torno de 2014 pode oferecer para a Igreja? Onde se encontra o vínculo Schoenstatt/Igreja?
Pe. Alexandre
: Justamente, em tudo o que é projeção apostólica. Schoenstatt é um movimento da Igreja. Tudo o que fazemos é com Igreja e para Igreja. Queremos realmente que a riqueza de Schoenstatt seja um dom para a Igreja. Não teria sentido Schoenstatt por Schoenstatt: Schoenstatt é para a Igreja e Igreja para a Santíssima Trindade. Como o Pai sempre dizia: é o nosso amor à Igreja que nos faz selar Aliança de Amor e fazer com que esta Aliança se transforme em tantos projetos.

É por isso que agora o acento é tão forte do apostolado. Há alguns anos se fala muito de missão, de missionário, isto é de Igreja. Olhando os projetos que temos no Movimento, quanta iniciativa, quanto desprendimento de nós mesmos para os outros.

Cada Aliança selada é um serviço para a Igreja, porque é alguém que está voltando a viver o seu Batismo de uma maneira mais profunda, de uma maneira mais Mariana. Tem este colorido mariano de sua Aliança de Amor no seu batismo. Então, é um serviço à Igreja.

Cada Aliança selada, cada projeto realizado, cada oferta oferecida para o Capital de Graças… Não é um Capital de Graças só para o Santuário, mas é o Capital de Graças que colabora no tesouro da Igreja.

Esperamos que 2014 seja uma aceleração da Igreja e com a Igreja e não algo só dos schoenstattianos. Por isso, também a necessidade de ir à Roma (em 2014) e, que bom seria se outros movimentos também estivessem envolvidos, que outros se alegrassem com esta graça e até quisessem celebrar conosco e não fosse só algo para os schoenstattianos. É um desafio e aí nós temos, sem dúvida, muito que crescer ainda.

O tema da cultura da Aliança é atual. Pai, em si, usa poucas vezes a expressão cultura da Aliança. É algo dos tempos modernos, expressão do nosso tempo, mas que reflete exatamente o que ele sempre quis: essa nova ordem social. Que a Aliança selada com a Mãe, no Santuário, se irradie num estilo de vida, num estilo de relações, estruturas, em tudo o que faz com que a sociedade e a Igreja, se movimentem dentro deste espírito de Aliança. Com certeza, assim podemos ajudar muito a levar a nossa riqueza para o mundo e na Igreja.

No Brasil, vivemos uma época muito delicada neste ano. Percebe-se uma grande crise de liderança, de ética, de valorização da vida. Como esta corrente de cultura da Aliança pode ajudar nossa pátria vencer esta crise?
Pe. Alexandre
: Sem dúvida, é um grande desafio que nós, schoenstattianos temos e que toda Igreja tem: vivermos tão profundamente a nossa Aliança, que ela se irradiae, a partir de nosso testemunho, para pessoas que vivem mais com outro estilo, que tenham outra cultura de vida, famílias que tenham uma cultura diferente, empresas que tenham uma cultura diferente, políticos que tenham uma cultura diferente, que tenham uma forma de viver diferente, um estilo de vida diferente. Em primeiro lugar, é o testemunho que se irradia, por meio também de um apostolado concreto.

O grande desafio é este: que nós não tenhamos vergonha de sermos schoenstattianos, de sermos diferentes, de sermos cristãos, de vivermos nossa Aliança de Amor e de que todo mundo nos considere “ET” ou até “bobo”, porque nós acreditamos na justiça, acreditamos na honestidade, acreditamos na vida e somos capazes de ir ao encontro da corrente. Nós não nos rendemos, não negociamos princípios fundamentais, coisas que vão fazendo, cada vez menos, parte da nossa sociedade. Que as pessoas não entendem: “Já é assim… “; “Todo mundo faz…”. Já se banalizou, então, já se perdeu a vontade de lutar contra!

É por isso que precisamos ter, de alguma maneira, um movimento combativo, no bom sentido da palavra. Um movimento que proponha e não só defenda. Mas, que proponha também caminhos positivos. Mais do que falar contra o aborto, precisamos falar a favor da vida, ter iniciativas para mostrar como se pode educar crianças, como ter filhos de uma maneira planejada, querida por Deus, como é lindo ter uma família numerosa.

Muitas vezes, se isso não é o meu desejo, eu aceito e vivo isto com muita alegria, por ser dom de Deus.

Temos o desafio de fazer com que esta cultura seja atraente, que seja uma cultura de alegria e de realização, de gente que está propondo uma via de saída e não só, reagindo contra. É um perigo porque também, temos que reagir contra, mas mais do que defensivo, mais do que apologético, temos que ser um movimento do positivo.

Então, quanto mais projetos tivermos, quanto mais ações tivermos, quanto mais encarnarmos esta cultura de Aliança, tanto mais vamos poder influenciar. Mas vamos precisar também de projetos grandes. Por isso, no mundo em que vivemos, há necessidade também de grandes ações, porque são ações que chegam a muitos ao mesmo tempo.

É o que faz, por exemplo, um canal de televisão, um site, enfim todos os meios de comunicação social. Queira ou não ali é onde está se transmitindo esta cultura, porque os canais abertos, os canais tradicionais, não o fazem. Eles transmitem outra cultura, outros valores. Como são nossos canais de transmissão? Por um lado, é preciso o testemunho de cada um. Mas, mas isto não basta. Precisamos também de estrutura, precisamos de meios que divulguem esta cultura da Aliança, não como uma palavra, mas como uma ação, como um fato.

A Campanha da Mãe Peregrina não é um grande projeto?
Pe. Alexandre: É um grande projeto. Acho que é o maior que nós temos no mundo! A Campanha é a cara de Schoenstatt.

Um grande desafio, também, é o terço dos homens, para que não seja um projeto só piedoso. Porque Schoenstatt não é um movimento só de piedade, então presta um grande serviço cultivando a piedade das pessoas.

Mas, como ajudar para que as pessoas, que recebem a Mãe Peregrina, percebam que, por trás desta visita, há um movimento de renovação da sociedade e do mundo? Este é o grande desafio!

Com certeza, não vamos conseguir com todos, mas, se nossos coordenadores e missionários selam a Aliança de Amor, se eles realmente captam que Schoenstatt não é só um movimento piedoso, mas um movimento de transformação, eles percebem que a Aliança de Amor pode ajudá-los a criar uma cultura.

Por isso, é bom que associemos cada vez mais, tudo com a Aliança de Amor, com a Cultura de Aliança, porque isto vai trazer a dimensão social, não só no sentido de ajuda social, mas de algo que se irradia no sentido de vida, em costumes, em projetos que estão a serviço da Igreja e da Sociedade.

Queremos não só selar Aliança, mas queremos gerar Cultura de Aliança. Este é o grande desafio!

Fonte: www.maeperegrina.com.br

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