Posted On 2014-07-07 In Vida em Aliança

“Rimos muito juntos”

IKAF. Há já, algum tempo que, na empresa, se fazia sentir um ambiente tenso, por causa de um stress, cada vez maior e, sem perspectiva de melhoras. Tínhamos notado que na equipa (quatro pessoas do grupo mais restrito da direcção) havia, cada vez mais, agitações e tensões. Por coisas de nada acabávamos a discutir;  rapidamente, nos demos conta que, o espírito de equipa se desvanecia, cada vez mais. Que fazer? Agora, a situação já não podia ser alterada, restava-nos, somente, resistir. Contudo, em momentos deste tipo o espírito de equipa é mesmo a coisa mais importante, mas também, sempre em perigo.

Pensámos no Pe. Kentenich e, veio-nos à ideia que, uma vez, um companheiro de prisão de  Dachau tinha respondido – à pregunta que coisas tinham feito em Dachau – : “Rimos muito juntos”.

E, de repente, uma ideia relampejou: Passar, com a equipa, um dia no lago, em barco à vela. É preciso admitir que era uma ideia maluca – De facto, ninguém tinha tempo – tudo era muito urgente.

E, no fundo, porque não?

Também as caras dos colegas da equipa assumiram a mesma expressão quando lhes foi feita a proposta. “Mas, justo agora, que há tanto para fazer e, nós todos, já não sabemos mais como acudir a tudo? Que ideia maluca…! E, após um breve silêncio:”… e, no fundo, porque não? Nem altera, nem melhora… e faria bem, de certeza…”

Após o que, imediatamente se fixou, de comum acordo, um dia da semana seguinte. Era um dia ensolarado e muito prometedor. Encontrámo-nos às 8h00m da manhã e partimos de barco, “equipados com refeições”.

Alguns clarões, presságio de borrasca, relampejaram na margem do lago sem, no entanto, nos atemorizar. O lago estava calmo e o sol espalhava calor … Antes de partir devíamos, juntos, apetrechar as velas. Depois o início confortável com o pequeno-almoço no barco e, em seguida, rumo ao largo, em pleno lago. Lá para o fim da tarde , inesperadamente, caiu uma forte tormenta de Foen e, dirigímo-nos ao porto mais próximo, onde durante um magnífico almoço esperaríamos que passasse o pior. Aproveitámos o vento em fase de descida mas ainda muito forte para velejar em posição inclinada com todas as forças.

Rimo-nos, velejámos, descontraimo-nos

Assim rimo-nos e velejámos e percebia-se, sensivelmente, o quanto fazia bem encontrarmo-nos juntos em excursão, por uma vez, fazermos juntos a experiência, de alguma coisa diferente do dia-a-dia do escritório; deixando tocar, ou mesmo, ter desligado os telefones portáteis. Ao fim do dia – depois de termos reentrado com o barco no porto, todos ajudaram a desarmar e a atulhar o barco. Só para o fim do passeio, num café próximo, se falou da empresa e da vida professional quotidiana…

Voltando a casa, nas caras de todos lia-se o quanto tinha feito bem este dia passado juntos. Estávamos bronzeados do sol e resplandecentes, em vez de estarmos cansados e tensos como nos últimos tempos, os dias seguintes trouxeram consigo, para além, de um cordial “obrigado”, também, um palpável  novo  alento e espírito de equipa.

Quanto mereceu a pena, verdadeiramente, esta ideia maluca!

Original Alemão: Traducção: Lena Castro Valente, Lisboa. Portugal

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