Posted On 2014-07-07 In Francisco - Mensagem

De que temos medo? E se o temos, que refúgios procuramos?

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)


Semana 27/2014

Ser amigos de Deus significa orar com simplicidade, como uma criança fala com o seu pai.

Tweet de 28.06.2014

Pedro dá-se conta de que o Senhor o “livrou das mãos de Herodes”; dá-se conta de que Deus o libertou do temor e das correntes.Sim, o Senhor liberta-nos de todo o medo e de todas as correntes, de maneira a que possamos ser verdadeiramente livres. A celebração litúrgica expressa bem esta realidade com as palavras do Salmo responsorial: “O Senhor livrou-me de todos os meus temores”. Aqui está o problema para nós, o do medo e dos refúgios pastorais.Nós – pergunto-me – queridos irmãos bispos, temos medo? De que temos medo? E se o temos, que refúgios procuramos na nossa vida pastoral para estar seguros? Procuramos talvez o apoio dos que têm poder neste mundo? Ou deixamo-nos enganar pelo orgulho que busca gratificações e reconhecimentos, e aí nos parece estar a salvo? Queridos irmãos bispos, onde pomos a nossa segurança?

Santa Missa, 29.06

Pedro experimentou que a fidelidade de Deus é maior do que as nossas infidelidades e mais forte que as nossas negações.Dá-se conta de que a fidelidade do Senhor afasta os nossos temores e supera toda a imaginação humana. Também hoje, a nós, Jesus nos pergunta: “Amas-me?” Fá-lo precisamente porque conhece os nossos medos e fadigas. Pedro mostra-nos o caminho: acreditar n’Ele, que “sabe tudo” de nós, não confiando na nossa capacidade de Lhe sermos fiéis, mas na sua fidelidade inabalável. Jesus nunca nos abandona, porque não pode negar-se a si mesmo (cf. 3 Tm 2, 13). É fiel. A fidelidade que Deus nos confirma incessantemente a nós, os Pastores, é a fonte da nossa confiança e da nossa paz, para além dos nossos méritos. A fidelidade do Senhor para connosco mantem aceso o nosso desejo de o servir e de servir os irmãos na caridade.

Santa Missa, 29.06.

Cada vez que participamos na Santa Missa e nos alimentamos do Corpo de Cristo, a presença de Jesus e do Espírito Santo trabalha em nós, plasma o nosso coração, comunica-nos atitudes interiores que se traduzem em comportamentos segundo o Evangelho. Em primeiro lugar a docilidade à Palavra de Deus, a seguir a fraternidade entre nós, o valor do testemunho cristão, a fantasia da caridade, a capacidade de dar esperança aos desanimados e de acolher os excluídos. Deste modo, a Eucaristia faz amadurecer um estilo de vida cristão. A caridade de Cristo, acolhida com coração aberto, muda-nos, transforma-nos, torna-nos capazes de amar não segundo a medida humana, sempre limitada, mas segundo a medida de Deus. E qual é a medida de Deus? Sem medida! A medida de Deus é sem medida. Tudo! Tudo! Tudo! Não se pode medir o amor de Deus: é sem medida! E assim chegamos a ser capazes de amar também nós a quem não nos ama: e isto não é fácil. Amar a quem não nos ama… Não é fácil! Porque se nós sabemos que uma pessoa não gosta de nós, também nós nos inclinamos a não gostar dela. E não. Devemos amar também a quem não nos ama. Respondemos ao mal com o bem, perdoar, partilhar, acolher.

Angelus, 22. 6. 2014

Graças a Jesus e ao seu espírito, também a nossa vida chega a ser “pão partido” para os nossos irmãos. E vivendo assim descobrimos a verdadeira alegria. A alegria de nos convertermos em dom, para corresponder ao grande dom que nós recebemos antes, sem mérito da nossa parte. Isto é bonito: a nossa vida faz-se dom. Isto é imitar Jesus. Quero recordar estas duas coisas. Primeiro: a medida do amor de Deus é amar sem medida. Está claro isto? E a nossa vida, com o amor de Jesus, ao receber a Eucaristia, faz-se dom. Como foi a vida de Jesus. Não esquecer estas duas coisas: a medida do amor de Deus é amar sem medida; e seguindo a Jesus, nós, com a Eucaristia, fazemos da nossa vida um dom. Jesus, Pão de vida eterna, desceu do céu e fielmente foi até à cruz e à ressurreição. Peçamos à Virgem que nos ajude a redescobrir a beleza da Eucaristia, e a fazer dela o centro da nossa vida, especialmente na missa dominical e na adoração.

Ângelus, 22.06. 2014

Quando a adoração do Senhor é substituída pela adoração ao dinheiro, abre-se o caminho ao pecado, ao interesse pessoal e ao abuso; quando não se adora a Deus, o Senhor, chega-se a ser adoradores do mal, como são os que vivem da criminalidade e da violência. A vossa terra, tão bonita, conhece os sinais e devem ser combatidos. É necessário dizer não. A Igreja, que sei que está muito comprometida em educar as consciências, deve entregar-se cada vez mais para que o bem possa prevalecer. Pedem-nos os nossos rapazes, exigem-nos os nossos jovens necessitados de esperança. Para poder dar resposta a estas exigências, a fé pode-nos ajudar. Aqueles que na sua vida seguem esta senda do mal, como os mafiosos, não estão em comunhão com Deus: estão excomungados.

Santa Missa em Calabria, 21. 6. 2014

Animo-vos a todos a testemunhar a solidariedade concreta com os irmãos,, especialmente os que têm maior necessidade de justiça, de esperança, de ternura. A ternura de Jesus, a ternura eucarística: esse amor tão delicado, tão fraterno, tão puro. Graças a Deus há muitos sinais de esperança nas vossas famílias, nas paróquias, nas associações, nos movimentos eclesiais. O Senhor Jesus não cessa de suscitar gestos de caridade no seu povo a caminho.

Santa Missa em Calabria, 21.06.2014

Vós, queridos jovens, não deixeis que vos roubem a esperança. Já o disse muitas vezes e repito-o uma vez mais: Não deixeis que vos roubem a esperança! Adorando a Jesus no vosso coração e permanecendo unidos a Ele, sabereis lutar contra o mal, as injustiças, a violência, com a força do bem, da verdade, da beleza. Queridos irmãos e irmãs, a Eucaristia uniu-nos. O Corpo de Senhor faz de nós uma coisa só, uma só família, o povo de Deus reunido em torno de Jesus, Pão de vida. O que disse aos jovens digo-o a todos: se adorais a Cristo e caminhais atrás d’Ele e com Ele, a vossa Igreja diocesana e as vossas paróquias crescerão na fé e na caridade, na alegria de evangelizar. Sereis uma Igreja na qual pais, mães, sacerdotes, religiosos, catequistas, crianças, idosos e jovens caminham um junto ao outro, apoiam-se, ajudam-se, amam-se como irmãos, especialmente nos momentos de dificuldade.

Santa Missa em Calabria, 21. 06. 2014

Original: Espanhol – Tradução: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

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Evangelii Gaudium: Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual (24 de novembro de 2013)


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