Providencia

Posted On 2023-10-16 In Projetos

Quando o aprendizado vai além do convencional

URUGUAI, www.providenciaorg.uy •

No âmbito das ciências ambientais, os alunos do sétimo e oitavo ano do ensino médio estiveram trabalhando em dois projetos de ABP (Aprendizagem Baseada em Projetos).  —

A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) é uma metodologia ativa ou estratégia de ensino que busca fazer com que os alunos trabalhem em pequenos grupos com a orientação do professor. Eles trabalham a partir de um problema que buscam resolver, para depois transformá-lo em um produto e apresentá-lo ao público. Patrícia Orlando, coordenadora pedagógica de Providencia destaca: “são chamadas de ativas porque colocam o aluno no centro do palco para realizar seu processo de aprendizagem, o que não fazem sozinhos, mas sim com base em um planejamento super completo elaborado pelos professores. O foco está nos alunos e em seu processo de aprendizagem.”

O problema da água verde

Um projeto de ABP que os alunos do sétimo ano realizaram em conjunto com professores de Ciência da Computação, Geografia e Ciências Ambientais foi o problema da água verde. Seu objetivo era que os alunos indagassem e investigassem em grupos sobre a presença de cianobactérias na costa uruguaia para, posteriormente, apresentarem um produto final. “Foi um mês de trabalho, desde a apresentação e divisão dos grupos, contemplando também que cada um trabalhasse confortavelmente e que reforçassem entre eles. Após a divisão dos grupos, começamos a trabalhar com a pesquisa e com os demais produtos que as crianças têm para apresentar, até chegar ao produto final”, acrescentou Gisselle Noroña, professora de informática.

Como parte desta metodologia ativa, os alunos devem apresentar um produto final a um público. Neste caso, os alunos foram convidados a apresentar um vídeo em formato de telejornal em seus respectivos grupos. “Cada um do grupo tinha que ter um papel naquele telejornal, desde filmar, editar, até ser o cientista ou o jornalista”, acrescentou Gisselle. As apresentações dos projetos finais foram feitas em conjunto com as duas turmas do sétimo ano e as crianças tiveram que avaliar o trabalho dos colegas. “Nossos colegas do sétimo ano tiveram que classificar nossos trabalhos de classe e nós tivemos que classificar os deles”, explicou Dylan Villanueva, um aluno do sétimo ano. Em seguida, acrescenta: “Gostei muito do grupo em que fazia parte e a melhor parte para mim foi fazer o vídeo”. Por outro lado, Priscila Rey, aluna do sétimo ano, compartilhou conosco: “Fazer o vídeo foi o que mais gostei. O projeto, além de nos apresentar as cianobactérias, nos proporcionou novos conhecimentos.”

A sustentabilidade da Provi

Por outro lado, Provi Sustentável é um projeto ABP realizado por alunos do oitavo ano do colégio, em conjunto com professores de Biologia, Ciência da Computação e Introdução à Ciência. O objetivo era que os alunos investigassem como o Colégio Providência poderia se tornar mais sustentável, investigando as diferentes fontes de energia, tanto no mundo como em nosso país. “Tivemos que investigar como poderíamos tornar o Provi mais sustentável na área de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável”, disse Eyelen Benítez, uma estudante do oitavo ano. “A princípio tiveram que fazer um mapa conceitual relacionado aos tipos de energia, energias renováveis ​​e não renováveis e como o ser humano interage com essas energias. Depois tiveram que traduzir para uma história em quadrinhos, onde foram trabalhadas as vinhetas, textos e cores”, comentou Gisselle.

No âmbito deste projeto, os alunos também tiveram que percorrer os diferentes espaços do liceu para perceber como podem torná-lo mais sustentável, conisderando os conceitos estudados. “Na visita tivemos que pensar no que poderíamos acrescentar à escola, por exemplo, mais painéis solares ou outras latas de lixo recicláveis”, comentou Eyelen. Como projeto final, os alunos tiveram que fazer uma apresentação com formato pré-estabelecido, reunindo todas as pesquisas e trabalhos realizados durante este projeto. “Saíram apresentações muito interessantes, por exemplo, coisas relacionadas à reciclagem e jardins, cultivo e aproveitamento em Providência, painéis solares, reciclagem de água da chuva e seu uso em banheiros. Saíram coisas muito boas”, destacou Gisselle. Os alunos de cada grupo tiveram que apresentar suas propostas aos alunos do sétimo ano e demais educadores que compareceram a cada estande. “O último produto foi o que mais gostei, gosto de apresentar, a troca com outras pessoas me faz bem”, finalizou Eyelen.

Desenvolvimento de diferentes habilidades e competências

“Além dos conteúdos específicos aprendidos, como professora vejo que esses projetos estimulam o desenvolvimento de diferentes habilidades e competências que não são ensinadas em uma aula mais tradicional. Por um lado, aspectos ligados à autonomia, à pesquisa e à proposição de ideias. Foi muito bom ver como os alunos do oitavo ano se apropriaram de suas apresentações e explicaram aos alunos do sétimo ano, que ouviram atentamente os “especialistas”. Essa troca foi muito enriquecedora. Por outro lado, este tipo de metodologia promove aprendizagens fundamentais que estão relacionadas com o vínculo e a convivência. Trabalhar em equipe e, às vezes, com colegas que não são os mais próximos, envolve praticar a escuta, a paciência, a negociação para chegar a acordos e alcançar um produto que nos represente como grupo. Isso é o que há de mais valioso”, comentou Julieta Pomi, professora de Biologia.

Em Providência continuamos trabalhando para garantir e melhorar a aprendizagem das crianças, complementando com metodologias inovadoras de ensino e aprendizagem.

Providencia

 

O Centro Educacional Providencia está localizado no bairro Casabó, Cerro Oeste (Montevidéu, Uruguai). Atualmente atendemos 700 crianças, jovens e suas famílias através de 5 programas educativos: CAIF, Clube de Niños, Liceu, Centro Juvenil e Programa de Formação Profissional. É um projeto socioeducativo do Movimento de Schoenstatt do Uruguai.

Colaboração: Eduardo Shelley, Monterrey, México

Original: Espanhol. Tradução: Melissa Rossatti, Caieras, Brasil

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