Posted On 2015-11-29 In Projetos

Ricardo Evangelista: “Maria Ajuda, uma possibilidade de viver um apostolado numa obra que é nossa”

CHILE, Equipe Editorial da revista Vínculo •

Há pouco mais de 3 meses, Ricardo H.C. (de Holanda Cavalcante) Evangelista é o novo Diretor Executivo de Maria Ajuda. Engenheiro Industrial PUC, Diplomado em políticas públicas e Master em Políticas de Desenvolvimento Internacional (MIDP), Duke University. Está casado com Constanza Duque. 3 filhos: Sofía de 8, Josefina de 6 e Benjamín de 1 ano e 7 meses. Nasceu no Brasil e foi criado em Chile desde os 2 anos de idade. Com ampla experiência laboral, até agora se desempenhava em: Publiguías (as Amarelas), Santuário Nacional da Virgem de Carmen (Templo Votivo de Maipú), Instituto Profissional Duoc UC, Fundação Integra, Ministério de Educação e Colégios Monte Tabor e Nazaret.

Qual é seu vínculo com o Movimento?

– Participo do Movimento de Schoenstatt desde 1996 quando fui para minhas primeiras Missões Familiares que, assim como Maria Ajuda, é uma obra fundada pelo Padre Hernán Alessandri. Nesse mesmo ano fiz minha Aliança no santuário de Campanário e desde então participei nas distintas agrupações da Coluna de Homens do Movimento. Faço parte do segundo curso da União de Homens. Como uma das poucas obras sociais e apostólicas de Schoenstatt, conheço Maria Ajuda há anos e, apesar de haver chamado minha atenção, nunca havia me comprometido diretamente em sua operação nem no difícil trabalho que realiza.

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Por que decidiu trabalhar na área social?

– Desde pequeno meus pais me mostraram com seu exemplo que a área social, ou também chamado “o terceiro setor”, não é apenas uma área onde desenvolver um apostolado, mas que necessita de pessoas preparadas e distintas para enfrentar os desafios de nossa sociedade. Missões, meia água, centro de alunos, juventude de Schoenstatt, Jubileu ano 2000, práticas país foram todos os passos que me levaram a decidir viver minha vocação apostólica no trabalho.

Graças a Deus as portas para trabalho que escolhi me foram abertas, a Mãe me conduziu por esses caminhos e pude reafirmá-lo estudando Políticas Sociais comparando realidades internacionais nos países em vias de desenvolvimento.

O que significa para você trabalhar em Maria Ajuda?

– Ter o privilégio de seguir desenvolvendo a obra do P. Hernán Alessandri e, ao mesmo tempo, trabalhar para melhorar os temas de maltrato em Chile é muito importante para mim. Sinto que nossa espiritualidade é uma resposta concreta para mais de 700 meninos e meninas que recebem nossa ajuda. Vejo também um crescente compromisso do Instituto dos Padres com o legado do P. Hernán e com Maria Ajuda, o que me motiva no trabalho. Liderar uma instituição como a nossa não é apenas conseguir melhorar processos, mas também é reafirmar um estilo mariano de verdadeira proteção, união e preocupação pelo próximo, especialmente pelos mais necessitados, incluindo tanto a nossos meninos e meninas como as mais de 350 pessoas que trabalham para os 19 programas de Maria Ajuda por todo Chile. E este tremendo desafio, me alegra e motiva muito.

Qual você acredita seja a maior contribuição de Maria Ajuda para nossa sociedade?

– A maior contribuição de nosso trabalho é mostrar para a sociedade que apesar de todas as dificuldades que possam ter devido aos danos sofridos, nossos meninos e meninas são capazes de sanar seus vínculos e crescer como pessoas livres, responsáveis e solidárias. A infância é o futuro do país e é nossa obrigação cuidá-la. Por isso, convido a todos os que ainda não conhecem ou não sabem como apoiar Maria Ajuda, que visitem www.mariaayuda.cl para conhecer nossa obra em cada região do país.

De que maneira o trabalho de Maria Ajuda é uma extensão da obra do Padre Kentenich?

– O compromisso social do Padre pelos mais necessitados é muito forte e está presente em toda sua pedagogia. Sua obra não busca formar “clubes de amigos”, mas uma comunidade de corações que encontre através do apostolado uma verdadeira resposta aos desafios de nossa sociedade. Que maneira mais bonita de cultivar o “viver organicamente”, que lutar contra o maltrato infantil ajudando a reconstruir as famílias nos setores de pobreza. Não é o único caminho, mas sem dúvida é uma continuidade do trabalho do Padre. Em várias cidades do país existe gente do Movimento apoiando Maria Ajuda, uma vez que esta foi se configurando, na medida do possível, entorno aos santuários locais. Eu espero um compromisso muito mais contínuo e forte de todos nós que pertencemos a Schoenstatt com todas nossas obras sociais e que vejamos em Maria Ajuda uma possibilidade de viver um apostolado numa obra que é nossa. Estamos muito comprometidos com o desenvolvimento da família em todo nível, mas, creio que nos falta um compromisso muito mais claro com todas aquelas obras que escapam do tradicional do Movimento em Chile, o que o Papa Francisco chama de periferias existenciais. A piedade popular, as obras sociais, a pedagogia do trabalho, etc. são uma expressão disto. Por isso creio que Maria Ajuda representa, de certa forma, um meio brilhante da profundidade da obra do Padre.

Quais são seus desafios como Diretor Executivo de Maria Ajuda?

– Acabo de completar apenas 3 meses e preliminarmente possa mencionar dois grandes desafios: o primeiro, é consolidar Maria Ajuda como uma obra a nível nacional. Ela teve um bom crescimento nos últimos anos desde Iquique a Temuco e hoje deve reforçar seu trabalho de reparação, unificando processos de maneira a dar verdadeiras oportunidades aos meninos, meninas e às famílias que atendemos. Isto implica a responsabilidade de manter sadia e estável sua situação econômica, planificar o trabalho futuro e definir medições de qualidade do impacto social conseguido. O segundo desafio é manter o espírito fundacional da obra. O P. Hernán tinha muito claro que formar lares acolhedores onde se viva um ambiente familiar e cálido que permita cultivar e restaurar os vínculos (com as personas, com Deus e consigo mesmo) é a maneira de reparar as feridas de nossos meninos, meninas, adolescentes e suas famílias. Trabalhar em Maria Ajuda transforma-se então num esforço por conseguir esse trato pessoal através de um trabalho sistemático e profissional desde os diversos programas até as áreas administrativas ou comerciais.

Fonte: revista Vínculo, Chile

Maria Ayuda

Original: Espanhol. Tradução: Lena Ortiz, Ciudad del Este, Py

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