Posted On 2013-12-05 In Santuário Original

Zona de construção – uma porta fala de peregrinos

mda/emz. Com o grafite juvenil e as placas votivas ao estilo de “Maria ajudou”: assim está a porta provisória do Santuário Original nestes dias de Advento. Não se pode descobrir quem foi o primeiro que escreveu nos espaços vazio, porque não há repórteres no local; porém, agora, essa porta conta histórias de peregrinos…

O arco do jubileu, agora com a trepadeira cor de púrpura de outono, emoldura a porta em construção, cuja nudez já é história. Alguém, com tinta, pintou uma cruz branca sobre ela. O decreto da indulgência para o jubileu está pendurado nela e, do lado esquerdo, pode-se entrar no horário das missas, sob o título “Santuário Original” (por quanto tempo esperamos por isso!). E surgem as histórias: os noviços estiveram ali, imortalizados com nome e sobrenome. “De mão em mão, tudo para o Santuário”, escreveram, na parte superior, as jovens e as mulheres jovens de Tréveris, com letras grandes e com muita segurança em si mesmas. E, aqui e ali, mais nomes.

Agradecer, permanecer, estar presente

Padre Kentenich estava “em meio às pessoas” – no sentido da Evangelii Gaudium, onde essa frase aparece em alguns trechos; sua visita ao Vale de Pompéia, no ano de 1952, o fez tomar a decisão, quando viu ali inúmeras placas votivas, de buscar mais possibilidades para o Santuário Original que expressassem ali a piedade popular: seja em agradecimento ou pelo desejo de dar testemunho de ter tocado o lugar santo e assim lhe deixar o breve momento da chegada ao destino da peregrinação com um toque de eternidade…

A onda das cartas, que em poucos dias encheu o buraco na parede do Santuário Original, a corrente cada vez maior de “Cartas ao Santuário Original” que schoenstatt.org recebe, as velas que são colocadas pelas pessoas que nunca tinham estado no Santuário Original, os nomes na porta e muitos outros símbolos significativos falam da peregrinação em aliança solidária até o Santuário Original, que busca e encontra símbolos para agradecer, permanecer e estar presente. Estamos curiosos para saber como será a criatividade dos peregrinos no ano do jubileu…

Pedras, umbrais, testemunhas da história

Os trabalhos de construção desenterram a história e fazem surgir testemunhos da história. A velha porta do Santuário Original estava muito carcomida e profundamente destruída; só o amor pela preservação de uma valiosa testemunha da história e um sem número de passos de peregrinos explicam por que não se constrói uma nova, uma vez que os destroços restantes estão sendo reconstituídos em um trabalho minucioso. Nos próximos dias, mais informações. Por que a porta estava tão carcomida e por que balançava daquela maneira; por que existia em alguns lugares quase um centímetro de espaço entre a porta e o chão? Algum material do subsolo foi usado como enchimento, e isso não era nem um pouco indicado para sustentar uma porta. Há alguns dias, foi encontrada a 28 cm., mais abaixo que o nível atual, uma pedra que parece datar da Idade Média. A primeira suposição foi tratar-se do velho umbral, como explicou o reitor, Pe. Egon Zillekens. O umbral pelo qual, durante séculos anteriores, as pessoas entravam na capela? Examinada mais de perto, essa grande pedra parece ser o que sobrou de uma porta ou de uma janela – um remanescente dos muitos destroços causados pela natureza, ou pela guerra, e teria sido usado como enchimento…

Não apenas as pedras, mas também as pessoas

Histórias comovem. Sempre têm algo de profundo respeito e assombro. Com certeza: não queremos exibir as pedras do passado, como disse o reitor, Pe. Zillekens; queremos ver que as pessoas entrem hoje no Santuário, as pessoas de todos os povos e nações, as pessoas dessa grande peregrinação 2014 e de mais além…

E com isso voltamos ao tema do grafite na porta improvisada do Santuário Original. E não ficamos apenas nesse tema. Porque o que faz com que o Santuário Original seja o lugar mais santo de Schoenstatt não são sua porta e suas paredes, não são suas pedras e telhas, mas, sim, a Santíssima Virgem e as pessoas que peregrinam até ali e que lhe trazem vida, suas vidas verdadeiras, reais, com sua alegria pelo Evangelho e pela Aliança de Amor que celebramos, que renovamos, que anunciamos e a partir da qual fazemos nascer uma cultura de aliança nas famílias, na Igreja, na economia e na periferia da sociedade.

Fotos

December 1, 2013


Original: alemão – Tradução: Maria Rita Fanelli Vianna – São Paulo / Brasil

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