Posted On 2013-12-07 In Francisco - Mensagem

A meta da nossa peregrinação

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 49/2013

É uma peregrinação universal rumo a uma meta comum, que no Antigo Testamento é Jerusalém, onde surge o templo do Senhor, porque dali, de Jerusalém, veio a revelação do rosto de Deus e da sua lei. A revelação encontrou em Jesus Cristo o seu cumprimento, é o “templo do Senhor”, Jesus Cristo. Ele mesmo voltou para o templo, o Verbo feito carne; é Ele o guia e ao mesmo tempo a meta da nossa peregrinação, da peregrinação de todo o Povo de Deus; e à sua luz também os outros povos podem caminhar rumo ao Reino da justiça e ao Reino da paz.

Ângelus, 1.12.2013

Pensamos sempre em Jesus quando pregava, quando curava, quando caminhava, ia pelas ruas, também durante a última Ceia… Mas não estamos tão habituados a pensar em Jesus sorridente, alegre. Jesus estava cheio de alegria. Naquela intimidade com o seu Pai: “Exultou de alegria no Espírito Santo e louvou o Pai”. É precisamente o mistério interno de Jesus, aquela relação com o Pai no Espírito. É a sua alegria interna, a sua alegria interior que Ele nos dá… Não se pode pensar numa Igreja sem alegria e a alegria da Igreja é justamente isso: anunciar o nome de Jesus. Dizer: “Ele é o Senhor. O meu esposo é o Senhor. É Deus. Ele salva-nos, Ele caminha connosco. E esta é a alegria da Igreja, que nesta alegria de esposa se converte em mãe. Paulo VI dizia: “a alegria da Igreja é precisamente evangelizar, ir em frente e falar do seu Esposo. E também transmitir esta alegria aos filhos que ela faz nascer, que ela faz crescer”.

3.12.2013, Santa Marta

Uma palavra cristã sem Cristo conduz à vaidade, à segurança de si mesmo, ao orgulho, ao poder pelo poder. E o Senhor derruba estas pessoas. Esta é uma constante da história da Salvação. Di-lo Ana, a mãe de Samuel; di-lo Maria no Magnificat: o Senhor derruba a vaidade, o orgulho daquelas pessoas que acreditam ser uma rocha. Estas pessoas que apenas vão atrás de uma palavra mas sem Jesus Cristo, sem a relação de Jesus Cristo, sem a oração com Jesus Cristo, sem o serviço a Jesus Cristo, sem o amor a Jesus Cristo. Isto é o que hoje nos diz o Senhor: construir a nossa vida sobre esta rocha e a rocha é Ele. Refiro-me às palavras cristãs, porque quando não está Jesus Cristo também isto cria divisões entre nós, cria a divisão na Igreja. Pedir ao Senhor a graça de nos ajudar na humildade, que temos que ter sempre, de dizer palavras cristãs em Jesus Cristo, não sem Jesus Cristo. Com esta humildade de ser discípulos salvos e de ir em frente não com palavras, que por acreditarmos ser poderosas, terminam na loucura da vaidade, na loucura do orgulho. Que o Senhor nos dê esta graça da humildade de dizer palavras com Jesus Cristo, fundadas em Jesus Cristo!”. (RC-RV)

5.12-2013, Santa Marta

Se olharmos os momentos mais dolorosos da nossa vida, quando perdemos uma pessoa querida – os pais, um irmão, uma irmã, um cônjuge, um filho, um amigo -, damo-nos conta que, mesmo no drama da perda, mesmo destroçados pela separação, no nosso coração temos a convicção de que não pode acabar tudo assim, que o bem dado e recebido não foi inútil. Há um instinto poderoso dentro de nós, que nos diz que a nossa vida não termina com a morte. Esta sede de vida encontra a sua resposta real e fiável na ressurreição de Jesus Cristo. A ressurreição de Jesus não dá apenas a certeza da vida para além da morte, mas ilumina também o mistério da morte de cada um de nós. Se vivermos unidos a Jesus, fiéis a Ele, seremos capazes de enfrentar com esperança e serenidade mesmo a hora da morte.

Audiência, 24.11.2013

Quem pratica a misericórdia não teme a morte. Pensem bem nisto: quem pratica a misericórdia não teme a morte! Estão de acordo? Vamos dizê-lo juntos para não o esquecermos? Quem pratica a misericórdia não teme a morte. Porque é que não teme a morte? Porque a olha de frente nas feridas dos irmãos, e supera-a com o amor de Jesus Cristo. Se abrirmos a porta da nossa vida e do nosso coração aos irmãos mais pequeninos, então a nossa morte converter-se-á numa porta que nos introduzirá no céu, na pátria bem-aventurada, rumo à qual nos dirigimos, ansiando morar para sempre com o nosso Deus Pai, com Jesus, com Maria e com os santos.

Audiência, 24.11.2013

O Senhor quer que entendamos o que acontece: o que se passa no meu coração, o que está a acontecer na minha vida, o que acontece no mundo, na história… O que significa isto que está a acontecer agora? Estes são os sinais dos tempos! Por outro lado, o espírito do mundo faz-nos outras propostas, porque o espírito do mundo não nos quer como povo: quer-nos como massa, sem pensamento, sem liberdade.

O espírito do mundo quer que sigamos por um caminho de uniformidade, como adverte S. Paulo ”o espírito do mundo trata-nos como se não fossemos capazes de pensar por nós próprios; trata-nos como pessoas não livres”:

O pensamento uniforme, o mesmo pensamento, o pensamento débil. O espírito do mundo não quer que nos perguntemos perante Deus: “Mas porque é que isto acontece, porquê aquilo? Ou propõe-nos mesmo um pensamento prêt-a-porter, de acordo com os nossos próprios gostos: “Eu penso como quiser”. Isto para eles está bem, dizem… Mas o que o espírito do mundo não quer é o que Jesus nos pede: o pensamento livre, o pensamento de um homem e de uma mulher que são parte do povo de Deus, e a salvação é precisamente esta! Pensem nos profetas… “Tu não eras o meu povo, agora digo-te “meu povo”: disse o Senhor. E esta é a salvação: fazemos povo, povo de Deus, para ter liberdade”.

29.11.2013, Santa Marta

Qual é o caminho que o Senhor quer? Sempre com o espírito de inteligência para compreender os sinais dos tempos. É bonito pedir ao Senhor Jesus esta graça, que nos envie o espírito de compreensão, para que não tenhamos um pensamento débil, um pensamento uniforme, e um pensamento segundo os próprios gostos: mas um pensamento como Deus quer. Com este pensamento, que é um pensamento de mente, de coração e de alma. Com este pensamento, que é um dom do Espírito Santo, descobrir o que querem dizer as coisas e entender bem os sinais dos tempos.

Santa Marta, 28.11.2013

Como na vida de cada um de nós há sempre necessidade de voltar a partir, de voltar a levantar-se, de voltar a encontrar o sentido da meta da própria existência, da mesma maneira para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum para o qual nos encaminhamos. O horizonte da esperança! Esse é o horizonte para fazer um bom caminho. O tempo de Advento, que hoje de novo começamos, devolve-nos o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude porque está fundada na palavra de Deus. Uma esperança que não desilude simplesmente porque o Senhor não desilude jamais! Ele é fiel, Ele não desilude. Pensemos e sintamos esta beleza! O modelo desta atitude espiritual, deste modo de ser e de caminhar na vida, é a Virgem Maria. Uma simples rapariga do povo, que leva no seu coração toda a esperança de Deus.  No seu seio, a esperança de Deus se fez carne, se fez homem, se fez história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o cântico do Povo de Deus a caminho, e de todos os homens e as mulheres que esperam em Deus, no poder da misericórdia. Deixemo-nos guiar por Ela, que é Mãe, é mãezinha, e sabe como guiar-nos. Deixemo-nos guiar por Ela neste tempo de espera e de vigilância ativa.

Ângelus, 1,12.2013

Trad.: Maria de Lurdes Dias, Lisboa, Portugal

O objetivo da peregrinação
é a renovação da Aliança de Amor
em sua força formadora e missionária;
a que se manifestará – internamente em Schoenstatt -,
a renovação da Família
e – externamente – na formação da uma Cultura de Aliança.

Documento de Trabalho 2014

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