Posted On 2014-05-18 In Francisco - Mensagem

Não se pode evangelizar sem o diálogo

org. Todos dentro da Igreja, e muitos fora dela, fiéis ou não, têm recebido suas palavras claras e cheias de esperança, muito motivadoras, para assumir a responsabilidade que temos para construir um mundo conforme a vontade de Deus, na força do Espírito e no caminho de Cristo. Cardeais e bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, noviços e seminaristas, famílias, jovens e idosos, comunidades e instituições têm recebido a proposta de sair “às ruas”, de levar não uma esperança utópica, mas concretizada em atos, em projetos evangelizadores de vida do ser humano, esteja onde estiver; mesmo que na “periferia”, com todos os riscos e perigos envolvidos. Prefiro uma igreja acidentada porque sai a servir, do que uma Igreja enferma por fechar-se em si mesma, ele nos repete constantemente. Testemunho de tudo isso está disponível em schoenstatt.org onde, semana a semana, são apresentados textos que nos impulsionam em nossa própria peregrinação rumo ao jubileu de 2014. Sem dúvida, uma vez que somos Igreja, essas palavras também são dirigidas a todos nós. Como se alegria o Fundador com esse impulso missionário que nos é presenteado a partir do próprio coração da Igreja! (P. José María García)

SEMANA 20/2014

Leiamos um pouco do Evangelho cada dia. Assim aprenderemos o essencial: o amor e a misericórdia.

Tweet de 13/05/2014

No momento em que o recebemos e o hospedamos no nosso coração, o Espírito Santo começa imediatamente a tornar-nos sensíveis à sua voz e a orientar os nossos pensamentos, sentimentos e intenções segundo o coração de Deus. Ao mesmo tempo, leva-nos cada vez mais a dirigir o olhar interior para Jesus, como modelo do nosso modo de agir e de nos relacionar com Deus Pai e com os irmãos. Portanto, o conselho é o dom com o qual o Espírito Santo torna a nossa consciência capaz de fazer uma escolha concreta em comunhão com Deus, segundo a lógica de Jesus e do seu Evangelho. Desta maneira, o Espírito faz-nos crescer interior e positivamente, faz-nos crescer na comunidade e ajuda-nos a não cair na armadilha do egoísmo e do próprio modo de ver as coisas. O Espírito ajuda-nos a crescer e a viver em comunidade. A condição essencial para conservar este dom é a oração. Voltamos sempre ao mesmo tema: a oração! Mas o tipo de oração não é tão importante. Podemos rezar com as preces que todos sabemos desde crianças, mas também com as nossas palavras. Pedir ao Senhor: “Senhor, ajudai-me, aconselhai-me, o que devo fazer agora?”. E com a oração damos espaço para que o Espírito venha e nos ajude naquele momento, nos aconselhe sobre o que devemos fazer. A oração! Nunca esquecer a oração. Nunca! Ninguém nota quando rezamos no autocarro, pelas ruas: rezamos em silêncio com o coração. Aproveitemos estes momentos para rezar a fim de que o Espírito nos conceda o dom do conselho.

Audiência geral, 07/05/2014

No sistema econômico atual – e no modo de pensar que gera – a palavra ‘solidariedade’ transformou-se em inconveniente, inclusive incômoda. A crise dos últimos anos, que tem causas profundas de ordem ética, incluiu esta ‘alegria’ a palavras como solidariedade, distribuição equitativa de bens, prioridade do trabalho… E a razão é que não se pode – ou não se quer – estudar realmente como esses valores éticos podem concretizar-se em valores econômicos, quer dizer, podem provocar dinâmicas virtuosas na geração de trabalho, no comércio, nas próprias finanças. É exatamente isso que intentam fazer vocês, mantendo juntos o aspecto teórico e o aspecto prático, o pensamento do empresário e sua experiência. Particularmente, recomenda-se ao empresário cristão conjugar sempre o Evangelho com a realidade na qual vive; e o Evangelho pede para colocar em primeiro lugar a pessoa humana e o bem comum, fazer tudo o possível para garantir que haja oportunidades de trabalho, e trabalho digno. Com certeza, essa ‘empresa’ não pode agir de forma isolada, mas em colaboração com outras pessoas que compartilhem a base ética e ampliem ao máximo de redes possíveis.

Aos membros da Fundação Centesimus Annus-Pro Pontifice, 10/05

Na intimidade com Deus e na escuta da sua Palavra, começamos gradualmente a abandonar a nossa lógica pessoal, ditada muitas vezes pelos nossos fechamentos, preconceitos e ambições, e aprendemos a perguntar ao Senhor: qual é o teu desejo? Qual é a tua vontade? O que te agrada? Deste modo, amadurece em nós uma sintonia profunda, quase conatural no Espírito e podemos experimentar como são verdadeiras as palavras de Jesus apresentadas no Evangelho de Mateus: «Não vos preocupeis com o que haveis de falar nem com o que haveis de dizer; ser-vos-á inspirado o que tiverdes de dizer. Não sereis vós a falar, é o Espírito do vosso Pai que falará por vós» (10, 19-20). É o Espírito que vos aconselha, mas devemos dar espaço ao Espírito, para que possa aconselhar. E dar espaço é rezar para que Ele venha e nos ajude sempre. Como todos os outros dons do Espírito também o conselho constitui um tesouro para toda a comunidade cristã. O Senhor não nos fala só na intimidade do coração, fala-nos sim mas não só ali, fala-nos também através da voz e do testemunho dos irmãos. É deveras um dom importante poder encontrar homens e mulheres de fé que, sobretudo nos momentos mais complicados e importantes da nossa vida, nos ajudam a iluminar o nosso coração e a reconhecer a vontade do Senhor!

Audiência geral, 07/05/2014

A comunidade cristã – a paróquia, a diocese, as associações – é lugar de onde o empresário, e também o político, o sindicalista, os profissionais, tiram a seiva para alimentar seu compromisso e reflexão com os irmãos. ‘Isto é essencial – disse o Papa -, porque, às vezes, o ambiente de trabalho se torna estéril, hostil, desumano. A crise põe à prova a esperança dos empresários; e não se deve abandonar os que estão em dificuldade. Queridos amigos da Centesimus Annus: com a ajuda de Deus e da Igreja, vocês podem dar testemunho eficaz em seu campo, porque não trazem apenas palavras e discursos, mas trazem também a experiência das pessoas e das empresas que buscam implementar, de maneira efetiva, os princípios éticos cristãos na situação atual do mundo do trabalho”.

Aos membros da Fundação Centesimus Annus-Pro Pontifice, 10/05

Estão os que de dispersaram a causa, após a perseguição que aconteceu depois da morte de Estevão. Foram dispersados com a semente do Evangelho e a levaram a todas as partes. A princípio, falaram apenas aos judeus. Depois, de forma natural, alguns deles chegaram a Antioquia e começaram a falar aos gregos. E assim, aos poucos, abriram as portas aos gregos e aos gentios. Quando a notícia chegou a Jerusalém, enviaram Barnabé à Antioquia para investigar. E todos ficaram felizes, porque uma grande multidão tinha se unido ao Senhor. Essas pessoas não disseram vamos primeiro aos judeus, depois aos gregos, aos pagãos e a todos. Não! Deixaram-se levar pelo Espírito Santo! Foram dóceis ao Espírito Santo. E depois, uma coisa leva à outra e terminaram abrindo as portas ao mundo todo, aos pagãos, que, como pensavam, eram impuros; abriram as portas a todos. Algumas vezes, o Espírito Santo nos impulsiona a fazer coisas fortes: como quando conduziu Felipe a ir batizar o ministro da Etiópia ou quando conduziu Pedro para batizar Cornélio. Outras vezes, o Espírito Santo nos conduz com suavidade, e a virtude está em se deixar levar pelo Espírito Santo; não resistir ao Espírito Santo, ser dócil ao Espírito Santo. E o Espírito Santo opera hoje na Igreja, atua hoje na vida de cada um de nós. Algum de vocês poderá me dizer: ‘Eu nunca vi o Espírito Santo!’. Porém, prestem a atenção a tudo que acontece, ao que passa em sua mente, ao que sentem no coração. Coisas boas? É o Espírito, ele que nos convida a ir nessa direção. Isso requer docilidade! A docilidade do Espírito Santo.

Santa Marta, 13/05/2014

Não se pode evangelizar sem o diálogo. Não se pode. Porque você deve partir exatamente para onde está a pessoa que deve ser evangelizada. E como isso é importante! ‘Mas, padre, perde-se tempo, porque cada um tem sua própria história, traz isso, tem suas ideias próprias..’ E se perde tempo… Mais tempo Deus perdeu na criação do mundo – e o fez bem! O diálogo. Perder tempo com a outra pessoa, porque essa pessoa é exatamente a que Deus quer que você evangelize, para ela você deve levar a Boa-nova de Jesus, isso é o mais importante. Mas como é, não como deve ser: como é agora… Pensemos nesses três momentos de evangelização: a docilidade para evangelizar; fazer o que Deus manda, seguindo no diálogo com as pessoas – com diálogo, ir ao encontro de onde as pessoas estão – e terceiro, pedir a graça: a graça é mais importante que toda burocracia. ‘O que te impede?’. Lembremo-nos disso. Tantas vezes nós, na Igreja, somos uma empresa para fabricar impedimentos, para que as pessoas não consigam chegar à graça. Que o Senhor nos faça compreender isso.

Santa Marta, 08/05

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Evangelii Gaudium: Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual (24 de novembro de 2013)


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