org.
Foi-nos oferecido o programa de Francisco, que conhecemos através das suas pregações em Santa Marta, dos seus Ângelus, das suas conferências na JMJ no Brasil, das suas palavras em Lampedusa, em Assis… a mensagem de “um Pai valente e sem complexos para construir uma cultura de encontro, de diálogo, de aliança”, programa que meditamos semana a semana na nossa página nas palavras de Francisco aos peregrinos de 2014 e que motiva em cada dia mais pessoas a interrogarem-se: Tomamos como nossa a renovação da Igreja que Francisco propõe e personifica? Estamos à altura de Francisco?
Agora temo-lo de forma condensada, marcado pela alegria e pela misericórdia, pelas portas abertas e o chamamento de sair para as periferias, de lutar pela justiça e verdade e uma nova ordem social, de não delegar a responsabilidade do mundo de Deus a “alguém” mas assumir a tarefa…
“Estive a ler algumas partes do Evangelli Gaudium e são surpreendentes os temas que toca. A simplicidade com que expõe cada aspeto faz desta exortação apostólica um verdadeiro documento para guiar o nosso comportamento como cristãos. Gostei muito da forma como expõe o modo como devemos tratar pessoas com diferentes religiões. Devemos ter respeito pelo “credo!”, comenta Rudi Sauter, da Costa Rica. Alguns dos protagonistas do Congresso Ibero-Americano de Empresários e Executivos Schoenstattianos estão a trabalhar numa leitura do Congresso à luz da “Alegria do Evangelho”.
“A alegria do Evangelho que enche a vida da comunidade dos discípulos é uma alegria missionária.” (GEI,21)
“Dentro de duas horas tenho uma reunião com madrugadores para avançar na organização do nosso Encontro 2014. Um dos temas, é a redação de uma oração que inclui, e a sua finalização, a oração do Jubileu 2014… Vendo esta oração, creio que o Papa Francisco trabalhou por nós!” comenta Juan Barbosa depois de receber a oração a Maria que conclui o texto que Francisco ofereceu à sua Igreja.
Uma oração tão simples e ao mesmo tempo tão intensa. Foi como um sinal de confirmação de tudo o que se trabalhou na Conferência 2014, quando em 2011 o Papa Bento anunciou o Ano da Fé como ano da evangelização, coincidindo praticamente com o ano da corrente missionária de Schoenstatt no seu peregrinar rumo a “graça 2014”. E agora a dois dias do encerramento do Ano da Fé e do começo do Ano Jubilar, a poucos dias do Advento, esta mensagem da alegria do evangelho…
Com alegria peregrinamos… diz a oração do jubileu. Com a alegria do Magnificat, com a humildade e simplicidade de peregrinos, pedimos a graça e o compromisso do próprio coração para sermos missionários deste século. Pois “a alegria do Evangelho que enche a vida da comunidade dos discípulos é uma alegria missionária”. (GEI,”!)
E para isto, já não nos serve uma “simples administração”. Fiquemos em todas as regiões da terra em “estado permanente de missão”, diz-nos Francisco.
Com alegria peregrinamos, com ele, rumo ao Santuário aberto, “a casa aberta do Pai”. Sem medo e sabendo que, como aprendemos no CIEES na Costa Rica, a Igreja, o santuário, a casa aberta do Pai somos todos nós, e apenas nós; em aliança com Maria, pois “cada vez que olhamos para Maria voltamos a acreditar “no revolucionário da ternura e do carinho. Nela vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos mas dos fortes, que não necessitam maltratar os outros para se sentirem importantes. Olhando-a descobrimos que a mesma que louvava a Deus porque “derrubou do seu trono os poderosos e “despediu de mãos vazias os ricos” (Lc 1,52,53) é a que põe harmonia na nossa busca de justiça.” (GE 288)
Peçamos-lhe que com a sua oração maternal nos ajude para que a Igreja chegue a ser uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos, e torne possível o nascimento de um mundo novo. É o Ressuscitado que nos diz, com uma força que nos enche de imensa confiança e de firme esperança: “Eu faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). Com Maria avançamos confiantes com esta promessa, e dizemos-lhe:
Virgem e Mãe Maria,
Vós que, movida pelo Espírito,
acolhestes o Verbo da vida
na profundidade da vossa fé humilde,
totalmente entregue ao Eterno,
ajudai-nos a dizer o nosso «sim»
perante a urgência, mais imperiosa do que nunca,
de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus.
Vós, cheia da presença de Cristo,
levastes a alegria a João o Baptista,
fazendo-o exultar no seio de sua mãe.
Vós, estremecendo de alegria,
cantastes as maravilhas do Senhor.
Vós, que permanecestes firme diante da Cruz
com uma fé inabalável,
e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição,
reunistes os discípulos à espera do Espírito
para que nascesse a Igreja evangelizadora.
Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados
para levar a todos o Evangelho da vida
que vence a morte.
Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos
para que chegue a todos
o dom da beleza que não se apaga.
Vós, Virgem da escuta e da contemplação,
Mãe do amor, esposa das núpcias eternas
intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo,
para que ela nunca se feche nem se detenha
na sua paixão por instaurar o Reino.
Estrela da nova evangelização,
ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão,
do serviço, da fé ardente e generosa,
da justiça e do amor aos pobres,
para que a alegria do Evangelho
chegue até aos confins da terra
e nenhuma periferia fique privada da sua luz.
Mãe do Evangelho vivente,
manancial de alegria para os pequeninos,
rogai por nós.
Amen. Aleluia!
